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segunda-feira, 30 de março de 2020

For Autocrats, and Others, Coronavirus Is a Chance to Grab Even More Power




For Autocrats, and Others, Coronavirus Is a Chance to Grab Even More Power

Leaders around the world have passed emergency decrees and legislation expanding their reach during the pandemic. Will they ever relinquish them?




Credit...Martin Bernetti/Agence France-Presse — Getty Images






LONDON — In Hungary, the prime minister can now rule by decree. In Britain, ministers have what a critic called “eye-watering” power to detain people and close borders. Israel’s prime minister has shut down courts and begun an intrusive surveillance of citizens. Chile has sent the military to public squares once occupied by protesters. Bolivia has postponed elections.


     Que mundo teremos no pós-corona?

     Que reflexos políticos, económicos e sociais o vírus deixará?

     São questões a que só obteremos resposta daqui a uns largos meses / anos, contudo o New York Times antecipa, desde já, muitas dessas preocupações. O artigo original pode ser lido aqui [nytimes].

COVID-19: ponto de situação do dia 29 de março


sexta-feira, 20 de março de 2020

Valor simbólico dos marcos históricos referidos no conto "Famílias desavindas"

A história pessoal (de ódio e conflito) entre as duas famílias «confunde-se» com a história social de Portugal.
Na transição do século XIX para o XX, a sociedade sofreu transformações decorrentes do progresso científico, facto visível, neste conto, na introdução de um semáforo a pedais numa rua da cidade do Porto e na criação da profissão de «semaforeiro».

De facto, essa época constituiu um avanço notável em termos tecnológicos. A eletricidade, a lâmpada, o telefone, o automóvel foram algumas das invenções do final do século XIX, cujo aperfeiçoamento prosseguiu no século XX e que melhoraram substancialmente a qualidade de vida de muitas pessoas. Este salto evolucional fez-se sentir igualmente noutras áreas, como, por exemplo, o cinema, sem esquecer que o avião estava também ao virar da esquina. Ora, a invenção do semáforo referido no conto insere-se nessa onda e nesse período de progresso e inovação tecnológica.
Por outro lado, as duas Grandes Guerras simbolizam os conflitos (neste caso, de grandes dimensões, com milhões de mortos e feridos, atrocidades até então «desconhecidas» do ser humano), os ódios e as agressões entre os seres humanos. São um símbolo dos grandes massacres do século XX, a que se poderiam acrescentar outros não referenciados no conto (a guerra do Vietname, as lutas pela independência por parte de países colonizados pelos europeus, a expansão do terrorismo, etc.). Sucede que a história narrada no conto de Mário de Carvalho constitui uma narrativa de desavenças e ódios, numa escada ínfima comparativamente aos eventos mundiais referidos, mas ainda assim de conflito.
O outro acontecimento mencionado no texto, este de índole nacional – o 25 de Abril de 1974 –, simboliza a liberdade, o fim da ditadura, da opressão e da perseguição, bem como mudança nas relações entre as pessoas, a abertura de ideias, o entendimento, a comunhão. A reconciliação entre as famílias dos «semaforeiros» e dos médicos sucede precisamente numa época posterior à Revolução dos Cravos.
O quadro seguinte reproduz os marcos históricos presentes no conto e o simbolismo associado a essas datas históricas.

Sequências narrativas de "Famílias desavindas"

1.ª sequência – Narração da origem dos semáforos e localização do aparelho (1.º e 2.º parágrafos).

2.ª sequência – Descrição do equipamento dos semáforos e do seu funcionamento (3.º parágrafo).

3.ª sequência – Relato do processo de seleção do primeiro semaforeiro (4.º parágrafo).

4.ª sequência – Sumário relativo às pessoas que desempenharam o cargo de semaforeiro até ao presente da enunciação (5.º parágrafo).

5.ª sequência – Descrição da relação atual entre semaforeiro, motoristas e transeuntes (6.º parágrafo).

6.ª sequência – Apresentação do primeiro médico e da origem do conflito com os semaforeiros.

7.ª sequência – Exposição das relações conflituosas entre médicos e semaforeiros (8.º ao 12.º parágrafos).

8.ª sequência – Narração do acidente e da reconciliação entre semaforeiros e médicos (13.º ao 16.º parágrafos).


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