Portugal cortou mais de 5% do PIB no investimento em Educação nos últimos três anos, revela um estudo da Comissão Europeia.
Portugal está entre os cinco países da União Europeia que mais cortaram no investimento em Educação, desde 2010, por causa da crise. Uma redução em mais de 5% do PIB nos orçamentos de Educação, revelou um estudo da Comissão Europeia hoje divulgado.
A par de Portugal há nove países que europeus que têm vindo a desinvestir em Educação nos últimos três anos. A Grécia, a Hungria, a Itália e a Lituânia estão também entre os países que mais desinvestiram em Educação, acima dos 5%.
Nos outros quatro países, Estónia, Polónia, Espanha e Reino Unido, os cortes no sector ficaram entre os 1% e os 5%.
Para a Comissão Europeia este desinvestimento deve-se à crise e tem reflexo na redução de salários e de professores. Cenário para o qual a instituição lança o alerta: "Se os Estados-Membros não investirem suficientemente na modernização da educação e das competências, ficaremos aquém dos nossos concorrentes mundiais e será mais difícil combater o desemprego juvenil", diz a comissária europeia para a Educação, Androulla Vassiliou.
O estudo que analisou o financiamento em todos os níveis de ensino, desde a educação pré-escolar ao ensino superior, em 35 sistemas educativos nacionais e regionais, vem confirmar os últimos dados do relatório anual "Education at a Glance" da OCDE e contrariar o relatório do FMI que diz que o investimento nacional no sector atingiu os 6.2% do PIB, estando acima da média da Europa a 15.
Mas também a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico revelou em Setembro que o investimento público em Educação caiu, este ano, em Portugal, para níveis abaixo dos registados em 1995 não tendo os 3,8% do PIB nacional. Investimento que coloca o País ainda mais distante da média dos 36 países abrangidos, que neste momento se situa nos 6,2%. Contas feitas, são menos 1,1 pontos percentuais do investimento registado em Portugal há 17 anos, que então ascendeu aos 4,9% do PIB.
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