*
Cantigas de mestria: são cantigas
sem refrão; são as mais perfeitas. Os versos têm sete a dez sílabas e o número
de estrofes raramente ultrapassava as três ou quatro.
Seguem alguns formalismos, denotando
a influência provençal:
. o dobre;
. o mordobre;
. a finda;
. a atafinda;
. o verso perdudo.
Nas cantigas de mestria, podiam
aparecer subgéneros:
. prantos: poesias de carácter fúnebre para exprimir a dor de uma
morte;
. tenções: retratam um diálogo entre dois trovadores.
*
Cantigas de refrão: no fim da cada
estrofe, repete-se um ou mais versos, à laia de estribilho, à maneira das
cantigas de amigo. São mais espontâneas, mais naturais, mais líricas, menos
artificiais.
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Descordos: são cantos magoados, de
variedade métrica, estrutura estrófica diferente e de difícil compreensão.
Existem apenas três nos nossos cancioneiros. Exprimem os conflitos do amor, um
amor tumultuoso, revolto, em convulsão no peito.
*
Tenções: cantigas dialogadas entre
trovadores, em que um procura contrariar o outro.
* Prantos / lais: desabafos plangentes
com lágrimas de coita de amor.
Todos estes subgéneros são de origem
provençal.
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