Se há algo de profundamente errado na área da Educação, se há algo efetivamente mau, muito mau mesmo, são os ministérios sucessivos do setor e os políticos que nela / nele intervêm.
Porquê?
Porque:
a) Motiva-os a descredibilização da Educação pública;
b) Motiva-os a oferta ao privado do maior número possível de escolas
públicas;
c) Motiva-os a desorçamentação do setor, visto como uma fonte de
despesa a evitar a todo o custo e não como um investimento e um
fator de desenvolvimento das pessoas e, por arrasto, do próprio
país;
d) Motiva-os uma ideologia ortodoxa que já (não) provocou noutros
países.
E de que meios se socorre esta gente para atingir os seus fins?
1) Mentira;
2) Falsidades várias e sucessivas;
3) Adulteração de dados e números;
4) Manipulação da «opinião pública».
Porém, de vez em quando, têm de sair de mansinho pela porta baixa ao levarem na tromba - se quisermos ser polidos, ao serem confrontados) - com dados e números que evidenciam estas manobras miseráveis. Nesses momentos, a catedral escangalha-se e cai como um baralho de cartas.
A última areiazita na engrenagem, neste caso, do ministro Crato foi o relatório identificado no título desta postagem, que, pasmem senhor ministro, senhores secretários de estado, senhor Passos Coelho e seus acólitos, proclama que os alunos portugueses, embora servidos por professores miseráveis (tão miseráveis que, mesmo possuindo licenciaturas efetivas e devidamente obtidas, mestrados e doutorandos, são obrigados a realizar uma charada para terem acesso à profissão) e por estas públicas ainda piores, obtiveram um desempenho, em 2012, que se situa acima da média da União Europeia em todas as áreas: Leitura, Ciências e Matemática.