O verbo copulativo ser apresenta uma concordância especial. Regra geral, respeita o princípio que rege a concordância: concorda com o sujeito em número:
Casos especiais de concordância do verbo SER:
1.º) Quando o verbo vem acompanhado dos advérbios «muito», «pouco», «bastante», «suficiente», etc., significando quantidade, distância, peso, etc., conjuga-se no singular:
2.º) Quando o sujeito ou o predicativo do sujeito é um pronome pessoal, o verbo concorda com o pronome:
3.º) Quando o sujeito é o pronome interrogativo «que» ou «quem», o verbo concorda com o predicativo:
4.º) Com expressões numéricas que indicam período de tempo, hora ou distância, o verbo concorda com a expressão numérica (predicativo) e torna-se impessoal (= sem sujeito):
5.º) Relativamente às datas, a concordância opera-se do seguinte modo.
a) Quando a palavra «dia» está expressa, o verbo fica no singular:
6.º) Quando o sujeito é um dos pronomes «isto», «isso», «aquilo», «o (que)», «tudo», o verbo concorda com o predicativo:
- O Rui comeu os rebuçados.
Casos especiais de concordância do verbo SER:
1.º) Quando o verbo vem acompanhado dos advérbios «muito», «pouco», «bastante», «suficiente», etc., significando quantidade, distância, peso, etc., conjuga-se no singular:
- Dez euros é muito para este par de meias.
- Cem metros de terrenos é suficiente para construir o galinheiro.
- Oitenta quilos é um exagero. Estou muito gordo.
- Trezentos mil euros é um preço exagerado.
- Duas horas de estudo é suficiente para fazer o teste.
- Dois dias é pouco tempo para estudar tanta matéria.
- Cinco quilos de carne é suficiente?
- Vinte quilos é demasiado para uma criança carregar.
A concordância no singular, nalguns dos exemplos apresentados, soa estranha, mas acontece normalmente com as expressões que denotam «excesso», «suficiência» ou «insuficiência». O sujeito, embora no plural, conserva a ideia coletiva e o verbo no singular sintoniza-se com essa ideia.
2.º) Quando o sujeito ou o predicativo do sujeito é um pronome pessoal, o verbo concorda com o pronome:
- Ela é linda!
- Nós somos feios.
- Eu sou o presidente da junta.
- Tu és um palerma.
- A esperança somos nós.
- Vocês são atrevidos.
- O Brasil, senhores, sois vós.
3.º) Quando o sujeito é o pronome interrogativo «que» ou «quem», o verbo concorda com o predicativo:
- Quem são aqueles homens?
- Que são dois anos na vida de uma tartaruga?
- Que são palavras homónimas?
- Quem foram os responsáveis por este atentado?
- Que seriam aqueles pontos brilhantes no céu?
4.º) Com expressões numéricas que indicam período de tempo, hora ou distância, o verbo concorda com a expressão numérica (predicativo) e torna-se impessoal (= sem sujeito):
- É uma hora e meia.
- São cinco horas.
- São três e um quarto.
- É um minuto para as seis.
- De casa à escola, são doze minutos certos.
- Já são dez para as quinze.
- Eram perto de dez horas.
No caso de locução verbal, é o verbo auxiliar que concorda com o predicativo:
- Devem ser dez horas.
5.º) Relativamente às datas, a concordância opera-se do seguinte modo.
a) Quando a palavra «dia» está expressa, o verbo fica no singular:
b) Quando a palavra «dia» não está expressa, a concordância é facultativa:
- Hoje é dia 23 de setembro.
- Hoje é 23 de setembro.
- Hoje são 23 de setembro.
6.º) Quando o sujeito é um dos pronomes «isto», «isso», «aquilo», «o (que)», «tudo», o verbo concorda com o predicativo:
- Isso são flores.
- Isso são lembranças de viagens.
- Aquilo é uma miséria.
- O que fica na memória são as coisas marcantes.
- Os bastidores é o que me toca.
Nota: O verbo «ser» fica no singular quando o predicativo é formado por dois
elementos no singular:
- Tudo o mais é tristeza e amargura.
7.º) Quando o sujeito é «nome de coisa ou objeto (no singular)» e o predicativo do sujeito um «nome no plural», o verbo concorda, preferencialmente, com o predicativo:
- A vida [coisa] não são rosas.
- A cama [coisa] do meu avô eram umas palhas.
- O seu segredo [coisa] são essas pernas deslumbrantes.
- Divertimento é coisa que não falta aqui.
- Dois metros de tecido é suficiente para fazer a toalha.
Nota: Se o sujeito ou o predicativo forem um nome próprio, o nome de uma pessoa
ou uma pessoa, o verbo concorda com a pessoa:
- Ricardo era só problemas.
- O homem é cinzas.
- O teu orgulho são os teus cães.
- Aquele aluno é o encanto dos professores.
8.º) Quando o sujeito ou o predicativo se encontra no singular e outro (sujeito ou predicativo) no plural, o verbo conjuga-se no plural:
- Os filhos são o meu tesouro.
9.º) Quando o verbo representa definição ou identidade, pode ser conjugado no singular:
- Pátria é nosso rios e mares, nossos animais, nossa gente.