Português

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A expressão "calendas gregas"

     A expressão "para as calendas gregas" (ex.: "Fulano adiou a decisão para as calendas gregas.") significa «nunca», «em tempo algum».

     A sua origem está relacionada com um dito espirituoso do imperador romano Augusto, no qual terá feito uso da expressão latina "ad calendas graecas".
     Com efeito, os Romanos dividiam os meses do ano em calendas, nonas e idos. Estes últimos correspondiam ao dia 1 dos meses de março, maio, julho e outubro e ao dia 13 nos outros meses. Por seu turno, as nonas eram o sétimo dia dos meses de março, maio, julho e outubro e o quinto dia nos restantes meses. Quanto às calendas, eram o primeiro dia de cada mês. Sucede que os Gregos não possuíam, no seu calendário, as calendas. Daí que Augusto quisesse significar, com a sua frase, «Nunca».

Fonte:
          Orlando Neves, Dicionário de Expressões Correntes

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

"Concerto" vs "conserto"

     É bastante frequente encontrar falantes que confundem o uso destas palavras.

     Antes de mais, convém atentar nas diferenças entre os seguintes vocábulos:
  • concerto (/concérto/: forma do verbo "concertar" no presente do indicativo;
  • Eu concerto as medidas disciplinares com o diretor de turma.
  • conserto(/consérto/): forma do verbo "consertar" no presente do indicativo;
  • Eu conserto a roda da bicicleta.
  • concerto (/concêrto/): nome que significa "sessão musical";
  • Assisti ao concerto dos A-ha.
  • conserto (/consêrto/): nome que significa "reparação";
  • Fiz um conserto na máquina de lavar a roupa.


     Em suma:

               a) concertar: ajustar, combinar, contratar;

               b) consertar: reparar, restaurar, arranjar.

"Mais bem" ou "melhor"?

     A locução adverbial "mais bem" é usada:

          a) quando o advérbio «bem» intensifica um particípio passado ou adjetivo
               verbal:
                    - Este texto está mais bem escrito do que o outro.
                    - O muro do Tom Sawyer está mais bem pintado do que o do Huck.
                    - O comportamento dos alunos tem de ser mais bem controlado.

     O advérbio "melhor" utiliza-se:

          b) quando surge isoladamente:
                    - Pensando melhor, vou dar positiva a todos os alunos.

          c) quando modifica a ação de um verbo:
                    - Eça escrevia melhor do que Jorge Jesus.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Mobilidade por Doença


Roubada aqui.
     4160 professores colocados na mobilidade por doença.

     Com algumas exceções, estes professores foram colocados em escolas / agrupamentos que não dispõem de horários letivos para lhes atribuir, pelo que desempenharão outras tarefas que, por mais úteis que possam ser, não correspondem à sua função primordial.

     Pelo que se vai sabendo, há inúmeros casos de «abuso», para não chamar fraude. Urge fiscalizar este mecanismo. Urge... urgentemente.

sábado, 10 de setembro de 2016

Plano de tutoria


     Agora que as tutorias estilo tudo ao molho e fé em Deus vão entrar em vigor, aqui fica um exemplar de um plano de tutoria, elabora na EB 2/3 de Perafita.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Pôr do sol



     Final do dia visto a partir da ermida da Senhora do Castelo, em Mangualde.

50 anos de "Star Trek"



    A 8 de setembro de 1966, foi para o ar o primeiro episódio da série original Star Trek.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

terça-feira, 19 de julho de 2016

Correção do exame nacional de Português - 12.º ano - 2016 - 2.ª fase

Grupo I

Texto A


1. Os traços da filosofia de vida exposta nas quatro primeiras estrofes são os seguintes:
     a) a fruição estética da Natureza: "Só o ter flores pela vista fora / Nas áleas
          largas dos jardins exatos / Basta para podermos / Achar a vida leve." - vv. 1-4;
     b) a serenidade, que leva à contemplação: "De todo o esforço seguremos quedas /
          As mãos, brincando, pra que nos não tome / Do pulso, e nos arraste." - vv. 5-7;
     c) a recusa da dor e do sofrimento e a procura do prazer moderado: "Buscando o
         mínimo de dor ou gozo, / Bebendo a goles os instantes frescos" (vv. 9-10);
     d) a consciência da brevidade / efemeridade da vida, que conduz ao carpe diem,
          ao desejo de fruição do momento presente: "As rosas breves, os sorrisos vagos, /
          E as rápidas carícias" (vv. 14-15).

2. De facto, o sujeito poético faz uso, ao longo do poema, da primeira pessoa do plural, dado que elenca um conjunto de princípios / normas que devem ser seguidos(as) por todas as pessoas, de modo a ajudar a superar a consciência da brevidade da morte e a dor e o sofrimentos que essa consciência acarreta.
     Assim, o recurso à primeira pessoa (seja das formas verbais - "seguremos", "vivamos", etc. -, seja do pronome "nos" - vv. 6-7) conjuga-se com as normas morais que o sujeito poético defende como princípios de vida a serem seguidos por 'todos'.

3. O sujeito poético considera que a vida do ser humano é comandado pelo Destino / Fado, ou pelas Parcas. Após a morte, as almas humanas atravessam o rio Estiges e chegam aos Infernos, caracterizados como a pátria de Plutão (versos 21 a 28).
     Partindo do princípio de que a morte é inevitável, o sujeito poético defende que devemos aceitá-la voluntariamente, que não nos devemos apegar a nada e que devemos apenas possuir suaves recordações do que vivemos. Desta forma, evitaremos o sofrimento e a dor que a morte acarretam, seguindo os princípios do Estoicismo (vv. 17-20).



Texto B

4. De acordo com o primeiro parágrafo do texto, a época do verão é diferente daquilo que era esperado.
     De facto, por um lado, as condições climatéricas são diferentes do que é habitual, já que faz frio, há vento e chove muito, o que obriga ao uso de agasalhos. Por outro, é notório que as rotinas dos animais se alteraram, como se pode verificar pelo facto de os pássaros se recolherem nas árvores.

5. Inicialmente, o narrador, enquanto estava sentado a uma mesa da esplanada, observava atenta e curiosamente uma mulher que se encontrava sentada na mesa ao lado da sua. Essa observação ficava a dever-se ao facto de aquela estar deslocada do meio em que se encontrava - uma esplanada, pois, não obstante o calor que se fazia sentir, envergava um vestido de cerimónia e meias. Além disso, rodeava a mulher um certo tom de mistério, pois os óculos escuros que tinha impediam o acesso ao seu olhar, parecia alheada do que se passava em seu redor e, por último, apresentava um sorriso distante.
     Posteriormente, o narrador apercebeu-se de que a forma como olhava fixa e ininterruptamente para ela despertara a sua atenção, que, em lugar de se sentir incomodada, parecia divertida com a situação. Assim, ele sentiu algum desconforto, dado que tomou consciência de que tinha passado de observador a observado.




Grupo II

             Versão 1              Versão 2

1.                B                         C
2.                C                         A
3.                B                         C
4.                A                         D
5.                D                         A
6.                D                         B
7.                C                         D

8. Função sintática: sujeito.

9. Valor da oração relativa: explicativo.

10. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

Tom Sawyer - Episódio 7: "O Rival"

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