1. Ordene
cronologicamente os acontecimentos relatados no texto.
a.
Primeiro eclipse total do Sol em Moçambique.
b. Mudança de Lupino Euclides Semedo para casa da
família de Asclépio.
c. Palestra de Asclépio e Letícia Catarata.
d. Vida académica de Asclépio em Coimbra.
e. Campanhas militares do Comandante Lupino Euclides Semedo
em Lourenço Marques.
f. Eclipse solar em 1968.
g. “Expedições científicas” de Lupino e Asclépio,
durante a infância deste.
h. Périplo de Asclépio pelo mundo, dedicado ao estudo de
eclipses.
2. Após uma primeira leitura do
conto, classifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as
afirmações que se seguem, corrigindo devidamente as que considerar inexatas.
a.
A ação do conto decorre em Moçambique.
b. O protagonista, Asclépio Euclides, é perito
particularmente em eclipses solares.
c. Lupino Semedo, tio de Asclépio, ocupava o cargo de
Governador-Geral de Colónia.
d. Asclépio era filho único e conhecido entre as pessoas
mais próximas como Pio.
e. O protagonista despertou para os fenómenos
científicos por influência paterna.
f. Asclépio frequentou, na universidade, o curso de
Direito.
g. A ação principal desenrola-se em torno do único
eclipse solar do século XX.
h. Asclépio viveu toda a vida no seu país natal.
i. Na época em que decorrem os acontecimentos relatados
no conto, os eclipses eram entendidos pela generalidade da população como
prodígios naturais ameaçadores.
k. O narrador do conto é heterodiegético.
l. As sequências alusivas à infância e juventude são
encaixadas na narrativa principal.
3. Delimite
no texto as suas sete sequências narrativas, considerando os seguintes
momentos:
Introdução
|
A
|
Apresentação do protagonista e
da situação inicial: preparação para o eclipse solar.
|
Desenvolvimento
|
B
|
Primeiro
momento
|
Descrição, em analepse, da vida
do Tio Lupino e das vivências partilhadas com Asclépio durante a sua
infância.
|
C
|
Segundo momento
|
Explicação do surgimento do
fascínio de Asclépio por eclipses.
|
D
|
Terceiro momento
|
Relato do percurso académico e
profissional de Asclépio
|
E
|
Quarto momento
|
Narração do regresso de
Asclépio a Moçambique e dos preparativos para o eclipse.
|
F
|
Quinto momento
|
Apresentação dos acontecimentos
do dia do eclipse.
|
Conclusão
|
G
|
Exposição das consequências do
eclipse.
|
4. Atente na
Introdução do conto.
4.1. Mencione as três características da personalidade de
Asclépio Euclides apresentadas.
4.2. Identifique o tempo cronológico em que decorre a ação.
4.3. No final do primeiro parágrafo,
o narrador antecipa acontecimentos futuros, posteriormente narrados. Comprove.
5. Atente no
Desenvolvimento do texto.
PRIMEIRO MOMENTO
5.1. Prove, a partir de elementos
textuais, que o início do desenvolvimento corresponde a uma analepse que se
prolongará até ao final do terceiro momento desta parte.
5.1.1. Refira a importância deste recurso
narrativo de apresentação temporal no contexto do conto.
5.2. Destaque o valor das aspas no
adjetivo «culpado», referente ao Tio Lupino.
5.3. A última frase do segundo
parágrafo funciona como breve analepse no contexto da narrativa. Justifique a afirmação.
5.4. «O Doutor Lupino, tio de
Asclépio, morava também, havia meia-dúzia de anos, com a prestigiada família
Euclides Semedo (…)».
5.4.1. Tendo em conta que o terceiro
parágrafo do texto surge na sequência da frase acima transcrita, explicite o
valor da utilização do pretérito mais-que-perfeito nesse trecho da narração.
5.5. Transcreva a expressão que
remete para o espaço social em que se movimentavam os elementos da família
Euclides Semedo.
5.6. «Solteirão dos quatro
costados, o Comandante Lupino decidiu-se, pois, em virtude do acidente acima
descrito, a ir morar com o irmão (…)».
5.6.1. Resuma os acontecimentos que
determinaram a mudança do Tio Lupino para a casa da família Euclides Semedo.
5.7. Proceda à caracterização direta
de Lupino Euclides Semedo a partir do documento de louvor lavrado em relação à
sua pessoa.
5.8. No parágrafo final desta
sequência, o narrador procede à exposição das atividades a que se dedicavam tio
e sobrinho, «investidos em verdadeiros cientistas, biólogos, botânicos,
geógrafos, geólogos e até astrónomos, num crescendo de aprendizagem ‘in loco’
(…)».
5.8.1. Enumere essas atividades.
5.8.2. Partindo contexto em que surge,
assinale o significado da expressão latina «in loco».
a.
no limite. b. no próprio
lugar. c. naquele tempo. d. por inteiro.
5.9. Faça corresponder a cada uma das
frases iniciadas na coluna A uma terminação da coluna B, de modo a obteres
afirmações verdadeiras.
A
1. Com o recurso ao advérbio com valor modal “diplomaticamente”,
2. Na frase “(…) foi Lupino convencido, ou melhor,
convidado a antecipar a reforma da sua valorosa carreira militar (…)”,
com a mudança da forma adjetival do particípio passado,
3. Através da anteposição do adjetivo face ao nome qua
qualifica na expressão “pequeno génio”,
4. Com a utilização do adjetivo presente na passagem “Enquanto
as sete manas se entretinham (…) a dedilhar intermináveis escalas (…)”,
5. Com o uso dos vocábulos “embrenhava-se” e “matas”
na descrição das “expedições científicas” de Asclépio e Lupino,
6. Na frase “Mas juntos, (…) sobrinho e tio demoravam-se
horas após horas, tardes após tardes, dias após dias, meses e anos sem fim, inventariando
fauna e flora que lhes aparecessem pela frente.”,
|
|
B
a. o narrador confere-lhe um valor subjetivo e afetivo.
b. o narrador, recorrendo ao disfemismo, torna mais agreste e
selvagem a atividade.
c. o narrador utiliza a gradação com a finalidade
de ressaltar o crescente interesse pela ocupação.
d. o narrador destaca a habilidade com que foram tratados os
interesses militares.
e. o narrador salienta, ironicamente, o caráter repetitivo da
ação.
f. o narrador serve-se de um eufemismo para atenuar
a situação apresentada.
|
SEGUNDO MOMENTO
5.10. Indique a expressão que, no
início do parágrafo deste segundo momento, recupera e realça a última ideia do
segmento narrativo anterior.
5.10.1. Refira o mecanismo de coesão
que a sua utilização configura.
5.11. Comprove com elementos textuais
que os sentimentos despertados pelo eclipse junto de Asclépio diferiam
grandemente dos da restante população.
5.12. Identifique os dois vocábulos
utilizados pelo narrador para dar conta da confusão gerada no dia do primeiro
eclipse total do Sol em Moçambique.
5.13. Na frase «Reza a história –
e muito rezou o padre local», surge um trocadilho que explora o valor
polissémico do verbo rezar.
5.13.1. Esclareça os dois sentidos
com que é utilizado na frase.
5.14. Refira o valor expressivo da
enumeração das reações dos populares ao eclipse: «(…) com gentes de todas as
idades (…) gritando ais e ajudas, socorros e clemências aos mais dignos e mesmo
aos mais indignos deuses (…)».
5.15. Explique o comentário do
narrador relativamente ao que se passou nas semanas posteriores ao eclipse: «De
plantão, nas semanas seguintes, ficaram igualmente, e como se compreende, todos
os curas, curandeiros, adivinhos e sibilas da terra.»
TERCEIRO MOMENTO
5.16. Tendo em conta o tempo
histórico e o espaço social em que decorre a ação do conto, justifique a
referência à “Metrópole”.
5.17. Aponte a função sintática
desempenhada pela oração infinitiva sublinhada na frase: “Um dia, em
entrevista a um programa de rádio, chegou a confidenciar ter perdido a conta
ao número de eclipses testemunhados (…)”.
5.18. Identifique o processo
morfológico de formação de palavras que deu origem aos vocábulos «solares»
e «verdadeira».
QUARTO MOMENTO
5.19. Esta sequência narrativa retoma
o tempo cronológico da ação, identificado na introdução e interrompido pela
analepse do início do desenvolvimento.
5.19.1. Confirme a afirmação.
5.20. Asclépio retorna a Moçambique
como convidado para proferir uma palestra sobre eclipses, uma vez que estava
para breve a ocorrência de um desses fenómenos.
5.20.1. Transcreva a frase que
evidencia o impacto das suas palavras no auditório.
5.20.2. Refira um dos efeitos de
sentido produzidos pela utilização do gerúndio nessa mesma frase.
5.21. «Três dias depois se veria,
afinal, o que era aquilo de um eclipse total, ou quase, e que efeitos na
realidade teria”.
5.21.1. Interprete o valor simbólico
do número três na alusão ao número de dias de preparação para o eclipse.
5.21.2. Mencione a ideia expressa
pelo conector «afinal».
QUINTO MOMENTO
5.22. O relato do «dia do eclipse»
começa com um breve trecho descritivo.
5.22.1. Demarque o momento em que
termina a descrição e principia a narração do fenómeno.
5.22.2. Distinga essas duas
sequências textuais (descritiva e narrativa) quanto aos tempos verbais
dominantes.
5.23. Atente no verbete da palavra «eclipse».
Eclipse
– 1 n.m. ato ou efeito de
eclipsar; 2 ASTRONOMIA ocultação total ou parcial de um astro pela
interposição de outro entre ele e o observador ou pela entrada daquele astro
na sombra de outro; 3 [fig.] obscurecimento; 4 [fig.]
desaparecimento; 5 [fig.] ausência; ASTRONOMIA eclipse da Lua
ocultação total ou parcial da Lua (…); ASTRONOMIA eclipse do Sol
ocultação total ou parcial do Sol (…); PSICOLOGIA eclipse mental
desaparecimento extremamente breve da consciência ou, pelo menos, do domínio
do pensamento, psicolepsia (Do gr. ékleipsis, «eclipse; ocultação»,
pelo lat. eclipse-, «idem»)
AA. VV., 2004. “Eclipse”, in Grande Dicionário da Língua
Portuguesa.
Porto: Porto Editora (texto adaptado e com
supressões)
|
5.23.1. Indique qual das aceções do vocábulo
s pode aplicar ao verdadeiro e raro «fenómeno» do dia.
5.23.2. Aponte as suas consequências.
5.24. Consulte num dicionário o significado
de «assolar» e, a partir dele, assinale a palavra que lhe está na origem.
a. Sol b. sola c. solo d. solar
5.24.1. Trata-se de um vocábulo
formado por derivação (parassíntese). Justifique a afirmação.
6.
Considere, finalmente, a Conclusão da narrativa.
6.1. “Com o tempo”, Asclépio foi alvo de homenagens.
6.1.1. Os políticos «(…)
aproveitaram para encomendar mais uma estatuazita.». Explicite o valor do
sufixo diminutivo presente na palavra «estatuazita».
6.1.2. Um «escultor da terra»
conseguiu uma «forma curiosa e interessante» de cumprir o desígnio dos
políticos e manter a lembrança da história de Asclépio, Explique como o
conseguiu.
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