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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Plano (Álvaro de Campos e Pablo Picasso)

Planificação

Titulo: As diversas formas de arte


Introdução

• Relação existente entre a ciência e a arte. A ciência descreve as coisas como elas são enquanto que a arte as descreve como são sentidas.

• A ciência só pode ter uma única interpretação, não pode ser contestada, enquanto a arte pode ser encarada de diversas formas, pois cada pessoa tem uma maneira diferente de captar a arte, todos temos vivencias e passados distintos e dependendo disso é que vamos interpretar positiva ou negativamente uma obra.


Desenvolvimento

• Pablo Picasso foi um pintor e escultor muito reconhecido no inicio do século XX.

• O quadro de Picasso apresenta uma mulher a chorar, mostra-nos o quanto sofria a única mulher que esteve psicologicamente à altura de Pablo.

• Newton foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático.

• No campo da matemática Newton criou uma expressão que se denomina Binómio de Newton e permite calcular o desenvolvimento de (a+b)n.

• A Vénus de Milo é uma estátua grega, representa a deusa grega Afrodite, deusa do amor e da beleza física.


Conclusão

• Vénus de Milo e o quadro de Picasso são duas obras de arte, ou seja, o Binómio de Newton é tão belo como a arte pois tudo o que é arte é belo, embora cada pessoa tenha uma interpretação diferente de beleza de cada obra de arte.


          Chamo a vossa atenção para o conteúdo do seguinte «post», onde estão as instruções para a realização do trabalho: http://portugues-fcr.blogspot.com/2010/12/alvaro-de-campos-e-pablo-picasso.html.

JR

"Ode Triunfal"

À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!

Em febre e olhando os motores como a uma Natureza tropical -
Grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força -
Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro,
Porque o presente é todo o passado e todo o futuro
E há Platão e Virgílio dentro das máquinas e das luzes eléctricas
Só porque houve outrora e foram humanos Virgílio e Platão,
E pedaços do Alexandre Magno do século talvez cinquenta,
Átomos que hão de ir ter febre para o cérebro do Ésquilo do século cem,
Andam por estas correias de transmissão e por estes êmbolos e por estes volantes,
Rugindo, rangendo, ciciando, estrugindo, ferreando,
Fazendo-me um excesso de carícias ao corpo numa só carícia à alma.

Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!

Fraternidade com todas as dinâmicas!
Promíscua fúria de ser parte-agente
Do rodar férreo e cosmopolita
Dos comboios estrénuos,
Da faina transportadora-de-cargas dos navios,
Do giro lúbrico e lento dos guindastes,
Do tumulto disciplinado das fábricas,
E do quase-silêncio ciciante e monótono das correias de transmissão!

Horas europeias, produtoras, entaladas
Entre maquinismos e afazeres úteis!
Grandes cidades paradas nos cafés,
Nos cafés -- oásis de inutilidades ruidosas
Onde se cristalizam e se precipitam
Os rumores e os gestos do Útil
E as rodas, e as rodas-dentadas e as chumaceiras do Progressivo!
Nova Minerva sem-alma dos cais e das gares!
Novos entusiasmos da estatura do Momento!
Quilhas de chapas de ferro sorrindo encostadas às docas,
Ou a seco, erguidas, nos pianos-inclinados dos portos!
Actividade internacional, transatlântica, Canadian-Pacific!
Luzes e febris perdas de tempo nos bares, nos hotéis,
Nos Longchamps e nos Derbies e nos Ascots,
E Piccadillies e Avenues de l'Opera que entram
Pela minh'alma dentro!

Hé-lá as ruas, hé-lá as praças, hé-la-hó la foule!
Tudo o que passa, tudo o que pára às montras!
Comerciantes; vadios; escrocs exageradamente bem-vestidos;
Membros evidentes de clubes aristocráticos;
Esquálidas figuras dúbias; chefes de família vagamente felizes
E paternais até na corrente de oiro que atravessa o colete
De algibeira a algibeira!
Tudo o que passa, tudo o que passa e nunca passa!
Presença demasiadamente acentuada das cocotes;
Banalidade interessante (e quem sabe o quê por dentro?)
Das burguesinhas, mãe e filha geralmente,
Que andam na rua com um fim qualquer,
A graça feminil e falsa dos pederastas que passam, lentos;
E toda a gente simplesmente elegante que passeia e se mostra
E afinal tem alma lá dentro!

(Ah, como eu desejaria ser o souteneur disto tudo!)

A maravilhosa beleza das corrupções políticas,
Deliciosos escândalos financeiros e diplomáticos,
Agressões políticas nas ruas,
E de vez em quando o cometa dum regicídio
Que ilumina de Prodígio e Fanfarra os céus
Usuais e lúcidos da Civilização quotidiana!

Notícias desmentidas dos jornais,
Artigos políticos insinceramente sinceros,
Notícias passez à-la-caisse, grandes crimes -
Duas colunas deles passando para a segunda página!
O cheiro fresco a tinta de tipografia!
Os cartazes postos há pouco, molhados!
Vients-de-paraitre amarelos com uma cinta branca!
Como eu vos amo a todos, a todos, a todos,
Como eu vos amo de todas as maneiras,
Com os olhos e com os ouvidos e com o olfacto
E com o tacto (o que palpar-vos representa para mim!)
E com a inteligência como uma antena que fazeis vibrar!
Ah, como todos os meus sentidos têm cio de vós!

Adubos, debulhadoras a vapor, progressos da agricultura!
Química agrícola, e o comércio quase uma ciência!
Ó mostruários dos caixeiros-viajantes,
Dos caixeiros-viajantes, cavaleiros-andantes da Indústria,
Prolongamentos humanos das fábricas e dos calmos escritórios!

Ó fazendas nas montras! ó manequins! ó últimos figurinos!
Ó artigos inúteis que toda a gente quer comprar!
Olá grandes armazéns com várias secções!
Olá anúncios eléctricos que vêm e estão e desaparecem!
Olá tudo com que hoje se constrói, com que hoje se é diferente de ontem!
Eh, cimento armado, beton de cimento, novos processos!
Progressos dos armamentos gloriosamente mortíferos!
Couraças, canhões, metralhadoras, submarinos, aeroplanos!

Amo-vos a todos, a tudo, como uma fera.
Amo-vos carnivoramente,
Pervertidamente e enroscando a minha vista
Em vós, ó coisas grandes, banais, úteis, inúteis,
Ó coisas todas modernas,
Ó minhas contemporâneas, forma actual e próxima
Do sistema imediato do Universo!
Nova Revelação metálica e dinâmica de Deus!

Ó fábricas, ó laboratórios, ó music-halls, ó Luna-Parks,
Ó couraçados, ó pontes, ó docas flutuantes --
Na minha mente turbulenta e incandescida
Possuo-vos como a uma mulher bela,
Completamente vos possuo como a uma mulher bela que não se ama,
Que se encontra casualmente e se acha interessantíssima.

Eh-lá-hô fachadas das grandes lojas!
Eh-lá-hô elevadores dos grandes edifícios!
Eh-lá-hô recomposições ministeriais!
Parlamento, políticas, relatores de orçamentos;
Orçamentos falsificados!
(Um orçamento é tão natural como uma árvore
E um parlamento tão belo como uma borboleta.)

Eh-lá o interesse por tudo na vida,
Porque tudo é a vida, desde os brilhantes nas montras
Até à noite ponte misteriosa entre os astros
E o amor antigo e solene, lavando as costas
E sendo misericordiosamente o mesmo
Que era quando Platão era realmente Platão
Na sua presença real e na sua carne com a alma dentro,
E falava com Aristóteles, que havia de não ser discípulo dele.

Eu podia morrer triturado por um motor
Com o sentimento de deliciosa entrega duma mulher possuída.
Atirem-me para dentro das fornalhas!
Metam-me debaixo dos comboios!
Espanquem-me a bordo de navios!
Masoquismo através de maquinismos!
Sadismo de não sei quê moderno e eu e barulho!

Up-lá hó jóquei que ganhaste o Derby,
Morder entre dentes o teu cap de duas cores!

(Ser tão alto que não pudesse entrar por nenhuma porta!
Ah, olhar é em mim uma perversão sexual!)

Eh-lá, eh-lá, eh-lá, catedrais!
Deixai-me partir a cabeça de encontro às vossas esquinas,
E ser levantado da rua cheio de sangue
Sem ninguém saber quem eu sou!

Ó tramways, funiculares, metropolitanos,
Roçai-vos por mim até ao espasmo!
Hilla! hilla! hilla-hô!
Dai-me gargalhadas em plena cara,
Ó automóveis apinhados de pândegos e de putas,
Ó multidões quotidianas nem alegres nem tristes das ruas,
Rio multicolor anónimo e onde eu me posso banhar como quereria!
Ah, que vidas complexas, que coisas lá pelas casas de tudo isto!
Ah, saber-lhes as vidas a todos, as dificuldades de dinheiro,
As dissensões domésticas, os deboches que não se suspeitam,
Os pensamentos que cada um tem a sós consigo no seu quarto
E os gestos que faz quando ninguém pode ver!
Não saber tudo isto é ignorar tudo, ó raiva,
Ó raiva que como uma febre e um cio e uma fome
Me põe a magro o rosto e me agita às vezes as mãos
Em crispações absurdas em pleno meio das turbas
Nas ruas cheias de encontrões!

Ah, e a gente ordinária e suja, que parece sempre a mesma,
Que emprega palavrões como palavras usuais,
Cujos filhos roubam às portas das mercearias
E cujas filhas aos oito anos -- e eu acho isto belo e amo-o! -
Masturbam homens de aspecto decente nos vãos de escada.
A gentalha que anda pelos andaimes e que vai para casa
Por vielas quase irreais de estreiteza e podridão.
Maravilhosa gente humana que vive como os cães,
Que está abaixo de todos os sistemas morais,
Para quem nenhuma religião foi feita,
Nenhuma arte criada,
Nenhuma política destinada para eles!
Como eu vos amo a todos, porque sois assim,
Nem imorais de tão baixos que sois, nem bons nem maus,
Inatingíveis por todos os progressos,
Fauna maravilhosa do fundo do mar da vida!

(Na nora do quintal da minha casa
O burro anda à roda, anda à roda,
E o mistério do mundo é do tamanho disto.
Limpa o suor com o braço, trabalhador descontente.
A luz do sol abafa o silêncio das esferas
E havemos todos de morrer,
Ó pinheirais sombrios ao crepúsculo,
Pinheirais onde a minha infância era outra coisa
Do que eu sou hoje. . . )

Mas, ah outra vez a raiva mecânica constante!
Outra vez a obsessão movimentada dos ónibus.
E outra vez a fúria de estar indo ao mesmo tempo dentro de todos os comboios
De todas as partes do mundo,
De estar dizendo adeus de bordo de todos os navios,
Que a estas horas estão levantando ferro ou afastando-se das docas.
Ó ferro, ó aço, ó alumínio, ó chapas de ferro ondulado!
Ó cais, ó portos, ó comboios, ó guindastes, ó rebocadores!

Eh-lá grandes desastres de comboios!
Eh-lá desabamentos de galerias de minas!
Eh-lá naufrágios deliciosos dos grandes transatlânticos!
Eh-lá-hô revoluções aqui, ali, acolá,
Alterações de constituições, guerras, tratados, invasões,
Ruído, injustiças, violências, e talvez para breve o fim,
A grande invasão dos bárbaros amarelos pela Europa,
E outro Sol no novo Horizonte!

Que importa tudo isto, mas que importa tudo isto
Ao fúlgido e rubro ruído contemporâneo,
Ao ruído cruel e delicioso da civilização de hoje?
Tudo isso apaga tudo, salvo o Momento,
O Momento de tronco nu e quente como um fogueiro,
O Momento estridentemente ruidoso e mecânico,
O Momento dinâmico passagem de todas as bacantes
Do ferro e do bronze e da bebedeira dos metais.

Eia comboios, eia pontes, eia hotéis à hora do jantar,
Eia aparelhos de todas as espécies, férreos, brutos, mínimos,
Instrumentos de precisão, aparelhos de triturar, de cavar,
Engenhos, brocas, máquinas rotativas!

Eia! eia! eia!
Eia eletricidade, nervos doentes da Matéria!
Eia telegrafia-sem-fios, simpatia metálica do inconsciente!
Eia túneis, eia canais, Panamá, Kiel, Suez!
Eia todo o passado dentro do presente!
Eia todo o futuro já dentro de nós! eia!
Eia! eia! eia!
Frutos de ferro e útil da árvore-fábrica cosmopolita!
Eia! eia! eia, eia-hô-ô-ô!
Nem sei que existo para dentro. Giro, rodeio, engenho-me.
Engatam-me em todos os comboios.
Içam-me em todos os cais.
Giro dentro das hélices de todos os navios.
Eia! eia-hô eia!
Eia! sou o calor mecânico e a electricidade!

Eia! e os rails e as casas de máquinas e a Europa!
Eia e hurrah por mim-tudo e tudo, máquinas a trabalhar, eia!

Galgar com tudo por cima de tudo! Hup-lá!

Hup-lá, hup-lá, hup-lá-hô, hup-lá!
Hé-lá! He-hô Ho-o-o-o-o!
Z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z!

Ah não ser eu toda a gente e toda a parte!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

WikiLeaks


          Porque é Natal e a Sr.ª Ministra da Educação está a balbuciar qualquer coisa no ecrã.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Postal de Natal

É Dia de Natal

                    Chove. É dia de Natal.
                    Lá para o Norte é melhor:
                    Há a neve que faz mal,
                    E o frio que ainda é pior.

                    E toda a gente é contente
                    Porque é dia de o ficar.
                    Chove no Natal presente.
                    Antes isso que nevar.

                    Pois apesar de ser esse
                    O Natal da convenção,
                    Quando o corpo me arrefece
                    Tenho o frio e Natal não.

                    Deixo sentir a quem quadra
                    E o Natal a quem o fez,
                    Pois se escrevo ainda outra quadra
                    Fico gelado dos pés.

                                                Fernando Pessoa

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O nome: Ricardo Reis

          Ricardo é um nome de origem germânica e significa «senhor poderoso» ou «homem prático e decidido».

          Reis remete, obviamente, para a realeza, para a nobreza heráldica.

          Assim sendo, o nome Ricardo Reis pode apontar para uma figura que controla o seu destino, que é senhor de si mesmo.

O nome: Alberto Caeiro

          De acordo com o sítio http://www.umfernandopessoa.com, o nome deste heterónimo de Fernando Pessoa seria explicável do modo seguinte...

          Alberto, um nome de origem germânica, significa «calmo» ou «nobre».

          Por seu lado, Caeiro relacionar-se-ia com cal e por isso com branco, remetendo para os versos do heterónimo - brancos por não possuírem rima - e para o facto de ele não crer em nada além do que via. Assim, a sua compreensão da realidade seria, igualmente, branca, sem nada escrito nela. Além disso, em determinadas culturas, o branco é a cor funerária, do esquecimento e da perda de tudo.

          Deste modo, associando o nome e o sobrenome, Alberto Caeiro significaria «a nobreza calma do esquecimento das coisas.

          Há, ainda, quem seja audaz e associe o nome «Caeiro» a «(Sá-)Carneiro», o grande amigo de Pessoa e que desempenhou um papel, simultaneamente, importante e involuntário no surgimento deste heterónimo, pois, segundo a carta sobre a génese dos heterónimos, ele teria surgido para pregar uma partida a Mário de Sá-Carneiro.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Autobiografia

"Nome completo - Fernando António Nogueira Pessoa.

Idade e naturalidade - Nasceu em Lisboa, freguesia dos Mártires, no prédio n.º 4 do Largo de S. Carlos (hoje do Directório), em 13 de Junho de 1888.

Filiação - Filho legítimo de Joaquim de Seabra Pessoa e de D. Maria Madalena Pinheiro Nogueira. Neto paterno do general Joaquim António de Araújo Pessoa, combatente das campanhas liberais, e de D. Dionísia Seabra; neto materno do conselheiro Luís António Nogueira, jurisconsulto, e que foi director-geral do Ministério do Reino, e de D. Madalena Xavier Pinheiro. Ascendência geral - misto de fidalgos e judeus.

Profissão - A designação mais própria será «tradutor», a mais exacta de «correspondente estrangeiro em casas comerciais». O ser poeta e escritor não constitui profissão, mas vocação.

Funções sociais que tem desempenhado - Se por isso se entende cargos públicos ou funções de destaque, nenhumas.

Obras que tem publicado - A obra está essencialmente dispersa, por enquanto, por várias revistas e publicações. O que, de livros ou folhetos, considera como válido é o seguinte: 35 Sonnets (em inglês), 1918; English Poems I-II e  English Poems III (em inglês também), 1922, e o livro Mensagem, 1934, premiado pelo Secretariado da Propaganda Nacional, na categoria «Poemas».

Educação - Em virtude de, falecido seu pai em 1893, sua mãe ter casado, em 1895, em segundas núpcias, com o comandante João Miguel Rosa, cônsul de Portugal em Durban, Natal, foi ali educado. Ganhou o prémio Rainha Vitória de estilo inglês, na Universidade do Cabo da Boa Esperança em 1903, no exame de admissão, aos 15 anos.

Ideologia política - Considero que o sistema monárquico seria o mais próprio para uma nação organicamente imperial como é Portugal. Considera, ao mesmo tempo, a monarquia completamente inviável em Portugal. Por isso, a haver um plebiscito entre regimes, votaria, embora com pena, pela República. Conservador de estilo inglês, isto é, liberal dentro do conservantismo e absolutamente anti-reaccionário.

Posição religiosa - Cristão gnóstico, e portanto inteiramente oposto a todas as Igrejas organizadas, e sobretudo à Igreja de Roma. Fiel, por motivos que mais adiante estão implícitos à Tradição secreta do Cristianismo, que tem íntimas relações com a Tradição secreta em Israel (a Santa Kabbalah) e com a essência oculta da maçonaria.

Posição iniciática - .................................................................................................
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Posição patriótica - Partidário de um nacionalismo místico, de onde seja abolida toda a infiltração católica-romana, criando-se, se possível for, um sebastianismo novo, que a substitua espiritualmente, se é que no catolicismo português houve alguma vez espiritualidade. Nacionalista que se guia por este lema: 'Tudo pela Humanidade, nada contra a Nação'.

Posição social - Anticomunista e anti-socialista. O mais deduz-se do que vai dito acima.

Resumo destas últimas considerações - Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, grão-mestre dos Templários, e combater, sempre, e em toda a parte, os seus três assassinos - a Ignorância, o Fanatismo e a Tirania.

Lisboa, 30 de Março de 1935"

Circunstâncias de vida

          Pela cronologia apresentada, facilmente se constata que a vida de Fernando Pessoa ficou marcada por diversos acontecimentos e circunstâncias:
  • a morte do pai, a 13 de Julho de 1893;
  • o segundo casamento da mãe com João Miguel Rosa, que obrigou à mudança da família para a África do Sul;
  • o percurso universitário falhado (Letras e Filosofia, opções académicas abandonadas cedo);
  • as sucessivas crises depressivas;
  • os sucessivos fracassos empresariais;
  • as frustrações amorosas, de que é exemplo o romance epistolar pueril e platónico com Ofélia Queiroz);
  • os projectos não concretizados: o plano para uma reforma ortográfica, o desejo de abrir um consultório de astrologia e grafologia;
  • a inconstância profissional (Pessoa teve mais de vinte empregos, recusando sempre um lugar fixo);
  • as experiências esotéricas, nomeadamente a proximidade com as ciências ocultas, que lhe acarretaram alguns problemas com as entidades policiais,  aquando da visita de Alister Crowlley;
  • a frequência de diversos cafés, espaços predilectos, nos quais Pessoa encontra os amigos e consome álcool;
  • a errância por diversas habitações, nomeadamente por quartos alugados na baixa lisboeta (os últimos quinze anos da vida foram passados num quarto na Rua Coelho da Rocha, edifício onde funciona actualmente a Casa Fernando Pessoa);
  • a existência desregrada, marcada pelo insucesso académico, profissional e empresarial, pelos amores frustrados (existência «entre a irrealidade da vida quotidiana e a realidade das suas ficções»);
  • a permanência da língua inglesa no seu universo: as suas últimas palavras terão sido escritas no leito de morte, num pedaço de papel e em inglês - «I know not what tomorrow will bring», isto é, «Não sei o que [o] amanhã trará.»;
  • a morte de crise hepática, a 30 de Novembro de 1935, com 47 anos;
  • o enterro no cemitério dos Prazeres, no jazigo da sua avó louca, Dionísia, numa cerimónia discreta, à qual compareceram poucos parentes e alguns amigos próximos.
Fontes:

          » Poemas de Fernando Pessoa - Colecção RESUMOS, Porto Editora;
          » Dicionário de Fernando Pessoa.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Cronologia de Fernando Pessoa

  • 1888 - Fernando António Nogueira Pessoa nasce em Lisboa, no número 4, 4.º esquerdo, do Largo de S. Carlos (entre o teatro do mesmo nome e a Igreja dos Mártires), a 13 de Junho.
  •  1893 - Nasce Jorge, seu irmão, em Janeiro. O pai de Fernando Pessoa, Joaquim Seabra Pessoa,  falece em Julho e a família (mãe, filhos, avó Dionísia e duas criadas) muda-se, em Novembro, para uma habitação mais modesta, na Rua de S. Marçal.
  • 1894 - Jorge, o irmão mais novo do poeta, morre.
  • 1895 - João Miguel Rosa, oficial da Marinha de Guerra, futuro padrasto de Pessoa, embarca para a colónia do Natal em virtude de ter sido nomeado cônsul interino em Durban. Em Dezembro desse ano, casa por procuração com Maria Madalena, mãe do poeta. Fernando Pessoa parte com a mãe para a África do Sul, onde viverá nos dez anos seguintes, num bungalow, em Ridge Road, Durban. Estuda no Convento de West Street.
  • 1896 - Nasce Henriqueta Madalena, a primeira filha de sua mãe e do padrasto.
  • 1898 - Nasce Madalena Henriqueta, a segunda filha do casal.
  • 1899 - Fernando Pessoa começa a frequentar a Durban High School. Recebe o Forum Prize. Nasce Luís Miguel, o terceiro filho do casal.
  • 1901 - Morre Henriqueta Madalena. Em Agosto, Pessoa, sua mãe, o padrasto, Henriqueta, Luís Miguel e Madalena (morta) embarcam para Lisboa. À chegada, instalam-se em casa das tias-avós maternas de Pessoa, D. Rita Xavier Pinheiro e D. Maria Xavier Pinheiro da Cunha, em Pedrouços.
  • 1902 - A família regressa a Durban, após passagem pelos Açores. Fernando Pessoa matricula-se na Commercial School, em Durban.
  • 1904 - Pessoa é galardoado com o Queen Victoria Memorial Prize por ter escrito o melhor ensaio em língua inglesa, no exame de admissão à Universidade. Frequenta a High School como aluno universitário, no curso de Letras. Nasce João, o quarto filho do casal Madalena Pessoa - João Miguel.
  • 1905 - Fernando Pessoa regressa, sozinho, a Portugal em Agosto, após um ano a frequentar a Universidade do Cabo da Boa Esperança (de que a High School é uma secção).
  • 1906 - Em Lisboa, matricula-se no Curso Superior de Letras. Vive em casa das tias, na Rua da Bela Vista, à Lapa, n.º 17 - 1.º. Mais tarde muda-se para a Calçada da Estrela, n.º 100 - 1.º, onde vive com a família e o padrasto, que viera de férias.
  • 1907 - Volta a morar na Rua da Bela Vista com as tias. Escreve um diário íntimo, em inglês. Convive com jovens intelectuais n' A Brasileira do Chiado. Morre a avó Dionísia e deixa-lhe uma pequena herança. Aluga um quarto na Rua da Glória, n.º 4 - r/c. Monta uma tipografia - a Íbis -, em Portalegre, na Rua da Conceição da Glória, números 38-40, que funciona, porém, durante um breve período de tempo. Aluga outro quarto, no Largo do Carmo, n.º 18 - 1.º e emprega-se como correspondente estrangeiro em casas comerciais.
  • 1908 - Escreve poemas em inglês.
  • 1909 - Contacta com o Simbolismo enquanto escola (conhecia já Shakespeare, Shelley, Keats, Tennyson, Allan Pöe, Milton, Byron, Pope, Wordsworth, Baudelaire e Cesário Verde). O seu livro preferido, após a infância, foi Pickwick Papers.
  • 1910 - Trabalha na firma Lavado, Pinto & C.ª, no Campo das Cebolas. O poeta Henrique Rosa, irmão do seu padrasto, impressiona-o positivamente enquanto ser solitário e associal. Rejeita a oportunidade de ir para Inglaterra como súbdito britânico. Por volta de 1912, lê La Dégénérescense, obra escrita por Max Nordau, que o vai influenciar fortemente a nível pessoal e da sua maturação literária. Escreve dois artigos sobre a «Nova Poesia Portuguesa», publicados na revista A Águia.
  • 1914 - A 8 de Março, nasce Alberto Caeiro, o primeiro heterónimo, uma criação que, segundo Pessoa, faria parte de uma partida que desejava fazer ao amigo Mário de Sá-Carneiro. É publicada, pela primeira vez, uma composição poética do ortónimo, na revista Renascença, intitulada «Impressões do Crepúsculo», que deu origem a um dos «-ismos» do Modernismo.
  • 1915 - São publicados dois números da revista Orpheu, nos quais Fernando Pessoa participa com alguns poemas. Esta publicação, cumprindo em parte os ideais do grupo, causou grande escândalo. A nível pessoal, por influência da tia Anica, conhece fenómenos de mediunidade. Lê e traduz livros de teosofia. Por esta altura, a tia Ana Luísa de Freitas, com quem morava havia algum tempo, desloca-se para a Suíça, o que força Pessoa a ir morar para o sótão de uma leitaria, na Rua Almirante Barroso, n.º 12. Mais tarde, a sua mãe sobre um AVC que a deixará enferma até ao fim da sua vida. O poeta faz os seus primeiros horóscopos.
  • 1916 - Mário de Sá-Carneiro, o melhor amigo de Pessoa, suicida-se em Paris, no hotel Nice. Frequenta regularmente os cafés Martinho da Arcada e A Brasileira.
  • 1917 - Vive em casa própria, no n.º 11 da Rua Bernardim Ribeiro.
  • 1918 - Trabalha como correspondente em línguas estrangeiras em vários escritórios de Lisboa.
    • 1919 - Conhece Ofélia Queiroz no escritório do Largo do Corpo Santo, com quem inicia um romance e que constituiu a única mulher na sua vida em termos amorosos.
  • 1920 - Vai morar para a Rua Coelho da Rocha, n.º 16 - 1.º dto., a pedido da sua mãe. A família viria a instalar-se aí posteriormente. Abre um escritório na Rua da Assunção, n.º 58 - 2.º, designado Olissipo, Lda., uma editora que é um projecto comum com alguns amigos.
  • 1925 - Morre a mãe de Fernando Pessoa.
  • 1929 - O poeta propõe-se ordenar os seus papéis. Bebe bastante, ainda que não seja visto embriagado.
  • 1930 - Alister Crowlley, astrólogo e mago inglês auto-intitulado a «Besta 666», com quem Pessoa mantinha correspondência, desloca-se a Portugal para o conhecer pessoalmente. A sua estadia em Portugal é exuberante, pelas circunstâncias extravagantes que se lhe associam, havendo referências nos jornais da época a um seu alegado desaparecimento na Boca do Inferno, em Cascais. Fernando Pessoa chega a ser entrevistado e parece ter-se divertido bastante com o episódio.
  • 1932 - Publica a obra Mensagem, premiada com o segundo prémio num concurso literário. Concorre ao lugar de conservador do Museu da Biblioteca Conde de Castro de Guimarães, em Cascais, que lhe é recusado. Continua a manifestar grande interesse pelas ciências ocultas.
  • 1935 - Morre a 30 de Novembro, na sequência de uma cólica hepática, no Hospital de S. Luís dos Franceses. As suas últimas palavras terão sido as seguintes: «Dá-me os óculos.» e «Maman, je suis encore ton petit enfant».

sábado, 18 de dezembro de 2010

Prioridades

          Um professor, diante da sua turma de Filosofia, sem dizer uma palavra, pegou num frasco grande e vazio e começou a enchê-lo com bolas de golfe. A seguir perguntou aos estudantes se o frasco estava cheio. Todos concordaram em dizer que 'sim'.
          O professor pegou então numa caixa de fósforos e vazou-a dentro do frasco. Os fósforos preencheram os espaços vazios entre as bolas de golfe. O docente voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio e eles voltaram a responder afirmativamente.
          De seguida, pegou numa caixa de areia e despejou-a no frasco. Obviamente, a areia encheu todos os espaços vazios e questionou novamente se o frasco estava cheio, Os alunos retorquiram com um 'sim' retumbante.

          Posteriormente, o professor adicionou duas chávenas de café ao conteúdo do frasco que preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Nesta altura, os estudantes riram-se e, quando os risos terminaram, o professor comentou: «Quero que percebam que este frasco é a vida. As bolas de golfe são as coisas importantes: a família, os filhos, a saúde, a alegria, os amigos, as coisas que vos apaixonam. São coisas que, mesmo que perdêssemos tudo o resto, continuariam a manter a nossa vida cheia. Os fósforos são outras coisas importantes, como o trabalho, a casa, o carro, etc. Já a areia é tudo o resto, as pequenas coisas. Se colocarmos primeiro a areia no frasco, não haverá espaço para os fósforos, nem para as bolas de golfe. O mesmo ocorre com a vida. Se gastarmos todo o nosso tempo e energias com as pequenas coisas, nunca teremos lugar para o que é realmente importante. Por isso, prestem atenção às coisas que realmente importam. Estabeleçam as vossas prioridades; o resto é só areia.»

          Um dos estudantes levantou então a mão e perguntou: «Então e o que representa o café?»

          O professor sorriu e respondeu: «Ainda bem que perguntas! Isso é só para vos mostrar que, por mais ocupada que a vida possa parecer, há sempre lugar para tomar um café com um amigo.»

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Correcção do teste (2.º)

Grupo I

Texto A

1. O sujeito poético mostra-se convicto de que existem forças ocultas (“Anjos ou deuses”) que agem sobre os homens, compelindo-os, retirando-lhes a liberdade, daí que se sintam perturbados e contrariados.

2. Ricardo Reis socorre-se de uma comparação entre os homens e os animais. Assim, ele defende que, tal como sucede com os animais, que são guiados pelo homem, os seres humanos são guiados pelos deuses.

3. O ser humano, de certa forma, é “superior” aos animais, visto que, enquanto estes são coagidos pelo esforço humano, que eles não compreendem e por isso resignam-se, aquele é também coagido por um ser superior que não compreende, mas que conhece e ao qual se submete, contrariado (“Para onde eles querem/E nós não desejamos” – vv. 11-12).

4. As entidades superiores agem sobre os seres humanos, manobrando o seu querer e anulando a sua liberdade. Operam, assim, no interior dos seres humanos, servindo-se da sua vontade e pensamento, que, embora contrariados, se submetem.


Texto B

1. c)

2. d)

3. a)

4. a)

5.
     1 - F
     2 - V
     3. - F
     4. - F
     5. - F
     6. - V


Grupo II

1.
a.
     «O poeta»: sujeito
     «é um fingidor»: predicado
     «um fingidor»: predicativo do sujeito

b.
     «A turma»: sujeito
     «considerou os professores criminosos»: predicado
     «os professores criminosos»: complemento directo
     «criminosos»: predicativo do complemento directo

c.
     «A Rita»: sujeito
     «chegou a casa»: predicado
     «a casa»: complemento oblíquo

2.
     a) Acto ilocutório directivo
     b) Acto ilocutório directivo
     c) Acto ilocutório compromissivo
     d) Acto ilocutório directivo
     e) Acto ilocutório expressivo

3. «Talvez  o surto da nossa Vanguarda literária esteja relacionado com o aparecimento do movimento modernista, sobretudo a partir da publicação em 1915 da revista Orpheu

domingo, 12 de dezembro de 2010

Funções sintáticas: COMPLEMENTO do ADJETIVO

          O complemento do adjetivo é seleccionado por um adjetivo.

          Pode ser constituído por:

               » um grupo preposicional oracional:
                    . A Joana está contente por ter convidado o Pedro para o seu aniversário.
                    . Em pânico, as pessoas ficam incapazes de pensar.

               » um grupo preposicional não oracional:
                    . A Carolina está descontente com a Luísa.
                    . Eu estou orgulhoso do meu filho.
                    . Estou certo da nossa vitória.
                    . Estou contentíssimo com o triunfo do Benfica.

          Outros exemplos:
                    . Os alunos estão interessados no projeto.
                    . Eu estou certo da vitória.
                    . Os alunos estão ansiosos por férias.
                    . É bom vivermos cercados de amigos.
                    . É bom vivermos cercados por amigos.
                    . Ficámos desiludidos ao saber as notas dos testes.
                

Funções sintácticas: MODIFICADOR APOSITIVO do NOME

. Não limita / restringe a realidade referida pelo nome que modifica.

. É obrigatoriamente separado por vírgulas do nome a que se refere.

. Ocorre, normalmente, à direita do nome que modifica.

. Pode ser realizado por:

» um grupo nominal:
. Os escuteiros, que são simpáticos, brincaram com as crianças.
. D. Afonso III, o bolonhês, depôs o seu irmão.
. Messi, o imperador de Barcelona, é um regalo a jogar futebol.
. Eusébio, uma lenda do Benfica, faleceu.
. A Vera, toda contente, faltou à aula.

» um grupo adjetival:
. Os futebolistas, ricos e mimados, não se aplicaram no treino.

» um grupo preposicional:
. O primeiro golo, de importância indiscutível, abriu o caminho à vitória.

» uma oração subordinada adjetiva relativa explicativa:
. Os coelhos, que são mamíferos, reproduzem-se rapidamente.
. A Sara, que faz anos na próxima semana, está ansiosa pelo aniversário.
. Viseu, que é a capital da Beira Alta, tem vindo a crescer sustentadamente.
. A minha prima, que emigrou para Inglaterra, esteve cá neste Natal.
. A Irene, que estuda imenso, teve boa nota a Português.


MODIFICADOR RESTRITIVO do NOME

                O modificador restritivo do nome limita, restringe a realidade referida pelo nome que modifica.
. Gosto de livros pequenos. (o adjetivo «pequenos» é um modificador restritivo porque limita o significado do nome a que se associa. A preferência não é por um livro qualquer, mas especificamente por aquele tipo, o do livro pequeno.)
                Por outro lado, este modificador surge à direita do nome a que se refere.

                O modificador restritivo pode ser realizado por:

» um grupo adjetival:
. Adoro flores frescas e bonitas. (Não adoro um qualquer tipo de flores, apenas as «frescas e bonitas»).
. A Rute conta histórias fantásticas.
. Um artista plástico não é obrigatoriamente um génio.

» um grupo preposicional:
. Galinha de aldeia não quer capoeira.
. O rapaz de cabelos revoltos é meu aluno.
. O porteiro da escola chama-se Henrique.
. Aquele artista da bola chama-se Messi.

» uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva:
. Os escuteiros que são simpáticos brincaram com as crianças. (Nesta frase, há um conjunto de escuteiros, sendo que apenas os «simpáticos» «brincaram com as crianças», restringindo-se assim a referência do nome «escuteiros»).
. Os rapazes que nascem em Lisboa são betinhos.
. O telemóvel que estava na mala da Irene desapareceu.
. A atriz de que tu me falaste faleceu.
. Compraram uma toalha com que cobriram a mesa.

» uma oração subordinada adverbial final:
. Os aparelhos para medir a tensão são muito baratos.

                O modificador realizado por grupos preposicionais ou orações ocorre à direita do nome que modifica, enquanto o realizado por grupos adjetivais pode ocorrer tanto à esquerda como à direita.

                Na escrita, não pode ser separado por vírgula do nome que modifica.


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