quarta-feira, 13 de março de 2024
Códigos tributários
terça-feira, 12 de março de 2024
Resumo da 14.ª parte - 2.ª crónica: Palavras moribundas
Em setembro de 1925, White centrou a sua ação na tentativa de determinar aquilo que era do conhecimento de William Smith e que pudesse ter espoletado a sua morte. Deste modo, os agentes interrogam a enfermeira que estava de plantão no hospital no dia em que Smith foi internado e ficaram a saber que a vítima tinha murmurado nomes enquanto dormia, porém ela não teria percebido nenhum. Antes da sua morte, recorda, o homem ter-se-ia encontrado com os irmãos Shoun, dois médios, e com o seu advogado. Estas informações revelam-se muito interessantes, visto que a bala referente ao caso de Anna já havia suscitado suspeitas do agente White sobre os irmãos Shoun, por isso decide questioná-los de novo. Durante esse interrogatório, os dois indivíduos juram que Bill nunca identificou o seu assassino. O advogado de Smith concorda, mas acrescenta que este tinha somente dois inimigos: Ernest, seu irmão, e Hale, o seu tio, informações corroboradas pelos Shoun. Pouco tempo depois, a enfermeira foi convocada à casa de Byran, onde Hale lhe perguntou se Bill Smith já nomeara o seu assassino.
White descobre, entretanto, que, durante a reunião que manteve no hospital com Bill, James Shoun foi nomeado executor do rico património de Rita. Os Shouns são interrogados pelos promotores sobre a lucidez de Bill no momento em que assinou essa documentação, visto que o agente líder da investigação se apercebe de que a corrupção é um traço característico destes casos. A tutela, apelidada por vezes de «negócio indiano», proporcionou diversas oportunidades para a existência de roubos e apropriações indébitas, esquemas tão ruinosos quanto descarados. Neste contexto, a tribo osage estava plenamente consciente da sua existência, mas pouco podia fazer para os impedir. Mais do que isso, ela estava plenamente consciente de que a riqueza proporcionada pelo território onde habitavam atraía muita gente caucasiana sem escrúpulos, mas com acesso facilitado à burocracia e ao poder.
domingo, 10 de março de 2024
Resultados em direto das eleições legislativas
Os resultados podem ser acompanhados aqui: legislativas-2024.
quinta-feira, 7 de março de 2024
Resumo da 13.ª parte - 2.ª crónica: O filho do carrasco
Esta parte da obra recorre à analepse para dar conta ao leitor da vida de Tom White. O autor recua até ao momento em que o seu pai, Robert White, se mudou do Tennessee para o Texas no ano de 1870. Posteriormente, quatro anos depois, desposou Maggie, com quem teve cinco filhos e que morreu durante o parto do último, quando Tom, o terceiro da série, contava apenas seis anos.
Robert, tido por todos como um homem íntegro, foi eleito xerife do condado de Travis, facto que teve várias consequências, desde logo a necessidade de a família passar a viver no interior da prisão do condado, que era um espaço semelhante a uma fortaleza. Outro facto resultante das novas responsabilidades de Robert prendia-se com a exposição à lei a que as crianças eram sujeitas desde tenra idade. Tom recorda que o seu pai tratava de forma semelhante todas as pessoas, independentemente da sua condição social, credo ou etnia. Além disso, lembra-se de episódios que o marcaram para sempre, como a oposição feroz do pai ao linchamento de pessoas, algo que não era estranho à cultura norte-americana do final do século XIX, ou o momento em que aplicou a pena de morte a um indivíduo condenado por estupro, tinha ele doze anos. Estas experiências fizeram com que Tom se opusesse ao que o livro chama “homicídio judicial” e a dilemas morais de vária espécie.
Quando atingiu a juventude, Tom decidiu juntar-se aos Texas Rangers, juntamente com dois irmãos: Dudley e Doc, enquanto o quarto irmão, Coley, se tornou xerife do condado de Travis, numa espécie de sucessão do pai. Na qualidade de Ranger, Tom conheceu a sua futura esposa, Bessie Patterson. Sucede, porém, que a profissão de xerife não se coadunava com o casamento, pelo que, após a morte de um amigo no exercício da profissão, Tom pediu demissão para se casar com a jovem. Posteriormente, o casal estabeleceu-se em San António e Tom tornou-se detetive ferroviário. Do matrimónio resultaram dois filhos. Em 1917, Tom ingressou no Bureau of Investigation, atraído por uma vida mais ativa e excitante, todavia a morte do seu irmão Dudley em 1918 abalou-o profundamente.
terça-feira, 5 de março de 2024
Análise do episódio das Despedidas em Belém
O tema deste episódio é, portanto, a partida dos
marinheiros da praia do Restelo e a despedida dos seus familiares e amigos.
domingo, 25 de fevereiro de 2024
Análise das 10.ª, 11.ª e 12.ª partes da crónica 2 de Assassinos da Lua das Flores
A investigação de White opera-se a dois níveis: o da simplificação e o da eliminação. As múltiplas teorias que circulam sobre quem teria cometido os crimes – pessoas de fora ou da região, familiares ou estranhos – criam um caos que dificulta todo o processo. Deste modo, White procura destrinçar o que é importante do que é falso ou irrelevante, concentrando-se nas evidências que existem e procurando outras que possam existir, de modo a, por exemplo, eliminar suspeitos. Neste contexto, a metodologia seguida passa por verificar os alibis apresentados por vários desses suspeitos e por verificar os depoimentos das testemunhas. Nem todo o trabalho de investigação se reveste de glamour.
Curiosamente ou não, a investigação parece encaminhar-se no sentido de encontrar a explicação para o assassinato de Anna Brown, apontando para o envolvimento de Burkhart. Neste contexto, surge um problema adicional e não fácil de superar: o envolvimento de J. Edgar Hoover, cuja impaciência e pressa de obter resultados interfere e complica a investigação, ao introduzir prioridades conflituantes e exponenciando o caos já existente, porém o caminho delineado por White lentamente produz resultados. Ironicamente, porém, tal só é possível através do contacto expansivo e aparentemente desfocado com potenciais testemunhas, um traça característico de muitos romances policiais, que oscilam entre a luz e as sombras quando procuram recriar a sensação de tempo que a violência estilhaça. Na realidade, uma característica comum a quase todas as histórias policiais é que elas começam após o final da ação, pelo que a função de quem investiga se centra na narração dessa ação já concluída. Deste modo, David Graan socorre-se das convenções deste género literário para tornar os eventos narrados mais vivos para o leitor.
Por outro lado, as sensações de perigo e incerteza sobre diversas questões surge reforçada nestas seções da obra através da relevação de que White está convencido de que alguém está a passar informações de dentro da investigação para o exterior, nomeadamente para quem está envolvido nos crimes. Assim sendo, o autor aproxima o processo da investigação de White do âmbito da espionagem, mais do que de uma investigação criminal pura e dura, pois ele sente-se comos e estivesse a navegar através de um deserto. A referência a esta natureza desértica e selvagem prende-se, por um lado, com o facto de o condado de Osage ser, frequentemente, associado à noção da fronteira, porém, por outro, afasta-se na ideia de que se trata de uma referência ao ambiente natural daquela área dos EUA, pois constitui uma espécie de metáfora do terreno incerto e perigoso criado pelos criminosos, ansiosos por atrapalhar as investigações e evitar, assim, a descoberta da verdade. Neste passo, Graan coloca o leitor perante a perversão da função de um detetive, concretamente quando lhe dá conta que Pike é um detetive privado contratado por William Hale para investigar a morte de Anna que, afinal, tinha como incumbência forjar provas falsas e proteger Bryan Burkhart. Além disso, expõe a White o seu principal antagonista: William Hale.
Resumo da 12.ª parte - 2.ª crónica: Um deserto de espelhos
O agente White começa a suspeitar que há um infiltrado dentro da investigação e as suspeitas recaem sobre Kelsie Morrison. Um intermediário de Pike, outro detetive particular, aborda a equipa de White e anuncia que aquele conhece a identidade do terceiro homem que acompanharia Anna e Bryan no veículo onde viajavam em Ralston. Pike é convocado e informa que esse terceiro homem era um jogador local, mas a informação revela-se falsa. Depois desta coberta, os agentes pressionam-no até ele admitir que foi contratado para esconder as ações de Bryan na noite do assassinato de Anna e não para investigar e resolver o caso. Além disso, declara que Ernest esteve presente nas reuniões que manteve com Hale e Bryan e que aquele escondeu todas estas informações de Mollie.
Resumo da 11.ª parte - 2.ª crónica: O terceiro homem
J. Edgar Hoover mostra-se crescentemente ansioso e impaciente pela resolução do caso e convence-se de que Necia Kenny é uma peça-chave da investigação, o que o leva a interrogá-la duas vezes em Washington, DC, apesar de ela ser mentalmente instável. Durante essas entrevistas, ela afirma que Comstock está envolvido nos crimes, algo que o agente White se mostra incapaz de comprovar.
No final de julho de 1925, o líder da investigação concentra a sua investigação na figura de Bryan Burkhart e envia alguns agentes ao Texas no sentido de aquilatarem da veracidade da história em torno do seu paradeiro depois de ter levado Anna a casa. Além disso, White investiga um relato segundo o qual Anna foi vista na cidade de Ralston na noite em que desapareceu, por isso envia também agentes para o local. Lá, encontram um casal de idade que afirma ter visto Anna e Bryan a viajarem, juntos, num veículo automóvel. Os esforços dos agentes, após esta preciosa informação, concentram-se na descoberta do trajeto que o casal seguiu depois de passar por Ralston, mas a tarefa revela-se de extrema dificuldade. Para apimentar a situação, várias testemunhas afirmam que, com eles, viajava um segundo homem. Mais tarde, os agentes descobrem que Bryan subornou um vizinho, para que este mantivesse silêncio sobre o facto de ele ter regressado a casa ao amanhecer.