sexta-feira, 20 de outubro de 2017
Greve Nacional a 27 de outubro
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Constituintes morfológicos de formas verbais I (G 47)
Exercícios retirados de:
. Gramática passo a passo (pp. 26 a 29).
. Autoria:
- Ana Sofia Lemos;
- Susete Albino.
. Porto Editora.
. Correção
terça-feira, 17 de outubro de 2017
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
sábado, 14 de outubro de 2017
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
Palavras divergentes e convergentes I (G 46)
Assinale
as alíneas corretas, de modo a identificar pares de palavras divergentes.
1. A partir do étimo frigidu, formaram-se as palavras frígido e
a)
frígico.
b)
frio.
c)
friacho.
d)
frieira.
2.
A partir do étimo alienare,
formaram-se as palavras alienar e
a)
aliar.
b)
alhear.
c)
alhanar.
d)
alentar.
3.
A partir do étimo área, formaram-se
as palavras aérea e
a)
areia.
b)
areal.
c)
eira.
d)
arena.
4.
A partir do étimo plenu, formaram-se
as palavras pleno e
a)
cheio.
b)
plano.
c)
chego.
d)
plengo.
5.
A partir do étimo lucru, formaram-se
as palavras lucro e
a)
luxo.
b)
logro.
c)
lodo.
d)
lugre.
6.
A partir do étimo palatiu,
formaram-se as palavras palácio e
a)
pala.
b)
palavra.
c)
paço.
d)
palado.
7.
A partir do étimo parábola,
formaram-se as palavras parábola e
a)
parvo.
b)
palavra.
c)
parabéns.
d)
parável.
8.
A partir do étimo atriu, formaram-se
as palavras átrio e
a)
atroz.
b)
adro.
c)
aido.
d)
ator.
Atente nos étimos apresentados e indique as palavras divergentes que
cada um deles originou, a partir das definições apresentadas.
9.
matre
a)
………………………… = freira superiora de um convento
b)
………………………… = mulher que deu à luz um ou mais filhos
10. seniore
a)
………………………… = alguém que é mais velho
b)
………………………… = tratamento de cerimónia dado ao homem
11.
cogitare
a)
………………………… = refletir; meditar
b)
………………………… = supor; imaginar; julgar
12.
oculu
a) ………………………… = instrumento equipado com
lente que auxilia a vista
b) ……………………….. = órgão da visão constituído
pelo globo ocular, situado na órbita e ligado ao cérebro pelo nervo ótico
13.
persicu
a)
………………………… = relativo à Pérsia
b)
………………………… = fruto comestível, sumarento e de pele aveludada
14. fabulare
a)
………………………… = ação de inventar ou criar estórias e factos
b)
………………………… = ter o dom da palavra; exprimir-se
15.
flamma
a)
………………………… = ardor; entusiasmo
b)
………………………… = labareda; luz
16.
teneru
a) ………………………… = que se pode cortar; partir
ou mastigar facilmente; mole
b) ………………………… = meio; afetuoso
17.
calidu
a)
………………………… = em que há calor; quente; entusiasmo; entusiasmado
b) ………………………… = alimento líquido que
resulta da cozedura de certos alimentos em água
18.
insula
a)
………………………… = porção de terra emersa rodeada de água
b)
………………………… = ilha
Identifique os étimos das palavras convergentes sublinhadas. Em caso de
necessidade, consulte um dicionário.
19. a) canto: ………………………… – O canto da sala está sujo.
b)
canto: ……………………….. – Eu canto como
um rouxinol.
20. a) rio: …………………………….. – Quando vejo a série “Seinfeld”, rio
como um perdido.
b)
rio: …………………………….. – O rio Águeda
desagua no Douro.
21. a) roda: ………………………….. – A roda do triciclo partiu-se.
b)
roda: ………………………….. – Roda o painel
para ficar direito.
22. a) ama: ……..……………………. – A ama do príncipe sacrificou o seu
próprio filho.
b)
ama: …………………………… – A Joaquina ama
o Álvaro.
23. a) sela: ……………………………. – A sela do cavalo desatou-se.
b)
sela: ……………………………. – Sela a carta,
por favor!
24. a) verso: …….……………………. – Não verso sobre assuntos que
desconheço.
b)
verso: …………………………. – As instruções estão
no verso da embalagem.
25. a) cunhada: ………………………… – A cunhada do meu irmão é uma
excelente pessoa.
b)
cunhada: ……………………….. – A cunhada
que atingiu o Péricles na cabeça matou-o.
26. a) caso: ………………………… – Não, não caso contigo. És odiosa!
b)
caso: ……………………….. – O caso da
corrupção política vai ficar em águas de bacalhau.
Análise da cantiga "Digades, filha, mha filha velida"
· Assunto: diálogo entre mãe e
filha, em que esta se desculpa da demora na fonte culpando os veados, mas a mãe
descobre a mentira, pois os veados não vêm às fontes da aldeia.
De facto, estamos na presença de uma
situação em que a mãe pretende saber a razão por que a filha se demorou na
fonte quando aí foi buscar água. Questionada, a donzela responde que a sua
demora se ficou a dever ao facto de ter encontrado veados que turvaram a água,
por isso teve de esperar. No entanto, a mãe, sábia e experiente, conclui que a
sua filha mente, pois os veados não revolvem a água das fontes / do rio, e
acusa-se de se ter demorado porque esteve com o namorado.
· Tema: a
mentira amorosa.
·
Estrutura interna
s 1.ª parte (estr. 1-2) - Interpelação da donzela pela mãe:
. razão da
demora da donzela.
s 2.ª parte (estr. 3-4) - Resposta simbólica da donzela, para iludir a pergunta:
. os
veados revolveram e turvaram a água;
. a
donzela teve de esperar que a água ficasse clara.
s 3.ª parte (estr. 5-6) - Desconfiança e acusação de mentira:
. a
mentira é detectada por dois motivos:
- o veado, como animal selvagem, não vem às fontes
da aldeia;
- como animal ágil, o veado não turva a água.
·
Caracterização da donzela
Esta cantiga retrata uma donzela calculista e manhosa, que se desculpa pela demora na fonte, mentindo.
a) Ingénua:
muitas cantigas mostram o contraste entre donzelas ingénuas que vivem
convencidas de que o amigo morre de amores por elas, e a experiência da mãe,
que lhe atribui sempre segundas intenções.
b) Martirizada.
c) Indiferente.
d) Vingativa.
e) Narcisista.
f) Jovem.
g) Bela.
h) Apaixonada.
i) Pronta a mentir pelo amigo.
·
Caracterização da mãe:
-
severa;
-
experiente;
-
esperta / sábia;
-
vigilante e atenta;
-
protetora;
-
controla a vida amorosa da filha;
-
funciona como opositora ao romance da filha.
· Função / papel da mãe: ela
encarna a figura da mãe protetora que vigia
a filha, para a proteger, e dela desconfia,
procurando, assim, evitar que tome opções erradas na vida.
· Natureza
A natureza é um potencial de recantos
convidativos ao encontro amoroso. Nas fontes, por exemplo, os namorados
refrescavam o seu amor, ouvindo o suave murmúrio das águas que lhes despertavam
o sonho de um futuro tranquilo.
Nesta cantiga, a Natureza é o lugar
onde os apaixonados se encontram (local de encontro amoroso). De facto, o
cenário campestre, constituído por uma fonte e vegetação (de onde surgiu o
cervo), é o local propício ao amor.
·
Personagens
.
Donzela, que tardou na fonte.
.
Mãe, que a interroga sobre essa demora.
. A
ausência do pai, que se encontra normalmente no fossado com o rei. A mãe é,
assim, o único juiz das acções da filha enamorada.
· Recursos
estilístico-poéticos
1. Nível
fónico
.
Estrofes: cantiga constituída por 6 estrofes heterométricas (um
dístico e um refrão monórrimo).
. Rima: - AAR / BBR;
-
emparelhada;
-
toante ("velida" / "fria") e consoante ("louçana"
/ "fontana");
pobre
("velida" / "fria") e rica ("fria" /
"volviam");
grave
ou feminina.
. Métrica: versos decassílabos +
refrão pentassílabo.
. Ritmo binário.
. Refrão: era uma
espécie de coro que se cantava no fim de cada estrofe. Por vezes, eram mulheres
que acompanhavam o jogral cantando e dançando. O facto de estar entre
parêntesis pode interpretar-se como aparte dito pela donzela, que se recusa a
dizer a verdade à mãe. Enquanto aparte, não é pronunciado em voz alta, antes
representa o pensamento da donzela e traduz a verdadeira razão do seu atraso:
está apaixonada e esteve com o amigo. Assim, a ausência do parêntesis na última
estrofe traduz a revelação da verdade, confirma-a, após a mãe ter clarificado
que não se deixou enganar pela mentira da filha. O refrão revela, em suma, o
verdadeiro motivo por que a donzela tardou na fonte: "ei amores" = tenho
amores / amigo.
Por outro lado, combinando o refrão com
outros elementos, chegamos à conclusão que esta cantiga contém elementos dos
três géneros literários:
- género lírico: -
uso do verso;
-
paralelismo;
-
ritmo;
-
predomínio do sentimento;
- género dramático: - refrão (= aparte);
-
carácter dialogado;
-
interrogações;
- género narrativo: - existência de uma ação, vivida por
personagens num tempo e num espaço.
. Aliterações em f, t, m.
. Assonância:
alternância i / a (nas palavras rimantes).
2. Nível
morfossintático
. Paralelismo:
- anafórico
e semântico: os pares de estrofes
apresentam versos com palavras diferentes, mas sentidos semelhantes;
- estrutural:
alternância entre a vogal tónica i no
primeiro dístico do par e a no segundo
dístico.
. Paralelismo imperfeito.
. Sinais de pontuação:
-
ponto de exclamação: revela emoção
(linguagem / função expressiva);
-
no refrão:
. parêntesis: indicação do aparte (espécie
de coro interior, desabafo da alma);
. travessão: característica do discurso
directo;
. ponto final: informação.
. Vocativos.
. Predomínio
do discurso da mãe: a figura da mãe
domina a cantiga, quer como interlocutora da donzela, quer como opositora. De
facto, é este um mundo que desconhece a autoridade paterna. Nem uma só vez a
sombra do pai vem perturbar este universo estritamente feminino, que apenas se
excita com as proibições e concessões da mãe, único juiz das acções da filha
enamorada. Uma das justificações para a ausência do pai é a sua estada no
fossado.
Por
outro lado, a mãe, por vezes propícia aos amores da filha, é-lhes na maioria
dos casos hostil, embora de nada sirva contrariar essas inclinações
sentimentais.
mãe, a
oponente aos amores da filha;
água, a causa
(inventada) da demora da donzela, pois foi revolvida e suja pelos cervos;
simboliza
também a pureza e inocência da jovem.
. Adjectivos velida, louçana: elementos encarecedores
da donzela.
. Verbos no modo imperativo: traduzem a interpelação da
donzela pela mãe, que procura conhecer a razão da sua demora.
. Anáfora.
. Sinonímia: amigo / amado;
rio / alto.
3. Nível
semântico
. Símbolos / metáforas:
Elementos
|
Nível
literal
|
Nível
simbólico
|
Fontana
|
local onde
a donzela lava a roupa e os cabelos
|
. local
de encontros amorosos
.
símbolo da maternidade, da origem da vida, do poder, da felicidade e da própria
vida
|
Cervos
|
veados
|
. amigo, namorado
.
símbolo da potência viril, da fecundidade e renascimento
.
anunciador da luz do dia, símbolo da velocidade, do amor impetuoso
|
Volviam
a água
|
turvavam
a água
|
. a
perturbação da donzela, que encontrou o amigo e se demorou a conversar com
ele
|
Áugua
|
água
|
. a
causa inventada da demora da jovem
. a
pureza e inocência da donzela
|
. Antítese
verdade (procura) / mentira.
. Apóstrofe: "filha, mha filha
velida":
- acentua o caráter dialogado da cantiga e
- a presença de dois interlocutores (a mãe e a
filha).
. Sinédoque: "Nunca vi cervo que
volvess' o alto".
·
Classificação
1.
Cantiga de amigo.
1.1.
Formal: cantiga de refrão;
cantiga
dialogada / tenção;
cantiga
paralelística imperfeita:
- constituída por 3 pares de dísticos, seguidos de
refrão;
- o 2.º dístico repete a ideia do primeiro,
alternando apenas a palavra rimante;
- a rima alterna em “i” (nas estrofes ímpares – “velida”, “fria”, “volviam”, “amigo”, “frio”)
e “a” (nas estrofes pares – “louçana”,
“fontana”, “áugua”, “amado”, “alto”).
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Poesia Trovadoresca
sábado, 7 de outubro de 2017
A Universidade de Verão do PSD
Chega-mos ao twitter? Chega o quê?
Ou será que os jotinhas laranjas de Albufeira chegaram ao twitter? Chegamos?
Se houve um primeiro-ministro e PR que não sabia o número de cantos de Os Lusíadas e o país não soçobrou, por que razão nos haveríamos de preocupar com futuros políticos / governantes que não sabem as mais básicas regras ortográficas?
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
Processos fonológicos II - Correção (G 45)
Exemplos
|
Processos fonológicos
|
|
1.
Pede > pee > pé
2.
Feria > feira
3.
Multu > muito
4.
Locusta > lagosta
5.
Ante > antes
6.
Hodie > hoje
7.
Regnu > reino
8.
Sic > si > sim
9.
Apicula > apicla > abelha
10.
Corona > corõa > coroa
11.
Soles > soes > sóis
12.
Populu > pobo > povo
13.
Apoteca > bodega
14.
Inter > entre
15.
Ego > eu
16.
Amicu > amigo
17.
Eno > no
18.
Consiliu > conselho
19.
Salit > sae > sai
20.
Pensu > peso
21.
Per + lo > pelo > pelo
22.
Clamare > chamar
23.
Fenestra > feestra > fresta
24.
Stare > estar
25.
Dolore > door > dor
|
Síncope do /d/, crase das vogais /e/
Metátese do /i/
Vocalização do /l/; assimilação da nasalidade pelo ditongo
Sonorização do /c/ em /g/; dissimilação do /o/ em /a/
Paragoge do /S/
Palatalização da sequência /di/ em /j/
Vocalização do /g/
Apócope do /c/; nasalização do /i/
Síncope do /u/; sonorização de /p/ para /b/; palatalização da
sequência /cl/ em /lh/
Síncope do /n/ e nasalização do /o/; desnasalização do /o/
Síncope do /l/ e sinérese da sequência /oe/ em /oi/
Síncope do /l/; crase de /oo/; sonorização de /b/ em /v/
Aférese do /a/; sonorização de /p/ em /b/ e de /c/ em /g/
Redução vocálica de /i/ para /e/; metátese de /r/
Síncope do /g/
Sonorização do /c/ em /g/
Aférese do /e/
Palatização da sequência /li/ em /lh/
Síncope do /l/; apócope do /t/; sinérese de /ae/ em /ai/
Desnasalização
Assimilação do /r/ pelo /l/
Apócope do /e/; palatalização do grupo /cl/ em /ch/
Síncope do /n/; crase das vogais: metátese do /r/
Prótese do /e/; apócope do /e/
Síncope do /l/; apócope do /e/; crase das vogais /oo/
|
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