Planificação
Título: “Uma forma de expressão”
Introdução:
A ciência mostra, a arte demonstra;
O estatuto da ciência permite-lhe um conhecimento objectivo, verdadeiro, imparcial e capaz de descrever ou explicar o mundo tal como ele é, ao passo que a arte põe em causa o indivíduo inteiro, com os seus sentimentos e as suas emoções, com as suas ideias e convicções, sendo por isso de natureza subjectiva.
A ciência define por meio de símbolos conceptuais, a arte sugere por meio de símbolos imagéticos.
Desenvolvimento:
Pablo Picasso é um dos mais importantes artistas do séc. XX, retratando nas suas obras as emoções por que passou no decurso da sua vida. No quadro “Mulher chorando” de 1937, Picasso mostra-nos uma mulher a chorar, com um lenço na boca, envolta em dor e sofrimento.
Isaac Newton foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, que criou uma expressão que se denomina Binómio de Newton.
A Vénus de Milo é uma estátua grega, representa a deusa grega Afrodite, deusa do amor e da beleza física, considerada na Grécia Antiga um protótipo da arte clássica.
Álvaro de Campos é um poeta sensacionista, torna a sensação a realidade da vida e a base da arte.
Conclusão:
Hoje em dia, arte e ciência já não são processos distintos. Assim, Álvaro de Campos, ao afirmar que o Binómio de Newton é tão belo com a Vénus de Milo, pretende mostrar-nos que ciência é um tipo de arte que, apesar de diferente apresenta alguns pontos em comum, uma vez que também as teorias científicas podem ser orientadas por critérios estéticos.
Actualmente as obras são cada vez mais relativas, tanto para os criadores, como para os seus críticos.
Ser criador ou espectador exige esforço e aprendizagem, pois é a partir da visão que damos às coisas, que torna-mos objectos arte, uma vez que em milhares de pessoas que presenciam uma obra de arte, não haverá, certamente, duas que a sintam da mesma forma.
Assim, tanto a Vénus de Milo como o quadro de Picasso são obras de arte, e por isso belos, embora o conceito de belo seja subjectivo, temos de estar prontos a admitir e a reconhecer uma verdadeira obra de arte, de forma a distinguir o genuíno do falso em todos os períodos.
S. S.
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