quarta-feira, 26 de outubro de 2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Questionário (Discurso de Obama)
Discurso
do Presidente Obama aos Estudantes,
na
Abertura do Ano Escolar
QUESTIONÁRIO
1.
Atente no primeiro parágrafo.
1.1.
Identifique o auditório do discurso.
2.
No segundo parágrafo, o orador apresenta o seu exemplo pessoal.
2.1.
Clarifique a forma como esse exemplo capta a adesão do auditório.
2.2.
Mencione outra estratégia usada para criar cumplicidade com os ouvintes.
3. Leia
o terceiro parágrafo e identifique o tema do discurso.
4.
Sintetize o conteúdo do parágrafo seguinte.
5.
De seguida, é definida a tese do discurso. Identifique-a.
6. A
partir da linha 31, o orador introduz o primeiro argumento que sustenta a sua
tese.
6.1.
Explicite-o.
6.2. De seguida, é elencado um conjunto de
diversas atividades. Explicite o significado dessa enumeração.
7.
Segue-se o segundo argumento.
7.1.
Clarifique-o.
7.2.
A que corresponde a ausência de esforço, de trabalho e de estudo por parte dos
alunos?
8.
Após a apresentação dos argumentos iniciais, o orador contra-argumenta.
8.1.
Explicite o primeiro contra-argumento.
8.1.1.
Comente o exemplo apresentado para sustentar a contra-argumentação.
8.1.2.
De que modo é refutado?
8.1.2.1. O orador socorre-se de novo exemplo
para ilustrar a refutação do contra-argumento. Clarifique-o.
9.
Posteriormente, é apresentado um outro argumento. Explicite-o.
9.1.
De imediato, contra-argumenta novamente. De que forma?
9.1.1.
De que modo é refutado este contra-argumento?
9.1.1.1. Aponte os exemplos de que Obama se
socorre para fundamentar a refutação.
10.
Prestes a concluir o discurso, o orador dirige uma exortação aos ouvintes.
Especifique-a.
11. A conclusão de um discurso deve
apresentar, por um lado, uma súmula impressiva dos melhores argumentos e, por
outro, apelar à emoção do auditório e deixar neste uma forte impressão, de modo
a persuadi-lo e a conquistá-lo em definitivo.
11.1.
Analise a conclusão do discurso de Obama em função dos objetivos acima
enunciados.
12. Lido o discurso, indique o objetivo que
está na sua base.
13. O discurso é de natureza política.
Enumere quatro aspetos que configuram essa natureza.
14. Delimite uma Introdução, um
Desenvolvimento e uma Conclusão.
Discurso manuscrito do presidente Obama aos estudantes americanos (versão em português)
Discurso
do Presidente Obama aos Estudantes,
na Abertura
do Ano Escolar
Sei que para muitos de vocês hoje é
o primeiro dia de aulas, e para os que entraram para o jardim infantil, para a
escola primária ou secundária, é o primeiro dia numa nova escola, por isso é
compreensível que estejam um pouco nervosos. Também deve haver alguns alunos
mais velhos, contentes por saberem que já só lhes falta um ano. Mas, estejam em
que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de verão terem acabado e
já não poderem ficar até mais tarde na cama.
Também conheço essa sensação. Quando
era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não
tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos
americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extra,
de segunda a sexta-feira, às 4h30m da manhã. A ideia de me levantar àquela hora
não me agradava por aí além. Adormeci muitas vezes sentado à mesa da cozinha.
Mas quando eu me queixava, a minha mãe respondia-me: “Olha que isto para mim
também não é pera doce, meu malandro…”.
Tenho consciência de que alguns de
vocês ainda estão a adaptar-se ao regresso às aulas, mas hoje estou aqui,
porque tenho um assunto importante a discutir convosco. Quero falar convosco da
vossa educação e daquilo que se espera de vocês neste novo ano escolar.
Já fiz muitos discursos sobre
educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos
vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender.
Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se
assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente
da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso
governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os
diretores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os
alunos não têm as oportunidades que merecem.
No entanto, a verdade é que nem os
professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são
capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas
responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses
professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente,
como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.
E hoje é nesse assunto que quero
concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria
educação.
Todos vocês são bons em alguma
coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe
descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.
Talvez tenham a capacidade de ser
bons escritores – suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para
jornais ‑, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo.
Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores – quem sabe, capazes de criar o
próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina ‑, mas se não fizerem o
projeto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser presidentes
da câmara ou deputados, ou juízes do Supremo Tribunal, mas, se não participarem
nos debates dos clubes da vossa escola, podem nunca vir a sabê-lo.
No entanto, escolham o que
escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível se não
estudarem. Querem ser médicos, professores ou polícias? Querem ser enfermeiros,
arquitetos, advogados ou militares? Para qualquer dessas carreiras, é preciso
ter estudos. Não podem deixar a escola e esperar arranjar um bom emprego. Têm
de trabalhar, estudar, aprender para isso.
E não é só para as vossas vidas e
para o vosso futuro que isto é importante. O que vocês fizerem com os vossos
estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que
aprenderem na escola, agora, vai decidir se seremos um país à altura dos desafios
do futuro.
Vão precisar dos conhecimentos e das
competências que se aprendem e desenvolvem nas Ciências e na Matemática para
curar doenças como o cancro e a sida e para desenvolver novas tecnologias
energéticas que protejam o ambiente. Vão precisar da penetração e do sentido
crítico que se desenvolvem na História e nas Ciências Sociais para que deixe de
haver pobres e sem-abrigo, para combater o crime e a discriminação e para
tornar o nosso país mais justo e mais livre. Vão precisar da criatividade e do
engenho que se desenvolvem em todas as disciplinas para criar novas empresas
que criem novos empregos e desenvolvam a economia.
Precisamos que todos vocês
desenvolvam os vossos talentos, competências e capacidades para ajudarem a
resolver os nossos problemas mais difíceis. Se não o fizerem, se abandonarem a
escola, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.
Eu sei que não é fácil ter bons
resultados na escola. Tenho consciência de que muitos têm dificuldades na vossa
vida que dificultam a tarefa de se concentrarem nos estudos. Percebo isso, e
sei do que estou a falar. O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois
anos e fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldades em
pagar as contas e nem sempre conseguia dar-nos as coisas que os outros miúdos
tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida. Senti-me
sozinho e tive a impressão de que não me adaptava e, por isso, nem sempre
conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem
ter dado para o torto. Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e
consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos. A
minha mulher, a nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida
com a minha. Nem o pai nem a mãe dela estudaram e não eram ricos. No entanto,
trabalharam muito, e ela própria trabalhou muito para poder frequentar as
melhores escolas do nosso país.
Alguns de vocês podem não ter tido
estas oportunidades. Talvez não haja nas vossas vidas adultos capazes de vos
dar o apoio de que precisam. Quem sabe se não há alguém desempregado e o
dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos
amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem.
Apesar de tudo isso, as
circunstâncias da vossa vida – o vosso aspeto, o sítio onde nasceram, o
dinheiro que têm, os problemas da vossa família – não são desculpa para não
fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para
responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para
desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem.
A vossa vida atual não vai
determinar forçosamente aquilo que vão ser no futuro. Ninguém escreve o vosso
destino por vocês. Aqui, nos Estados Unidos, somos nós que decidimos o nosso
destino. Somos nós que fazemos o nosso futuro. […]
É por isso que hoje me dirijo a cada
um de vós, para que estabeleça os seus próprios objetivos para os seus estudos
e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar. O vosso objetivo pode
ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas ou ler todos os
dias algumas páginas de um livro. Também podem decidir participar numa
atividade extracurricular, ou fazer trabalho voluntário na vossa comunidade.
Talvez decidam defender miúdos que são vítimas de discriminação por serem quem
são ou pelo seu aspeto, por acreditarem, como eu acredito, que todas as
crianças merecem um ambiente seguro em que possam estudar. […] Mas decidam o
que decidirem, gostava que se empenhassem. Que trabalhassem arduamente.
Eu sei que muitas vezes a televisão
dá a impressão de que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar
– que o vosso caminho para o sucesso passa pelo rap, pelo basquetebol ou
por serem estrelas de reality shows ‑, mas a verdade é que isso é muito
pouco provável. A verdade é que o sucesso é muito difícil. Não vão gostar de
todas as disciplinas nem de todos os professores. Nem todos os trabalhos vão
ser úteis para a vossa vida a curto prazo. E não vão forçosamente alcançar os
vossos objetivos à primeira.
No entanto, isso pouco importa.
Algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo são as que sofreram mais
fracassos. O primeiro livro do Harry Potter, de J. K. Rowling, foi rejeitado
doze vezes antes de ser publicado. Michael Jordan foi expulso da equipa de
basquetebol do liceu, perdeu centenas de jogos e falhou milhares de lançamentos
ao longo da sua carreira. No entanto, uma ocasião disse: “Falhei muitas e muitas
vezes na minha vida. E foi por isso que fui bem-sucedido.”
Estas pessoas alcançaram os seus
objetivos porque perceberam que não podemos deixar que os nossos fracassos nos
definam – temos de permitir que eles nos ensinem as suas lições. Temos de deixar
que nos mostrem o que devemos fazer de maneira diferente quando voltamos a
tentar. Não é por nos metermos num sarilho que somos desordeiros. Isso só quer
dizer que temos de fazer um esforço maior por nos comportarmos bem. Não é por
termos uma má nota que somos estúpidos. Essa nota só quer dizer que temos de
estudar mais.
Ninguém nasce bom em nada.
Tornamo-nos bons graças ao nosso trabalho. Não entramos para a primeira equipa
da Universidade a primeira vez que praticamos um desporto. Não acertamos em todas
as notas a primeira vez que cantamos uma canção. Temos de praticar. O mesmo
acontece com o trabalho da escola. É possível que tenham de fazer um problema
de Matemática várias vezes até acertarem, ou de ler muitas vezes um texto até o
perceberem, ou de fazer um esquema várias vezes antes de poderem entregá-lo.
Não tenham medo de fazer perguntas.
Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Mostra que temos
coragem de admitir que não sabemos e de aprender coisas novas. Procurem um
adulto em quem confiem – um pai, um avô, um professor ou um treinador – e
peçam-lhe que vos ajude.
E mesmo quando estiverem em
dificuldades, mesmo quando se sentirem desencorajados e vos parecer que as
outras pessoas vos abandonaram, nunca desistam de vocês mesmos. Se o fizerem, é
do vosso país que estão a desistir. […]
Por isso, hoje quero perguntar-vos qual
é o contributo que pretendem dar. Quais são os problemas que tencionam
resolver? Que descobertas pretendem fazer? Quando daqui a 20 ou 50 ou a 100
anos um presidente vier aqui falar, o que vai dizer que vocês fizeram pelo
vosso país?
As vossas famílias, os vossos
professores e eu estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que vocês
tenham a educação de que precisam para responder a estas perguntas. Estou a
trabalhar duramente para equipar as vossas salas de aulas e pagar os vossos livros,
o vosso equipamento e os computadores de que vocês precisam para estudar. E por
isso espero que trabalhem a sério este ano, que se esforcem o mais possível em
tudo o que fizerem. Espero grandes coisas de todos vocês. Não nos desapontem.
Não desapontem as vossas famílias e o vosso país. Façam-nos sentir orgulho em
vocês. Tenho a certeza de que são capazes.
12 de setembro de 2009
domingo, 23 de outubro de 2011
Queda do satélite Rosat
A queda do satélite alemão ROSAT pode ser acompanhada, ao vivo, neste sítio: http://www.n2yo.com/?s=20638.
Modalidade (valor modal)
Modalidade
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Valores
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Exemplos
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1. Modalidade
epistémica: o falante expressa a sua atitude sobre a verdade ou
falsidade do conteúdo proposicional do seu enunciado.
Epistémico = relativo ao conhecimento e à crença.
Frequentemente, o verbo auxiliar poder transmite o valor epistémico
de possibilidade. No entanto, noutros contextos, pode ter um valor de
certeza, significando capacidade de:
O João pode jogar contra vários xadrezistas ao
mesmo tempo.
|
1. Valor de
certeza: o locutor compromete-se com a verdade ou falsidade do conteúdo do
seu enunciado.
|
. O Benfica venceu o jogo.
. O Beira-Mar perdeu o jogo.
. O Daniel perdeu a aposta.
. Eu ganhei a aposta.
|
2. Valor de
possibilidade / dúvida: o locutor não se compromete com a verdade ou
falsidade do conteúdo do seu enunciado, por não possuir conhecimentos prévios
que lhe permitam fazê-lo.
|
. Talvez os
alunos façam este exercício.
. Pode ser
que o Benfica seja campeão.
|
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3. Valor de
probabilidade: o locutor assume uma perspetiva favorável à aceitação da
verdade do seu enunciado.
Apesar de não ter visto chover, o locutor constatou que o chão estava
molhado e concluiu (inferiu) que choveu.
|
. Os alunos devem
ter feito o trabalho.
. O burro pode
ter comido a palha.
. Provavelmente
vai chover.
. Acho que o Benfica
vai ser campeão.
. Deve ter chovido.
|
|
2. Modalidade deôntica: o locutor procura agira sobre o
seu interlocutor, proibindo ou autorizando a situação referida no seu
enunciado.
O verbo dever pode transmitir o valor epistémico de
probabilidade (a) e o valor deôntico de obrigação (b):
a) Ele deve estar
a chegar. (= É possível que ele esteja a chegar.)
b) Deves estudar.
(= É necessário que estudes.)
|
1. Valor de
obrigação / proibição: o locutor impõe ou proíbe aquilo que expressa no
seu enunciado.
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. Calem-se!
. Deveis estar calados.
. Não podeis
falar tão alto.
. É proibido fumar.
|
2. Valor de
permissão: o locutor autoriza a situação por si expressa.
|
. Podes sentar-te aí.
. Tens autorização para
falar.
. Se já fizeste o
TPC, podes sair.
. Amanhã, podes
ver A Casa.
|
|
3. Modalidade apreciativa: o locutor exprime
um juízo de valor (positivo ou negativo) acerca do que enuncia.
|
Note-se que o locutor parte de um enunciado com valor de certeza: Roubaram
o teu relógio. É sobre esse conteúdo (de asserção / certeza) que expressa
o seu juízo de valor apreciativo: Lamento.
|
. Que belo dia!
. Discordo das escolhas do
Jesus.
. Felizmente o Benfica
ganhou.
. Como choveu ontem.
. Lamento que te tivessem
roubado o relógio.
|
Existem diversos processos
de expressar a modalidade:
1. Tempos e modos verbais.
2. Verbos modais: poder, dever, ter de.
2.1. Outros verbos de sentido modal:
. saber, crer (verbos do saber
e da crença);
. permitir, obrigar,
precisar de, necessitar de, etc. (verbos que exprimem obrigação, necessidade ou
permissão).
3. Advérbios ou locuções adverbiais de frase: possivelmente, provavelmente, talvez, necessariamente,
com toda a probabilidade, etc.
4. Adjetivos com
sentido modal: possível, provável, capaz (É possível que…, é
provável que…, é capaz de…).
5. Expressões
modais: se não me engano, de facto, na minha opinião, creio eu, etc.
6. Construções
exclamativas e interrogativas (na escrita) e a entoação (na
oralidade) (traduzem uma apreciação):
. A verdade que eu
conto, nua e crua
Vence toda a
grandíloqua escritura! (Camões, Os Lusíadas, V, 89)
7. Nomes
avaliativos (podem contribuir para a construção da modalidade
apreciativa): charlatão, herói, carrasco, verdugo, etc.
8. Sufixos
derivacionais: louvável, admirável, consumível, perecível, etc.
9. Asserção
(de polaridade afirmativa ou negativa) expressa a modalidade epistémica com
valor de certeza, visto que o falante assume validar ou não o conteúdo do seu
enunciado.
sábado, 22 de outubro de 2011
Acabar com a Geografia?
Parece que o ministro da Educação quer acabar com a disciplina de Geografia, ou fundi-la com a História. Realmente, para quê saber Geografia???
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Comunicado
1. Etimologia
Comunicado provém do latim communicare, palavra que significava tornar comum, levar ao conhecimento, participar. Daí que comunicado tivesse acabado por significar a informação que é transmitida para ser partilhada em comum.
Comunicado provém do latim communicare, palavra que significava tornar comum, levar ao conhecimento, participar. Daí que comunicado tivesse acabado por significar a informação que é transmitida para ser partilhada em comum.
2. Definição
Um comunicado é um documento através do qual se dá a conhecer uma informação, um acontecimento importante, um esclarecimento, um aviso ou desmentido, etc. Regra geral, o comunicado emana de uma instância superior, reveste-se de caráter oficial e destina-se ao conhecimento de um determinado público, sendo divulgado, frequentemente, através dos meios de comunicação social (comunicado de imprensa ou press release) e / ou da Internet. Como qualquer texto, deverá ser redigido tendo em conta o público recetor e os objetivos que pretende alcançar.
3. Estrutura
3. Estrutura
- Título (sucinto, atrativo e objetivo) e, eventualmente, subtítulo;
- Origem da informação (emissor);
- Lead (informação essencial, presente no(s) primeiro(s) parágrafo(s), que responde às questões que também encontramos na notícia: Quem? O quê? Onde? Quando?);
- Corpo do comunicado (não deverá ser demasiado extenso; por outro lado, a informação que divulga deve ser apresentada de forma decrescente);
- Fecho (data e entidade responsável pela produção do comunicado, contendo o nome, a morada, o e-mail, o contacto telefónico, o fax...).
4. Características da linguagem
- Linguagem clara e objetiva;
- Predominância da denotação;
- Uso da terceira pessoa do singular e do plural (verbos, pronomes, determinantes);
- Recurso a frases e a parágrafos curtos e de fácil compreensão;
- ...
Em suma, o comunicado:
- é utilizado no interior das instalações ou
- para transmitir informação para o exterior, para um público mais vasto, nomeadamente o grande público, através dos meios acima indicados ou da afixação em local público;
- é um texto informativo;
- deve transmitir os dados devidamente organizados e hierarquizados;
- aparece também designado como comunicação, nota informação ou informação.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
«Ranking» dos exames nacionais
De acordo com o jornal Público, o nosso agrupamento de escolas ocupa o lugar 503 no que diz respeito ao ensino secundário, com a média de 9, 16 valores, tendo subido 65 lugares relativamente ao ranking de 2010.
No caso do terceiro ciclo, o agrupamento ocupa o lugar 406, com uma média de 2, 7, tendo descido do 267 de 2010.
No caso do terceiro ciclo, o agrupamento ocupa o lugar 406, com uma média de 2, 7, tendo descido do 267 de 2010.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
"Não há vagas" - Ferreira Gullar
Fernando Gullar, Prémio Camões 2010 |
Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema.
O preço do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabem no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores
está fechado:
"não há vagas"
Só cabem no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
Antologia Poética, Rio de Janeiro, 1977
Singela homenagem às medidas apresentadas, ontem, pelo Primeiro-Ministro de Portugal.
Valor do adjetivo
Os adjetivos podem apresenter diferentes valores, em razão da relação que mantêm com o nome a que se referem:
1. Valor restritivo
Neste caso, o adjetivo surge sempre à direita do nome que modifica, especificando a referência deste: A Joana Santos é uma mulher bela.
Por outro lado, o adjetivo restritivo pode ser parafraseado por uma oração relativa restritiva: A Joana Santos é uma mulher que é bela.
2. Valor não restritivo
O adjetivo não restritivo ocorre antes do nome que modifica e apresenta qualidades que não lhe são intrínsecas: A Joana Santos é uma extraordinária atriz. Neste caso, o adjetivo não pode ser parafraseado por uma oração relativa restritiva.
3. Posição do adjetivo
Como foi referido, o adjetivo pode surgir depois (valor restritivo) ou antes (valor não restritivo) do nome que determina. Ora, a posição ocupada pelo adjetivo relativamente ao nome implica diferentes significados que o primeiro assume.
1. Valor restritivo
Neste caso, o adjetivo surge sempre à direita do nome que modifica, especificando a referência deste: A Joana Santos é uma mulher bela.
Por outro lado, o adjetivo restritivo pode ser parafraseado por uma oração relativa restritiva: A Joana Santos é uma mulher que é bela.
2. Valor não restritivo
O adjetivo não restritivo ocorre antes do nome que modifica e apresenta qualidades que não lhe são intrínsecas: A Joana Santos é uma extraordinária atriz. Neste caso, o adjetivo não pode ser parafraseado por uma oração relativa restritiva.
3. Posição do adjetivo
Como foi referido, o adjetivo pode surgir depois (valor restritivo) ou antes (valor não restritivo) do nome que determina. Ora, a posição ocupada pelo adjetivo relativamente ao nome implica diferentes significados que o primeiro assume.
- O meu tio é um homem pobre. -> o adjetivo significa que o homem não possui riqueza, não tem dinheiro...
- O meu tio é um pobre homem. -> o mesmo adjetivo significa, agora, que o homem é digno de dó, de pena, é alguém muito infeliz.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Valor do adjetivo (G 2011 - 1)
Valor do adjetivo: restritivo e não restritivo
1. Observe as frases apresentadas.
a) Dá-me o livro vermelho do Pedro.
b) Adquirir produtos locais ajuda a economia
figueirense.
c) Papámos um delicioso jantar naquele
restaurante agradável de Escalhão.
d) Ofereceram-me um livro sobre culinária
portuguesa contemporânea.
e) O doce vinho que o Hugo diz ter comprado na
adega de Figueira é de assinalável qualidade.
1.1. Coloque os
adjetivos no respetivo lugar da grelha, de acordo com a sua posição.
Posição pré-nominal
|
Posição pós-nominal
|
2. Altere a posição dos adjetivos sublinhados
em cada uma das frases seguintes.
a) Aquela tempestade tropical é
assustadora.
b) O leão é um animal selvagem.
c) A Maria traz um casaco branco.
2.1. Explicite a
conclusão a que chegou após a transformação operada.
3. Observe a posição dos adjetivos
sublinhados em cada par de frases.
a) (1) O professor fez uma longa
comunicação.
(2) O professor fez uma comunicação longa.
b) (1) A Daniela possui uma pequena fortuna
em bonecas.
(2) A Daniela possui uma fortuna pequena
em bonecas.
3.1.
Indique a frase da alínea a) em que o adjetivo tem um valor subjetivo, isto é,
exprime uma avaliação do locutor.
3.2. Indique
a frase da alínea b) em que o adjetivo é usado em sentido conotativo.
4.
Altere a posição do adjetivo sublinhado em cada uma das expressões nominais
seguintes e explique as diferenças de sentido daí resultantes.
a) O Rafa, hoje, tem uma cara má.
b) Maria, já esqueceu aquele amor antigo?
c) A Cátia possui em casa um quadro verdadeiro.
d) A Ana, no sábado, trajava um belíssimo
vestido de lá fina.
e) Quem não gosta de um alimento doce?
5. Substitua
as orações relativas restritivas das frases fornecidas por um sintagma
adjetival.
a) A história daquela rapariga da «Casa dos
Segredos» é uma história que comove.
b) No Inverno, na sala do 11.º, quando falha o
aquecimento, sente-se um frio que gela.
c) O barulho que os alunos fazem é uma situação
que não podemos admitir.
d) O Conselho Executivo era o órgão que
dirigia, antigamente, a escola.
6. Explique a diferença de sentido entre as seguintes frases:
a) O Marco tropeçou numa boa rapariga.
b) O Marco tropeçou numa rapariga boa.
c) A jovem simpática abraçou o Zeca.
d) A jovem, simpática, abraçou o Zeca.
7. Atente
nas frases dadas.
a) O «deficit» orçamental é um drama europeu.
b) A Catarina comprou uma carteira cinzenta que
encontrou na primeira loja em que entrou.
c) A primeira edição da maratona lisboeta foi
disputada ontem.
d) O António comprou uma pistola baratíssima.
e) O meu avô materno ofereceu-me o meu primeiro
escudo.
7.1. Sublinhe os
adjetivos presentes em cada frase.
7.2.
Tendo em conta a classe dos adjetivos, classifique cada um deles, explicitando
a sua posição dentro do grupo nominal.
8.
Observe os pares de frases.
a) O falso professor foi preso.
a’) Aquele indivíduo é um professor falso.
b) O meu avô era um homem rico.
b’) Que rico homem!
c) O exercício de Matemática era simples.
c’) Tu não és capaz de resolver um simples
exercício de Português?
8.1. Identifique e
classifique os adjetivos presentes nas frases.
8.2.
Observe a posição do adjetivo em cada par de frases e tire conclusões quanto ao
seu significado.
8.3.
Identifique as frases em que o adjetivo possui um valor restritivo.
8.4.
Tendo em conta a posição do adjetivo qualificativo observada em 8.1. e 8.2.,
que conclusão podemos retirar?
Os cortes na (des)Educação
O ministro Nuno Crato considera que o currículo do 3.º ciclo contém disciplinas a mais. Assim sendo, prepara-se para as reduzir. Como?
1.º) Extinguindo a segunda disciplina estrangeira obrigatória, mantendo apenas o Inglês (a primeira);
2.º) «Cortar» nas aulas de História e Geografia;
3.º) Reduzir o número de aulas dos alunos;
4.º) A VERDADEIRA RAZÃO: diminuir, drasticamente, o número de professores do sistema educativo português.
Ver notícia aqui.
1.º) Extinguindo a segunda disciplina estrangeira obrigatória, mantendo apenas o Inglês (a primeira);
2.º) «Cortar» nas aulas de História e Geografia;
3.º) Reduzir o número de aulas dos alunos;
4.º) A VERDADEIRA RAZÃO: diminuir, drasticamente, o número de professores do sistema educativo português.
Ver notícia aqui.
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