segunda-feira, 16 de junho de 2025
Resumo do capitulo II de O Meu Pé de Laranja Lima
domingo, 15 de junho de 2025
Benfica é tetracampeão de basquetebol masculino!
Regime iraniano sob ataque
O cartune,
da autoria de Christian Adams, aborda o ataque de Israel à República
Islâmica do Irão, representando simbolicamente a destruição dos alicerces
do regime teocrático. Através da imagem de uma estátua sendo atacada por
mísseis, o cartunista critica a rigidez do poder religioso e aponta para a sua
crescente instabilidade, diante de pressões externas e/ou internas. É uma
representação política visual que sugere a fragilidade de um sistema que
aparenta solidez, mas está sob ataque.
Em
primeiro plano, encontramos uma estátua imponente do líder iraniano Ali Khamenei.
A figura está de pé, trajando vestes religiosas tradicionais — túnica longa e
turbante — com expressão severa e uma das mãos levantadas em gesto de
autoridade ou bênção, o que remete para o poder teocrático iraniano. A
escultura é feita em pedra acinzentada, reforçando a ideia de rigidez,
conservadorismo e culto à personalidade. Na base da estátua, lê-se parcialmente
a inscrição "ISLAMIC REPUBLIC" (República Islâmica), que está rachada
e a ser atingida por explosões. Vários mísseis atingem ou dirigem-se para a sua
base, vindos de diferentes direções. As explosões são intensas, com cores
quentes como vermelho, laranja e amarelo, em forte contraste com os tons frios
do restante da imagem. Esses elementos criam uma sensação de tensão, destruição
iminente e conflito direto. O facto de os ataques se concentrarem na base da
estátua é simbólico: indica que os fundamentos do regime estão a ser atingidos
na tentativa de os destruir, mesmo que sua “fachada” ainda permaneça em pé,
embora inclinada.
Num plano mais afastado, deparamos
com a cidade de Teerão, capital do Irão, identificável pela sua paisagem
urbana e pela presença da Milad Tower, um dos marcos mais reconhecíveis
da urbe. Os edifícios são modernos, sugerindo uma sociedade urbana, dinâmica e
conectada ao mundo contemporâneo. As cores utilizadas são predominantemente
frias e claras (tons de azul, cinza e branco), criando um contraste com as
explosões vibrantes do primeiro plano. Esse fundo urbano representa a população
civil, a modernidade e a vida real que existe paralelamente à
estrutura teocrática representada pela estátua. Pode também simbolizar o
contraste entre o desejo de progresso da sociedade iraniana e o conservadorismo
do regime vigente.
Ao fundo, estão representadas as montanhas
nevadas, que representam a cordilheira de Alborz, que cerca Teerão.
Elas estão pintadas em tons de branco e azul claro, transmitindo uma sensação
de solidez, permanência e tranquilidade natural. Esse elemento pode ter um
duplo simbolismo: por um lado, reforça a geografia iraniana, situando o
cenário de forma inequívoca; por outro, pode simbolizar a resistência do
povo iraniano, ou até a ideia de que o país (a terra, o território)
permanece, independentemente das estruturas de poder que nele se ergam ou
desmoronem. A paz das montanhas contrasta diretamente com o caos e destruição
do primeiro plano.
Em
suma, este cartune utiliza metáforas visuais potentes para retratar os ataques
que Israel está a desferir sobre o regime da República Islâmica do Irão, a
pretexto de destruir a ameaça que constitui o seu programa nuclear. A estátua
representa o poder teocrático, rígido e autoritário, enquanto os mísseis e
explosões indicam que esse poder está sendo desafiado e corroído, especialmente
nas suas fundações. A cidade moderna ao fundo aponta para uma sociedade que
deseja avançar, enquanto as montanhas evocam permanência e resiliência. A obra
transmite uma mensagem clara: apesar da aparência imponente do regime, as suas
bases estão sob ataque — e talvez prestes a ruir.
sexta-feira, 13 de junho de 2025
Estrutura de O Meu Pé de Laranja Lima
Análise de O Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos
I. Vida de José Mauro de Vasconcelos
II. Obras
III. Obra
IV. Época
V. Ação
1. Resumo
2. Estrutura
3. Resumo dos capítulos
3.1. Primeira parte
3.1.1. Primeiro capítulo
3.1.2. Segundo capítulo
3.1.3. Terceiro capítulo
quinta-feira, 12 de junho de 2025
Resumo do capitulo I de O Meu Pé de Laranja Lima
quarta-feira, 11 de junho de 2025
Resumo de O Meu Pé de Laranja Lima
O Meu Pé de Laranja Lima é uma obra narrativa autobiográfica que relata a infância sofrida e as desventuras de Zezé, um menino de cinco anos natural de Bangu, periferia do Rio de Janeiro, no final dos anos 20 do século XX. Muito esperto e independente, aprende a ler sozinho e, como qualquer criança deixada solta, “vive aprontando”, expressão que designa as asneiras e partidas que prega e que, regra geral, têm consequências desastrosas para quem as faz e as sofre: “Aprendia descobrindo sozinho e fazendo sozinho, fazia errado e fazendo errado, acabava sempre tomando umas palmadas.”
A sua vida é tranquila e estável, habita uma casa confortável e vive com conforto material, até ao momento em que o pai perde o emprego e a mãe se vê forçada a trabalhar na cidade, mais especificamente no Moinho Inglês, uma fábrica de tecidos. Para agravar a situação, a família é extensa – Zezé tem cinco irmãos: Glória, Totoca, Lalá, Jandira e Luís. Operária na fábrica, a mãe passa o dia a trabalhar enquanto o pai, desempregado, fica em casa e começa a beber. Em virtude da nova situação para que é arrastada, a família vê-se forçada a mudar de casa e a levar uma vida modesta, por isso não é de espantar que os Natais outrora fartos sejam substituídos pela mesa vazia e por uma árvore sem presentes. No quintal da nova residência, existem diversas árvores, e cada membro da família escolhe uma para chamar sua. Zezé é o último a escolher e fica com um modesto pé de laranja lima, com o qual mantém longas conversas e a que chama carinhosamente Minguinho e Xururuca. Dadas a sua traquinice e as constantes travessuras, é frequente ser agredido fisicamente pelos pais e pelos irmãos, indo depois consolar-se com a árvore. Certa vez, foi sovado de tal maneira por uma das irmãs e pelo pai que ficou uma semana sem ir à escola.
A outra grande amizade de Zezé é Manuel Valadares, também conhecido por Portuga, um emigrante português que trata a criança com o afeto, a atenção e paciência que não tinha em casa. Por uma fatalidade do destino, Valadares é atropelado pelo comboio e morre, evento que tem um fortíssimo impacto em Zezé, que fica doente. Outro acontecimento dramático marca negativamente a sua vida: o pé de laranja lima é cortado por ter crescido mais do que era suposto.
Zezé recupera e recomeça avida, apesar de sentir um enorme vazio. Entretanto, a situação económica da família melhora quando o pai encontra emprego numa fábrica. Por outro lado, não há também motivo para temer o corte do pé de laranja lima, dado que tal não acontecerá tão cedo. É neste contexto que a história termina, com Zezé a assumir simbolicamente que a sua árvore amiga já fora cortada, associando-a ao desaparecimento do Portuga, sem o pai perceber.
A ação termina com o narrador a ser um Zezé agora adulto que se dirige a Manuel Valadares, mais de quarenta anos depois, e lhe confessa o impacto que teve na sua existência. Por outro lado, desabafa a influência que teve em si o facto de ter sido precocemente atingido pela realidade dura e cruel, que choca com a inocência, a alegria e a esperança que deveriam caracterizar a infância.
Época de escrita de O Meu Pé de Laranja Lima
terça-feira, 10 de junho de 2025
A obra de José Mauro de Vasconcelos
Obras de José Mauro de Vasconcelos
. Banana Brava
(1942)
. Barro Blanco
(1945)
. Longe da Terra
(1949)
. Arara Vermelha
(1953)
. Arraia de Fogo
(1955)
. Rosinha, Minha Canoa
(1962)
. Doidão (1963)
. O Garanhão das Praias
(1964)
. O Meu Pé de Laranja
Lima (1968)
. Rua Descalça
(1969)
. O Palácio Japonês
(1969)
. Farinha Órfã
(1970)
. Chuva Crioula
(1972)
. O Veleiro de Cristal
(1973)
. Vamos Aquecer o Sol
(1974)
segunda-feira, 9 de junho de 2025
Biografia de José Mauro de Vasconcelos
sexta-feira, 6 de junho de 2025
Trump e Putin e o Bastardistão
1. Introdução
sábado, 31 de maio de 2025
Trump e Putin a brincar com o fogo da guerra
Este cartune, de forte teor crítico e simbólico, retrata os
líderes Donald Trump e Vladimir Putin, respetivamente dos Estados Unidos e da Rússia, em trajes primitivos, agachados ao redor
de uma fogueira onde arde uma espécie de rolo de madeira das cores da Ucrânia com a palavra “Ukraine”, numa cena que evoca
o homem pré-histórico, fazendo uso do fogo no interior de uma caverna (sugerida
pelo fundo da imagem escuro) para cozer alimentos. A cena é carregada de ironia
e simbolismo político, aludindo diretamente ao conflito entre a Rússia e a
Ucrânia, mas também à postura ambígua dos Estados Unidos em relação ao mesmo.
Donald Trump aparece a segurar um pau com um pombo branco (símbolo da paz) preso na ponta, que está a assar diretamente sobre
o fogo. O pombo transporta no bico um ramo de oliveira verde (símbolo da esperança e da vida), reforçando a imagem da
paz ameaçada. Ao mesmo tempo, Trump dirige-se a Putin com a frase: “Vlad, don’t
play with fire!” (“Vlad, não brinques com o fogo!”). Esta fala metafórica
comporta uma pesada carga de ironia, pois ele próprio está a contribuir
ativamente para o agravamento do conflito, demonstrando uma hipocrisia
implícita — alerta o outro para o perigo enquanto pratica uma ação igualmente
incendiária.
Putin, por sua vez, é representado com uma expressão feroz e
uma postura agressiva, lançando mísseis em direção ao lume. A sua atitude deixa
claro o papel ativo da Rússia no conflito (o iniciador e instigador), reforçando a ideia de que está a
alimentar intencionalmente as chamas da guerra.
A imagem do fogo, símbolo universal de destruição, violência
e descontrolo, representa aqui a guerra na Ucrânia. Recordemos que o seu domínio foi uma das maiores conquistas da humanidade, símbolo de poder e
sobrevivência. Neste cartune, o fogo é usado para “cozinhar” a paz,
representada pelo pombo, o que sugere que esses líderes ainda lidam com os
conflitos de forma bárbara, destrutiva e impulsiva, como se estivessem
presos a uma mentalidade arcaica. Por sua vez, o toro com a inscrição “UKRAINE”
funciona como base da fogueira, indicando que é este território o foco da
destruição e da disputa de poder entre as grandes potências.
Ambos os líderes estão infantilizados e caricaturados, com
corpos desproporcionais e em trajes ridículos, o que pode ser interpretado como
uma crítica à sua falta de maturidade e responsabilidade, bem como à ausência
de racionalidade que os caracteriza. Esta escolha estética sugere que, apesar
do poder que detêm, comportam-se como crianças inconscientes das consequências
das suas ações.
Em suma, o cartune utiliza o humor negro e a caricatura para expor a incoerência e a irresponsabilidade dos líderes mundiais perante um conflito de grande escala. Ao apresentar Trump como alguém que parece apelar à paz enquanto participa na sua destruição e Putin como o instigador ativo da violência, a imagem comporta uma crítica contundente: a paz está a ser sacrificada por egos políticos, jogos de poder e atitudes que, embora envoltas em discursos oficiais, são profundamente destrutivas. É uma representação visual poderosa da complexidade e da tragédia geopolítica contemporânea.