quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Exames e Provas de Aferição - Esclarecimento
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
"Ode Triunfal" - Questionário
1. Releia a primeira estrofe.
1.1. Caraterize o ambiente em que o sujeito poético se situa.
1.2. Explicite a relação que ele mantém com a realidade que o cerca.
2. Atente, agora, nas estrofes 2 a 4.
2.1. Procure, na segunda estrofe, marcas do "estado febril" que o sujeito poético anunciara.
2.2. Explicite as razões que estão na origem desse delírio.
2.3. Prove, com passagens do poema, que todos os sentidos concorrem para esse estado de alucinação.
2.4. No primeiro verso da terceira estrofe, "os motores" são comparados a "uma Natureza tropical".
2.4.1. Comente a expressividade dos adjetivos que, no verso 32, a caraterizam.
2.5. Evidencie o valor expressivo das aliterações presentes nos versos 16 e 24-25.
2.6. Explique, pelas suas próprias palavras, os versos em que o sujeito poético exalta a abolição das fronteiras entre passado, presente e futuro.
2.7. Interprete os desejos expressos pelo sujeito poético nas exclamações da quarta estrofe.
3. Na sétima estrofe (vv. 49-57), assistimos a uma pausa no ritmo alucinante do poema.
3.1. Justifique o recurso ao parênteses.
3.2. Indique os temas abordados, neste aparte, pelo sujeito poético.
3.3. Adiante hipóteses para esta reflexão no contexto do poema.
4. A partir da oitava e até à penúltima estrofe, retoma-se o ritmo alucinante que tinha sido interrompido.
4.1. Demonstre que o referido ritmo se desenvolve numa gradação crescente.
4.2. Assinale os versos em que o sujeito poético refere aspetos negativos da civilização moderna.
4.3. Identifique o recurso estilístico presente nos versos 68 e 76.
5. Podemos afirmar que a conclusão do poema - a última estrofe (um monóstico) - é uma confissão de fracasso.
5.1. Demonstre a veracidade da afirmação.
6. Comente o título do poema e relacione-o com a cultura do excesso tão cara aos sensacionistas. Deve ter em conta a definição de "ode" (cf. nota 3. do texto "Ricardo Reis - uma arte de viver", na página 69) e o significado do adjetivo "triunfal".
7. Observe atentamente o quadro de Picabia reproduzido na página 89.
7.1. Comente o quadro, relacionando-o com algumas passagens da "Ode Triunfal" que ele poderia ter inspirado.
Questionário adaptado do manual Entre Margens - 12.º ano (Porto Editora)
1.1. Caraterize o ambiente em que o sujeito poético se situa.
1.2. Explicite a relação que ele mantém com a realidade que o cerca.
2. Atente, agora, nas estrofes 2 a 4.
2.1. Procure, na segunda estrofe, marcas do "estado febril" que o sujeito poético anunciara.
2.2. Explicite as razões que estão na origem desse delírio.
2.3. Prove, com passagens do poema, que todos os sentidos concorrem para esse estado de alucinação.
2.4. No primeiro verso da terceira estrofe, "os motores" são comparados a "uma Natureza tropical".
2.4.1. Comente a expressividade dos adjetivos que, no verso 32, a caraterizam.
2.5. Evidencie o valor expressivo das aliterações presentes nos versos 16 e 24-25.
2.6. Explique, pelas suas próprias palavras, os versos em que o sujeito poético exalta a abolição das fronteiras entre passado, presente e futuro.
2.7. Interprete os desejos expressos pelo sujeito poético nas exclamações da quarta estrofe.
3. Na sétima estrofe (vv. 49-57), assistimos a uma pausa no ritmo alucinante do poema.
3.1. Justifique o recurso ao parênteses.
3.2. Indique os temas abordados, neste aparte, pelo sujeito poético.
3.3. Adiante hipóteses para esta reflexão no contexto do poema.
4. A partir da oitava e até à penúltima estrofe, retoma-se o ritmo alucinante que tinha sido interrompido.
4.1. Demonstre que o referido ritmo se desenvolve numa gradação crescente.
4.2. Assinale os versos em que o sujeito poético refere aspetos negativos da civilização moderna.
4.3. Identifique o recurso estilístico presente nos versos 68 e 76.
5. Podemos afirmar que a conclusão do poema - a última estrofe (um monóstico) - é uma confissão de fracasso.
5.1. Demonstre a veracidade da afirmação.
6. Comente o título do poema e relacione-o com a cultura do excesso tão cara aos sensacionistas. Deve ter em conta a definição de "ode" (cf. nota 3. do texto "Ricardo Reis - uma arte de viver", na página 69) e o significado do adjetivo "triunfal".
7. Observe atentamente o quadro de Picabia reproduzido na página 89.
7.1. Comente o quadro, relacionando-o com algumas passagens da "Ode Triunfal" que ele poderia ter inspirado.
Questionário adaptado do manual Entre Margens - 12.º ano (Porto Editora)
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
2011: Coisas inesquecíveis ouvidas na TV e arredores
- "O ministro das Finanças não tem qualquer visão sobre como é que o país se há-de desenvolver e tal..." (António Costa, «Quadratura do Círculo»);
- "A Europa não está a ser séria. Andam todos a fazer cada qual o seu joguinho. Os holandeses são capazes de vender a mãe se lhes pagarem bem. Os suecos julgam-se superiores. Os noruegueses (...), um rapaz que fazia Pilates comigo foi à Noruega, deixou lá o curriculum e já o chamaram. (...) O Sarkozy-Cosifantuti... é mau para os países terem líderes ridículos..." (Raul Rosado Fernandes). [Silêncio] "Deixe-me fazer-lhe uma última pergunta..." (Ana Lourenço). (...) "Eu conheci a Tatcher..." (RRF). "Um bom Natal!" (AL).
- "Aos 40 percebi que era imortal..." (Diogo Infante);
- [Um homem que se] "passeia pelos salões dos poderosos, come pastéis de bacalhau na leitaria da esquina, frequenta seminários académicos, bebe um refresco em locais imagináveis e trata por tu grandes e pequenos..." (António Barreto sobre Gonçalo Ribeiro Telles);
- "Já é uma tradição nas cimeiras dos países mais ricos do mundo." (Luís Delgado, sobre a presença de estrangeiros na manifestação da Assembleia da República);
- "Portugal não é monótono." (António Barreto);
- "Cavaco Silva devia condecorar Teixeira dos Santos." (Miguel de Sousa Tavares);
- "Se não houver nem um protesto, parecemos parvos." (Francisco van Zeller);
- "Devíamos ir buscar dinheiro às empresas de utilidades." (Luís Delgado);
- "Uma das coisas que aprendi [riso abafado] em Washington foi que na vida pública ou se está sentado à mesa ou se faz parte do menu. Eu próprio tive essa experiência recentemente em que fui incluído num cardápio qualquer. Quem é que é aqui o menu?" (Mário Crespo sobre o caso Secretas / Bernardo Bairrão). "Mário, a sua linguagem é muito críptica." (Ângelo Correia);
- "Manifestamente, eventualmente, esse é um problema que vamos ter que resolver." (Mário Crespo);
- "A Santa Casa da Misericórdia precisa de um gestor. Mandem o Dr. Santana Lopes para a OCDE." (Henrique Neto);
- "Depois de um confronto destes [pausa], como é que os senhores pessoalmente ficam um com o outro? Ficam zangados?" (Mário Crespo, no fim de um frente-a-frente entre Alfredo Barroso e Teresa Caeiro);
- "Algo me diz que isto não vai ser tão mau como parece." (Medina Carreira);
- "Não posso fazer comentários, não tenho elementos." (inédito de Marcelo Rebelo de Sousa sobre o caso Secretas / Bernardo Bairrão);
- "Vou contar um episódio do dia de hoje. Fui à mercearia, gastei vinte e tal euros. Ao meu lado estava uma senhora muito bem parecida que me atraiu. Era brasileira e comprou três pães. Porque é que esta senhora há-de acreditar em Deus?" (Mário Crespo);
- "Vou-lhe fazer uma pergunta daqui a cinco minutos - Deus existe?" (Mário Crespo, antes de prosseguir a emissão com uma peça sobre o rating da Grécia);
- "O meu minuto vai ser um minuto rápido." (João Semedo, deputado do BE);
- "Sondagens - mantém-se o empate técnico, mas o PS aproximou-se do PSD nas últimas horas." (Mário Crespo);
- "Há uma grande imprecisão, visto que tanto um está à frente como depois está o outro, mas isto vai andando." (Mário Soares, sobre os resultados das sondagens);
- "Eu não disse que não seria primeiro-ministro com o FMI, disse que não estava disponível para governar com o FMI. É completamente diferente." (José Sócrates);
- "Para que tudo corresse bem, foram precisos muitos, muitos preservativos." (João Adelino Faria, referindo-se aos preparativos do casamento real britânico);
- "Projetar categorias morais no fenómeno político dá mau resultado." (Francisco Assis);
- "Crescimento económico e poupança. São as duas coisas que é necessário para o crescimento económico." (Daniel Oliveira);
- "Estamos todos histéricos." (Luís Delgado);
- "O VW Golf é um bem essencial? (peça da RTP, questionando a razoabilidade do desagravamento do IVA do golfe anunciado pelo governo);
- "Não, não. Não estou interessado em lugares. Estou num processo de pensamento." (Santa Lopes);
- [É justo o aumento do salário mínimo] "porque a Malta já nos passou à frente." (representante da CGTP à TVI);
- "É bom que os portugueses saibam que, na Lua, têm um espaço familiar, que é a cratera Vasco da Gama." (Pacheco Pereira, «Ponto Contraponto»);
- "Cavaco Silva não quis falar sobre o FMI, alegando que era domingo e estava a caminho das queijadas de Sintra." (abertura do noticiário da SIC).
(c) Zélia Pinheiro, in Corta-Fitas
A emigração
José Cesário, secretário de estado das Comunidades, estima que, durante o ano de 2011, 100 a 120 mil portugueses tenham emigrado, maioritariamente em resultado da degradação da situação económica do país.
Em 1670, o Padre António Vieira, num sermão pregado na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, afirmou o seguinte sobre esta temática da emigração: «Nascer pequeno e morrer grande é chegar a ser homem. Por isso nos deu Deus tão pouca terra para o nascimento e tantas para a sepultura. Para nascer, pouca terra; para morrer, toda a terra; para nascer, Portugal; para morrer, o mundo.»
Passam os séculos, mas as circunstâncias permanecem. Cabe-nos, como defende Vieira, transformar algo que é motivo de tristeza e desesperança numa oportunidade de alcançar a grandeza.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
domingo, 1 de janeiro de 2012
Fim do mundo: 21 de dezembro de 2012
Calendário Maia |
Passa, daqui a cerca de três horas, na SIC generalista, o filme 2012, baseado numa profecia maia que anuncia que o fim do mundo ocorrerá no dia 21 de dezembro do ano que hoje se iniciou. A este propósito, transcrevemos um artigo do Dr. Carlos Oliveira, doutorando em Educação Científica, com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos, produzido em 2007 e que pode ser encontrado no sítio http://www.cienciahoje.pt.
«As profecias de fim de mundo têm sempre um atrativo especial. Bastante atrativas são também as histórias sobre conhecimentos ocultos detidos por civilizações antigas. Vem isto a propósito do documentário feito pelo History Channel sobre a Profecia Maia,e que se encontra já à venda para o público (assim como vários livros sobre o mesmo assunto). O documentário pareceu-me bastante interessante e apelativo.»
Basicamente a ideia é que os Maias, que tinham um calendário mais preciso, mais complexo e muito mais holístico que o nosso, previram vários acontecimentos que entretanto se passaram, como a chegada do homem branco - Hernan Cortez - a 8 de novembro de 1519. Este calendário Maia prevê que algo de muito grave se passará no solstício de inverno, 21 de dezembro, de 2012. Tão grave será o acontecimento, que o mundo tal como o conhecemos desaparecerá. Isto não quer dizer que o mundo acabará, quer simplesmente dizer que um grande acontecimento transformará o mundo.
Ora, sabe-se atualmente que nesta data, durante o solstício, a Terra estará alinhada com o Sol e com o centro da nossa galáxia, Via Láctea. Sabe-se que no centro da Galáxia existe um buraco negro supermassivo. Baseados em Einstein e em alguma informação astronómica, há quem diga que o alinhamento com este buraco negro supermassivo levará a uma mudança do campo magnético terrestre, que acontece periodicamente. Isto levará a tsunamis, vulcões, terramotos, etc.
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Outras Profecias
Curioso no documentário foi eles relacionarem com outras profecias. Por exemplo, o muito antigo I Ching é um livro Chinês sobre conceções do mundo e filosofias de vida, que contém algumas previsões se utilizarmos a teoria “Time Wave Zero”. Usando esta técnica vê-se que o livro chinês prevê que o mundo irá acabar a 21 de dezembro de 2012.
Ligaram também a Merlin, o mágico da corte do Rei Artur. Pelos vistos, estes profetas medievais (existiam vários Merlin) previram Napoleão, Hitler, o nome da primeira colónia na América, etc. Previram também que neste século irá haver um ataque nuclear terrorista no Reino Unido que matará centenas de milhares de pessoas, que o aquecimento global será demasiado evidente e que... irá haver uma mudança do campo magnético terrestre que levará a um desastre global.
Outra pessoa mencionada foi Sibyl, uma profeta/oráculo em Roma - tal como a de Delphi na Grécia. Ela também previu corretamente vários acontecimentos, entre os quais o fim do mundo para mais ou menos a mesma data que os anteriores.
Discutiram também um projeto chamado de webbot que faz previsões a partir daquilo que vai aparecendo pela web. Supostamente previram os acontecimentos de 11 de setembro em junho de 2001. Este projeto prevê um acontecimento global para 2012.
Tudo isto dá que pensar que são muitas previsões coincidentes, sendo a Maia a mais relevante.
Em termos das previsões "acertadas", lembremo-nos que as previsões são sempre bastante vagas e muitas interpretações cabem lá dentro; cabendo sempre as interpretações que nós queremos dar... após os acontecimentos. Por outro lado, a estatística explica bastante bem as previsões que até possam ter sido específicas e acertaram. Todos os dias no mundo há imensas previsões feitas e, estatisticamente falando, algumas têm que ser acertadas! Dar relevância às que pensamos ser certas, não percebendo que existem muitas mais que são erradas, é um erro muito comum em estatística.
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Basicamente a ideia é que os Maias, que tinham um calendário mais preciso, mais complexo e muito mais holístico que o nosso, previram vários acontecimentos que entretanto se passaram, como a chegada do homem branco - Hernan Cortez - a 8 de novembro de 1519. Este calendário Maia prevê que algo de muito grave se passará no solstício de inverno, 21 de dezembro, de 2012. Tão grave será o acontecimento, que o mundo tal como o conhecemos desaparecerá. Isto não quer dizer que o mundo acabará, quer simplesmente dizer que um grande acontecimento transformará o mundo.
Ora, sabe-se atualmente que nesta data, durante o solstício, a Terra estará alinhada com o Sol e com o centro da nossa galáxia, Via Láctea. Sabe-se que no centro da Galáxia existe um buraco negro supermassivo. Baseados em Einstein e em alguma informação astronómica, há quem diga que o alinhamento com este buraco negro supermassivo levará a uma mudança do campo magnético terrestre, que acontece periodicamente. Isto levará a tsunamis, vulcões, terramotos, etc.
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Outras Profecias
Curioso no documentário foi eles relacionarem com outras profecias. Por exemplo, o muito antigo I Ching é um livro Chinês sobre conceções do mundo e filosofias de vida, que contém algumas previsões se utilizarmos a teoria “Time Wave Zero”. Usando esta técnica vê-se que o livro chinês prevê que o mundo irá acabar a 21 de dezembro de 2012.
Ligaram também a Merlin, o mágico da corte do Rei Artur. Pelos vistos, estes profetas medievais (existiam vários Merlin) previram Napoleão, Hitler, o nome da primeira colónia na América, etc. Previram também que neste século irá haver um ataque nuclear terrorista no Reino Unido que matará centenas de milhares de pessoas, que o aquecimento global será demasiado evidente e que... irá haver uma mudança do campo magnético terrestre que levará a um desastre global.
Outra pessoa mencionada foi Sibyl, uma profeta/oráculo em Roma - tal como a de Delphi na Grécia. Ela também previu corretamente vários acontecimentos, entre os quais o fim do mundo para mais ou menos a mesma data que os anteriores.
Discutiram também um projeto chamado de webbot que faz previsões a partir daquilo que vai aparecendo pela web. Supostamente previram os acontecimentos de 11 de setembro em junho de 2001. Este projeto prevê um acontecimento global para 2012.
Tudo isto dá que pensar que são muitas previsões coincidentes, sendo a Maia a mais relevante.
Análise Crítica
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O documentário fala de outros “profetas”: "Mother Shipton", Bíblia, Nativos Americanos, e muitos outros.... em que todos eles preveem o fim do mundo. Mas isto é normal. Toda a gente prevê más notícias - é este tipo de notícias que vende - o medo vende. Nenhum destes outros casos previu o final do mundo para 2012, mas o documentário tentou pôr tudo no mesmo saco, enganando os espetadores. Estranho é que não tenham referido a previsão feita pelos criadores da série Ficheiros Secretos que, no episódio “A Verdade”, apontaram para 22 de dezembro de 2012 como o dia da invasão dos extraterrestres!
O documentário fala de outros “profetas”: "Mother Shipton", Bíblia, Nativos Americanos, e muitos outros.... em que todos eles preveem o fim do mundo. Mas isto é normal. Toda a gente prevê más notícias - é este tipo de notícias que vende - o medo vende. Nenhum destes outros casos previu o final do mundo para 2012, mas o documentário tentou pôr tudo no mesmo saco, enganando os espetadores. Estranho é que não tenham referido a previsão feita pelos criadores da série Ficheiros Secretos que, no episódio “A Verdade”, apontaram para 22 de dezembro de 2012 como o dia da invasão dos extraterrestres!
Podem ver críticas ao documentário aqui:
http://skeptico.blogs.com/skeptico/2006/08/2012_mayan_prop.html
http://alignment2012.com/historychannel.html
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Em termos históricos, basta lermos alguns livros para percebemos que em todas as eras existiram pessoas a prever que o fim estava perto. Sempre foi assim e sempre será, porque isso é que fará do nosso tempo o mais importante para viver. É uma mentalidade temporalcêntrica. E é bom relembrar que todas essas pessoas, sem exceção, estavam enganadas.
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Geocentrismo Temporal
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Em termos astronómicos, somos um simples ponto num universo gigantesco. Imaginar que temos qualquer relevância em termos espaciais ou temporais é antropocentrismo no seu pior – quando na Ficção Científica lemos ou vemos que extraterrestres vêm à Terra para mudar o curso da nossa história e do resto do universo, temos que ver isto somente como uma forma de entretenimento. É um Geocentrismo temporal – continuamos a pensar que somos especiais no Universo, neste caso em termos de tempo. O mesmo se passa nestas previsões.
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É interessante ver que as previsões são só sobre o que se passa numa parte de um minúsculo ponto do espaço – Terra; na Ficção Científica, quando se viaja no Tempo, é dado a entender que não viajamos no espaço e as pessoas aparecem no mesmo sítio mas em tempos diferentes. Ambas as situações estão erradas porque se baseiam na premissa que as viagens no espaço estão estagnadas. Mas o que se passa de facto é que a Terra roda em torno de si própria, a Terra viaja pelo espaço ao redor do Sol, o Sol viaja à volta da Via Láctea, a Via Láctea por seu turno também se movimenta em direção a outras galáxias no nosso Grupo Local, o Grupo Local também viaja.... e assim sucessivamente.
Nada está parado no espaço. Se eu viajar no tempo 1 dia que seja e esperar não sair deste ponto, então já não me vou encontrar nesta sala, mas sim algures a flutuar no espaço. O tempo e o espaço estão interligados - quem diz que consegue ver o futuro está não só a afirmar isso mesmo, mas está incrivelmente também a dizer que consegue ver os eventos que acontecerão num pontinho irrelevante do espaço que se encontra a muitos milhões de quilómetros de distância (no ponto do espaço onde a Terra estará no futuro).
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sábado, 31 de dezembro de 2011
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Portagens das ex-SCUT: consulta on-line dos pagamentos em dívida
Todos os condutores que frequentam as ex-SCUT e não possuem o Dispositivo Eletrónico de Matrícula (DEM) têm de efetuar o pagamento nas estações de correios (CTT). Note-se que a este tipo de pagamento acresce o valor de 0,25 € por viagem, num máximo acumulado de 2 € para «despesas administrativas». Por outro lado, o lançamento da dívida, que terá de ser paga num prazo máximo de cinco duas úteis, acontece somente dois dias após a passagem nos pórticos.
Quem não dispuser ainda do DEM, pode consultar o valor em dívida no sítio dos CTT (clicar para aceder). Para tal, necessita apenas de introduzir a matrícula do veículo e um código de verificação «captcha», ou seja, a cadeia de carateres apresentada.
O senão tem a ver com o facto de qualquer pessoa que conheça a matrícula do «nosso» veículo ter acesso aos nossos dados enquanto viajantes, colocando assim em causa a privacidade de cada um.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Mais quatro barcos hotel a cruzar o rio Douro até 2014
«O Douro deverá contar com mais quatro barcos hotel até 2014, a juntar aos oito que já cruzam o rio desde o Porto até Barca de Alva, disse hoje à Agência Lusa o presidente da Turismo do Douro.
António Martinho referiu que o Douro é cada vez mais procurado por turistas, verificando-se também "um crescimento claro" a nível do cruzeiro fluvial, nomeadamente dos barcos hotel.
Atualmente cruzam a via navegável do Douro oito barcos hotel. Um número que, segundo António Martinho, deverá crescer para os 12 até 2014.»
Os gregos, o «deficit» e a falência
Escravidão |
Na Grécia Antiga, certo ano os atenienses exigiram dinheiro aos habitantes da ilha de Andros e, jocosamente, disseram-lhes que tinham de pagar porque havia dois deuses poderosos em Atenas que os compeliam a tal: «Por favor» e «É melhor pagar».
Havia, porém, um senão: os ilhéus eram muito pobres. Assim, responderam que a sua ilha era tão miserável que os únicos deuses que possuíam eram dois que se recusavam a partir: «Falido» e «Lamento muito».
Por outros palavras, quando não há com que pagar, todas as ameaçasse se revelam inúteis.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Obras de Almeida Garrett
Poesia
"Hino Patriótico" (1820 - poema)
"Hino Patriótico" (1820 - poema)
"Ao Corpo Académico" (1821 - poema)
"O Retrato de Vénus" (1821 - poema)
Lírica de João Mínimo (1829)
Romanceiro (1843 - volume I)
Flores sem Fruto (1845)
Folhas Caídas (1853)
Flores sem Fruto (1845)
Folhas Caídas (1853)
Lírica I (1853)
Narrativa
Adozinda (1828)
Narrativa
Adozinda (1828)
Viagens na Minha Terra, publicada em folhetins em 1843 e editada na íntegra em 1846
Arco de Sant'Ana (1845 - volume I; 1850 - volume II)
Arco de Sant'Ana (1845 - volume I; 1850 - volume II)
Teatro
Lucrécia (1819)
Mérope (1820)
Catão (1821)
Camões (1825)
D. Branca (1826)
Um Auto de Gil Vicente (1838)
Dona Filipa de Vilhena (1840)
O Alfageme de Santarém (1842)
Frei Luís de Sousa (representado pela primeira vez em 1843 e publicado em 1844)
Catão (1821)
Camões (1825)
D. Branca (1826)
Um Auto de Gil Vicente (1838)
Dona Filipa de Vilhena (1840)
O Alfageme de Santarém (1842)
Frei Luís de Sousa (representado pela primeira vez em 1843 e publicado em 1844)
Tio Simplício (1846)
Falar Verdade a Mentir (1846)
A Sobrinha do Marquês (1848)
A Sobrinha do Marquês (1848)
Discursos
"Oração fúnebre de Manuel Fernandes Tomás" (1823)
"Elogio fúnebre de Carlos Infante de Larcerda, Barão de Sabroso" (1830)
"Da Formação da Segunda Câmara das Cortes" (1837)
"Na Discussão da Lei da Décima" (1841)
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Viagens na Minha Terra
Biografia de Almeida Garrett
1799 A 4 de fevereiro, no seio de uma família burguesa,
nasce no Porto, mais precisamente na rua do Calvário, às Virtudes, numa casa
ainda hoje assinalada com uma lápide municipal, nos números 37, 39 e 41, João
Baptista da Silva Leitão, nome a que, mais tarde, acrescentará os apelidos
Almeida Garrett. De acordo com o seu biógrafo, Gomes de Amorim, o apelido
Baptista foi retirado do nome do seu padrinho, em sua homenagem, enquanto que
Almeida era apelido da avó materna e Garrett da sua avó materna, de ascendência
irlandesa.
Infância O período da infância, vivido até aos 10 anos em Vila Nova de
Gaia, entre a Quinta do Castelo e a Quinta do Sardão (ambas pertencentes à sua
família), foi decisivo no futuro do escritor e na construção do sentimento
poético de Garrett, alimentado pelas tradições populares reveladas nas
histórias e cantilenas/modinhas populares contadas e cantadas pelas duas velhas
criadas da família com quem conviveu: a velha Brígida (lembrada pelas suas
“histórias da carochinha” em Viagens na Minha terra) e a mulata Rosa de
Lima (surge no prefácio de Adozinda como recitadora de “maravilhas e
encantamentos, de lindas princesas, de galantes e esforçados cavaleiros”).
Estas recordações infantis despertarão nele o gosto pelas tradições nacionais
que o levaram desde muito novo a compilar os textos que, posteriormente, usou
na elaboração do Romanceiro e incluiu nalgumas peças de teatro.
1809 Em
consequência das Invasões Francesas, nomeadamente da segunda, comandada por
Soult, que entrou em Portugal por Chaves e se dirigiu, de seguida, para o
Porto, cidade que ocupou, a família viu-se obrigada a fugir, primeiro para
Lisboa e, depois, para os Açores, dado que o seu pai, António Bernardo da
Silva, um funcionário superior da Alfândega do Porto, tinha nascido na ilha do
Faial, o que explica o facto de a família se ter refugiado na Terceira, ilha
onde passou a sua adolescência, onde estudou Latim e Grego, literatura clássica
e filosofia, sob a orientação dos tios D. Frei Alexandre da Sagrada Família
(anterior bispo de Malaca e de Angra e bispo eleito do Congo e de Angola) e
João Carlos Leitão. Sob a influência dos tios e o desejo dos pais, Garrett
pensa abraçar a carreira eclesiástica, mas rapidamente desiste da ideia por
falta de vocação para o sacerdócio.
Ainda nas ilhas, começa a escrever,
sob o pseudónimo de Josino Duriense. Por outro lado, o contacto com a cultura
humanística clássica, nos Açores, através da leitura e do estudo dos grandes
tragediógrafos gregos e latinos, revelou e desenvolveu nele o gosto pelo teatro,
exemplificado pela escrita da tragédia Xerxes.
1816 De
regresso ao continente, matricula-se no curso de Direito na Universidade de
Coimbra, cidade onde funda uma sociedade maçónica com Manuel da Silva Passos e
José Maria Grande. Em Coimbra, funda também um teatro académico e faz
representar o seu drama Xerxes (que se perdeu) e a tragédia Lucrécia.
Na mesma época, inicia a escrita de duas tragédias, Afonso de Albuquerque
e Sofonista, que deixa incompleta.
1818 Em
1818, passou a usar os apelidos Almeida Garrett, à semelhança de toda a sua
família. A introdução desses dois apelidos reflete o esteticismo e o elitismo
social de Garrett.
1820 Concluída
a licenciatura em Direito, parte para Lisboa, onde participa na revolução
liberal, determinada pelos ideais de liberdade proclamados pela Revolução
Francesa, que marcam para sempre o percurso cívico e político de Garrett.
Enquanto dirigente estudantil e orador, defende o vintismo, escrevendo
inclusive um Hino Patriótico recitado no Teatro de S. João.
1821 Estreia
a tragédia Catão, acontecimento literário que lhe possibilita a entrada
na vida pública e o conhecimento de Luísa Midosi, prima de seus primos Luís
Francisco e Paulo Midosi. Neste mesmo ano, após a publicação do seu poema Retrato
de Vénus, é acusado nas páginas da “Gazeta Universal”, pelo padre José
Agostinho de Macedo, de ser “materialista, ateu e imoral”.
Funda a Sociedade dos Jardineiros.
Após nova viagem aos Açores, provavelmente por razões relacionadas com a sua
ligação à Maçonaria, estabelece-se em Lisboa, continuando aí a publicar textos
repletos de fervor patriótico.
Conclui a sua licenciatura.
1822 É
ilibado da acusação de materialismo, ateísmo e abuso de liberdade de imprensa,
resultante da publicação do poema O Retrato de Vénus e das respostas que
deu em sua defesa no periódico “Português Constitucional Regenerado”.
Funda, com o amigo Luís Francisco
Midosi, um jornal dedicado às senhoras portuguesas: “O Toucador”.
Em 11 de novembro, casa-se com Luísa Midosi, após
ter assumido o lugar de chefe de repartição da instrução pública.
1823 Na
sequência da Vilafrancada, o golpe militar chefiado por D. Miguel que teve como
consequência o restabelecimento do Absolutismo, e a instabilidade política que
se lhe segue, Garrett é obrigado a abandonar o seu cargo na Secretaria dos
Negócios do reino, é preso na Cadeia do Limoeiro, em Lisboa, e a exilar-se por
duas vezes: em Inglaterra, de 1823 a 1824, e em França, de 1824 a 1826, onde
contactou com a nova estética – o Romantismo. O exílio acabou por ser decisivo
para a sua vida política e para a notoriedade literária, visto que lhe permitiu
a integração nos círculos de emigrados liberais e o contacto com o Romantismo
europeu, que importaria para Portugal, tornando-se na sua figura central,
juntamente com Alexandre Herculano.
Garrett e a família vivem com muitas dificuldades
durante o exílio, dado que o poeta apenas consegue emprego num banco como
correspondente comercial.
1825 É
publicado, em Paris, o poema Camões.
1826 É
publicado, em Paris, o poema D. Branca, que, juntamente com Camões,
são obras de temática nacionalista, consideradas marcos fundadores do
Romantismo português e cuja escrita é influenciada pelas leituras das obras de
Shakespeare, Byron e Walter Scott durante o primeiro exílio inglês.
Após a morte de D. Afonso VI, Almeida
Garrett é amnistiado e regressa à pátria, após a Outorga da Carta
Constitucional e da abdicação de D. Pedro IV em favor da sua filha D. Maria da
Glória. Em Lisboa, funda com Paulo Midosi o jornal “O Português” e escreve em
“O Cronista”.
1927 Garrett
e os dois irmãos Midosi são presos devido aos seus artigos em defesa do
Liberalismo.
1828 O
regresso de D. Miguel a Portugal força Garrett a novo exílio em Inglaterra, que
se prolonga até finais de 1831. Desta vez, tem como emprego o cargo de
secretário particular do Duque de Palmela, também exilado em Inglaterra, e
fixa-se em Plymouth. Em Londres, publica Adozinda e Bernal Francês
(texto mais tarde inserido no Romanceiro).
1829 Publica,
ainda em Londres, a Lírica de João Mínimo, que reúne poemas escritos
desde a juventude. Redige o jornal “O Chaveco Liberal” e inicia a escrita de Da
Educação, que visa a instrução da nova rainha D. Maria II para o cargo que
ocupa.
1831 Escreve
nas páginas de “O Precursor”. Segue, em dezembro, para França (onde prepara,
com outros exilados, a expedição que visa o fim do Absolutismo) e,
posteriormente, para os Açores, em 1832.
1832 Regressa
a Portugal, desembarcando primeiro nos Açores, integrando com Alexandre
Herculano, como voluntários, o exército liberal de D. Pedro e participando
ativamente no desembarque do Mindelo (em julho) e no cerco e libertação do
Porto, em julho de 1832.
Inicia a escrita do seu primeiro
romance – O Arco de Sant’Ana –, que se teria baseado num antigo
manuscrito encontrado no Convento dos Grilos, onde os expedicionários se aquartelam,
e cujo primeiro volume só é publicado em 1845.
1834 Parte
para a cidade de Bruxelas, na Bélgica, para assumir o cargo de Cônsul-Geral e
Encarregado de Negócios de Portugal. Nessa urbe, entra em contacto com as obras
dos grandes escritores românticos alemães, como Goëthe e Schiller.
1836 Regressa
a Portugal, separa-se de Luísa Midosi e passa a viver com Adelaide Pastor
Deville, com quem terá uma filha. Em simultâneo, afirma-se como um claro
opositor ao regime, ao lado de Passos Manuel, velho amigo dos tempos de Coimbra.
Após a Revolução de Setembro, forma-se novo governo de esquerda liberal, tendo
Garrett sido eleito deputado às cortes constituintes e nomeado por Passos
Manuel Presidente do Conservatório de Arte e incumbido de reformar o teatro
nacional. O projeto para a renovação da Arte em Portugal é descrito no prefácio
de Um Auto de Gil Vicente (1838), um dos primeiros contributos de
Garrett para a criação de um repertório teatral português.
1837 É
nomeado Inspetor-Geral dos Teatros, o que lhe permite fundar o Teatro Nacional
D. Maria II e o Conservatório Nacional, a primeira escola portuguesa de atores.
1838 A
sua ação em prol da dinamização do teatro português prossegue com a publicação
de Um Auto de Gil Vicente (1838), Dona Filipa de Vilhena (1840) e
O Alfageme de Santarém (1842), procurando, assim, dinamizar o quase
inexistente repertório dramático nacional.
1841 O
ministro António José de Ávila propõe a dissolução do Conservatório. O deputado
Almeida Garrett responde-lhe diretamente e, no dia seguinte, é demitido de
todos os seus cargos. Falece Adelaide Pastor, deixando órfã a filha de ambos.
1843 Desencantado
com a evolução da causa liberal durante o governo cabralista, Garrett afasta-se
dos cargos políticos, mas não abdica do seu patriotismo empenhado, como se pode
comprovar em Viagens na Minha Terra, obra escrita neste ano que denuncia
o materialismo excessivo que conduz à degradação física e moral do país e cuja
primeira parte é publicada em folhetins na “Revista Universal Lisbonense” (a
edição só fica concluída em 1846). As Viagens são inspiradas por um
passeio pelo Ribatejo a convite de Passos Manuel, então na oposição ao governo
de Costa Cabral. Ainda neste ano, é publicado o primeiro volume do Romanceiro
e feita a primeira representação de Frei Luís de Sousa, com Garrett a
desempenhar o papel de Telmo Pais, no teatro da Quinta do Pinheiro.
1844 É
publicado Frei Luís de Sousa, três anos após a morte de Adelaide Pastor
Deville, quando o escritor conhece Rosa de Montufar Barreiros, Viscondessa da
Luz, por quem se apaixona e a quem dirige cartas de intensa paixão e que lhe
inspira a escrita dos poemas de Folhas Caídas.
1845 Publica
o romance O Arco de Sant’Ana, iniciado em 1832, durante o cerco do
Porto, mas cujo primeiro volume só sai em 1845, e Flores sem Fruto.
1846 Nos
tempos do Cabralismo e seguintes, afastado da vida política, passa a frequentar
a sociedade elegante e escreve as peças Tio Simplício, Falar Verdade
a Mentir, Um Noivado no Dafundo.
1848 É
representada a peça A Sobrinha do Marquês no Teatro D. Maria II e logo a
seguir publicada.
1851 Com
a Regeneração, Almeida Garrett retoma a vida política, tendo sido nomeado, em
julho, Ministro dos Negócios Estrangeiros, após a nomeação de Visconde e Par do
Reino.
O governo francês concede-lhe o
título de Grande Oficial da Legião de Honra.
São publicados os volumes II e II do Romanceiro.
1852 É
novamente eleito deputado. Escreve e lê, na Câmara, o “Discurso de Resposta ao
Discurso da Coroa”.
1853 Publica
Folhas Caídas, uma coletânea de poemas marcados por um subjetivismo de
cariz confessional em cuja génese está a paixão avassaladora e adúltera por
Rosa de Montufar.
Com a Regeneração, regressa à
administração do Teatro Nacional, mas demite-se a pedido dos atores e autores.
Já muito doente, começa a escrever Helena,
a obra que seria o seu terceiro romance. Apesar de o seu estado de saúde se
agravar de dia para dia, ainda apresenta o “Relatório e Bases para a Reforma
Administrativa”.
1854 Profere,
na Câmara dos Pares, a resposta ao Discurso da Coroa de 1854.
Falece a 9 de dezembro, aos cinquenta
e cincos anos, vitimado por um cancro hepático, após uma vida política e cívica
intensa: estudante revolucionário em Coimbra (1820), jornalista interventivo
perseguido pelas suas ideias liberais (1822-1823), preso e exilado político por
diversas vezes (1823-1827 e 1828-1832), soldado da causa liberal, “bravo do
Mindelo” que combateu no cerco do Porto, secretário da missão diplomática em
Madrid, Paris e Londres, em prol da causa liberal, colaborador ativo de várias
tarefas a nível governativo, cônsul geral na Bélgica (1834-1836), resistente
político durante a ditadura do governo de Costa Cabral (1842-1846 e 1849-1851),
Par do Reino (1851) e Ministro dos Negócios Estrangeiros (1852), durante a
Regeneração. É sepultado no Cemitério dos Prazeres. Os seus restos mortais são
depositados no Mosteiro dos Jerónimos em 1903 e trasladados para Santa Engrácia
em 1966, aquando da inauguração do monumento como Panteão Nacional.
Fontes:
* História da Literatura Portuguesa, de António José Saraiva e Óscar Lopes;
* Coleção Resumos;
* Dicionário da Literatura, de Jacinto do Prado Coelho;
* Leituras - Revista da Biblioteca Nacional (n.º 4, primavera de 1999).
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domingo, 25 de dezembro de 2011
Natal
Devia ser neve humana
A que caía no mundo
Nessa noite de amargura
Que se foi fazendo doce...
Um frio que nos pedia
Calor irmão, nem que fosse
De bichos de estrebaria.
Miguel Torga, Diário IV (1948)
A que caía no mundo
Nessa noite de amargura
Que se foi fazendo doce...
Um frio que nos pedia
Calor irmão, nem que fosse
De bichos de estrebaria.
Miguel Torga, Diário IV (1948)
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