terça-feira, 8 de janeiro de 2019
sábado, 5 de janeiro de 2019
sexta-feira, 4 de janeiro de 2019
Origem da letra A
A vogal A, a primeira e a mais usada letra do nosso alfabeto, provém do grego alfa.
Até chegar ao latim, é provável que tenha passado pelo etrusco, mas é inquestionável que o herdámos dos helénicos.
No entanto, a origem da sua configuração, do seu desenho, reside nos Fenícios. De facto, o nosso A era uma letra fenícia, o aleph, que significava touro:
Se virarmos o desenho da letra ao contrário, obteremos isto:
Imaginando que as duas pernas do A são dois chifres, é relativamente fácil «ver» ali um touro. Mais: o "aleph" sugere, quase na perfeição, um touro virado para a esquerda:
E onde terão ido os Fenícios buscar este desenho? Muito provavelmente aos hieróglifos egípcios.
Este touro em Lascaux não é escrita, pois esta surgiu apenas quando começámos a associar o desenho ao som e não ao próprio objeto representado por ele.
É esse o princípio de qualquer sistema de escrita: se o desenho de um touro representava um touro, a certa altura começou a representar a palavra «touro» e, com mais um salto, o som da palavra - tanto que, se os mesmos sons quisessem dizer também outra coisa qualquer, podíamos usar o mesmo desenho.
Durante milénios, a larguíssima maioria da população não fazia ideia de que letra esta esta, mas o som está nos lábios de todos.
Mas, já agora, qual era o som do aleph fenício? Já era o nosso A? O som original seria o de uma oclusiva glotal, um som que não existe em português (uma paragem do som na garganta, que ouvimos no árabe, por exemplo).
O alfabeto fenício não tinha um símbolo próprio para o A. Os gregos, com uma língua cheia de vogais, precisavam de um símbolo para esse som. Foram então buscar o aleph fenício, que deixou de ser uma consoante e passou a representar a vogal que hoje conhecemos.
Na nossa cabeça, a ligação entre som e os rabiscos que usamos para o representar é tão forte que é difícil dizer A sem pensar num A. Para nós, a associação entre o som e o grafema / a letra é natural.
No entanto, o som podia ser representado por outro símbolo qualquer, como aliás acontece em línguas como o georgiano, arménio, japonês... Não há nada na natureza do som A que o ligue a este desenho de dois chifres virados ao contrário.
O som A é apenas uma vibração particular do ar criada pelas cordas vocais, pela língua e pelos lábios. Depois, há milénios, na Grécia Antiga, começámos a usar o desenho de um touro para representar este som.
Este touro em Lascaux não é escrita, pois esta surgiu apenas quando começámos a associar o desenho ao som e não ao próprio objeto representado por ele.
É esse o princípio de qualquer sistema de escrita: se o desenho de um touro representava um touro, a certa altura começou a representar a palavra «touro» e, com mais um salto, o som da palavra - tanto que, se os mesmos sons quisessem dizer também outra coisa qualquer, podíamos usar o mesmo desenho.
Durante milénios, a larguíssima maioria da população não fazia ideia de que letra esta esta, mas o som está nos lábios de todos.
Mas, já agora, qual era o som do aleph fenício? Já era o nosso A? O som original seria o de uma oclusiva glotal, um som que não existe em português (uma paragem do som na garganta, que ouvimos no árabe, por exemplo).
O alfabeto fenício não tinha um símbolo próprio para o A. Os gregos, com uma língua cheia de vogais, precisavam de um símbolo para esse som. Foram então buscar o aleph fenício, que deixou de ser uma consoante e passou a representar a vogal que hoje conhecemos.
Na nossa cabeça, a ligação entre som e os rabiscos que usamos para o representar é tão forte que é difícil dizer A sem pensar num A. Para nós, a associação entre o som e o grafema / a letra é natural.
No entanto, o som podia ser representado por outro símbolo qualquer, como aliás acontece em línguas como o georgiano, arménio, japonês... Não há nada na natureza do som A que o ligue a este desenho de dois chifres virados ao contrário.
O som A é apenas uma vibração particular do ar criada pelas cordas vocais, pela língua e pelos lábios. Depois, há milénios, na Grécia Antiga, começámos a usar o desenho de um touro para representar este som.
O artigo original, da autoria de Marco Neves, pode ser encontrado aqui [ncultura].
terça-feira, 1 de janeiro de 2019
Fonema e grafema
O fonema é a unidade mínima de som de uma
língua que, ao comutar com outras unidades no mesmo contexto, permite
distinguir palavras.
Ao
pronunciarmos, por exemplo, as palavras “bem”
e “vem”, para as distinguirmos, não
podemos trocar o b pelo v, caso contrário provocamos a não
distinção dos significados.
Se
tomarmos o elemento –io, a comutação
dos fonemas t, f, p permite que produzamos
três palavras diferentes: tio, fio, pio.
Podemos,
assim, concluir que a comutação de um destes elementos fónicos mínimos
existentes numa palavra pode ser suficiente para originar uma outra com
significado próprio.
A representação gráfica dos fonemas é
feita por grafemas ou letras. Geralmente, a cada fonema
corresponde uma letra, todavia nem sempre há uma relação direta entre fonema e
grafema, podendo haver diferentes situações:
1.ª) o mesmo fonema pode ser
representado por grafemas (letras) diferentes: chave – xaile;
2.ª) um fonema pode ser representado
por duas letras: [∫] → ch → chave;
3.ª) uma letra pode representar mais do
que um fonema: s → casa → saco.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
Caminhada contra a violência sobre a língua
domingo, 30 de dezembro de 2018
Translineação
Quando
escrevemos, por vezes temos de dividir uma palavra com duas ou mais sílabas
através de hífen, ficando parte dela na linha superior e a parte restante na
linha inferior / seguinte.
1. Regra geral
Regra
geral, a divisão da palavra faz-se por silabação,
ou seja, separando as sílabas, respeitando a sua soletração: bas-que-te-bol. Existem, no entanto,
alguns casos especiais.
2. Regras
específicas
2.1. Não são
divisíveis:
a) As vogais que formam ditongo:
. o-ra-ção
. cons-ti-tui
. de-bai-xo
. pon-tei-ro
. a-nui-da-de
. oi-ro
. lei-tão
. lei-te
b) As vogais ou ditongos que ocorrem
depois dos grupos qu ou gu:
. á-gua
. pe-quei
. quan-do
. a-gua-re-la
. quin-ta
c) Os dígrafos ch, nh e lh:
. ca-cho
. o-ve-lha
. ni-cho
. ca-ri-nho
. ra-ma-lhe-te
. mo-cho
. le-nha
. Gui-lher-me
d) Duas consoantes diferentes que
ocorram em início de sílaba (c, g, d,
t, p, b, f, v
+ l ou r):
.abs-tra-ir
. le-tra
. re-pli-car
. re-gra
. lem-bran-ça
. ma-dru-ga-da
Se não há estes grupos, a
divisão faz-se antes da última consoante: abs-tem-ção.
e) Os grupos consonânticos pn, ps e mn:
. pneu-má-ti-co
. psi-có-lo-go
. a-mné-sai
. bí-ceps (NOTA: não há sílaba sem vogal)
f) A sequência de vogais átonas em
sílaba final –ia, –ie, –io, –ao, –ua, –eu, –uo:
. fan-ta-sai
. sé-rie
. ro-do-pio
. Lis-boa
. fa-lua
. té-nue
. vá-cuo
g) O s final de prefixos como bis-,
cis-, dis-, des-, trans-, trans-, quando a sílaba inicial da forma de base começa por
consoante:
. bis-ne-to
. cis-jor-dâ-nia
. des-con-ten-te
. dis-fó-ri-co
. tras-la-da-ção
. trans-la-da-ção
Pode separar-se, porém, o s final dos mesmos prefixos quando a
forma de base começa por vogal:
. bi-sa-vô
. ci-sal-pi-no
. de-sa-li-nho
2.2. São divisíveis:
a) As vogais ou grupos de vogais, que
ocorre em sílabas diferentes:
. co-or-de-na-ção
. sa-ú-de
. mi-ú-do
. en-sai-os
. cai-ais
. cons-tru-i-a (dois hiatos contíguos)
b) Duas consoantes iguais (consoantes
dobradas) (1) e os grupos sc,
sç, xc (2):
(1) as-so-ar
ar-ras-tar
co-mum-men-te
con-nos-co
(2) nas-cer
sec-ção
ex-ce-to
c) Duas consoantes diferentes que
pertencem a sílabas diferentes:
. fac-to
. ob-ter
. pac-to
. pal-ma
. ab-so-lu-to
. Se um hífen
coincide com o fim da linha, deve repetir-se no início da linha seguinte:
- guarda-/-roupa
- grão-/-de-bico ou
grão-de-/-bico
. Deve evitar-se deixar uma só vogal
na partição da palavra, isto é, em final e em início de linha.
|
Emprego da LETRA MAIÚSCULA
Escrevem-se com letra maiúscula:
1. A primeira palavra de uma frase e,
frequentemente, de um verso.
2. Os nomes próprios:
a) Antropónimos (nomes de pessoas),
reais ou fictícios, e alcunhas: João,
Luís, D. Quixote, Popeye.
b) Topónimos (nome de lugares – países,
cidades, rios, montanhas, regiões, continentes…): Portugal, Sesimbra, Vouga, Serra da Estrela, Alentejo, Europa.
c) Etnónimos
(nomes de povos e grupos regionais): Africano, Alentejano (vide Ciberdúvidas).
d) Nomes de entidades sagradas: Deus, a
Virgem, Nossa Senhora, Alá.
e) Pronomes pessoais referentes a Deus e
a Nossa Senhora: A Deus, amem-Lo.
f) Nomes de astros e divindades pagãs
/ da mitologia: Sol, Lua, Júpiter, Vénus, Zeus, Afrodite.
g) Nomes de épocas históricas e festividades
públicas e tradicionais: Natal,
Páscoa, Iluminismo, Renascimento, Ramadão.
h) Nomes de instituições, de empresas
e de marcas: Ministério da Educação, Caixa Geral de Depósitos, Museu do Fado,
Renault.
i) Nomes que referem valores e conceitos relevantes: Justiça,
Liberdade, Estado, Pátria.
j) Títulos
de periódicos, que retêm o itálico: O
Primeiro de Janeiro, O Estado de São Paulo.
k) Pontos
cardeais ou colaterais, quando
empregados de modo absoluto / designam regiões, e nas suas abreviaturas:
. No Norte (= norte de
Portugal), chove muito.
. O Nordeste (= nordeste
do Brasil) é muito pobre.
. Meio-Dia (pelo sul da
França ou de outros países).
. O Ocidente (= o
ocidente europeu) está em crise.
. Jorge Jesus treina no
Oriente (= o oriente asiático).
. N (Norte), S (Sul), E (Este), O (Oeste), NE
(Nordeste).
l) Nomes de animais: Trovão, Bolinhas,
Farrusco.
3. As siglas e os acrónimos, símbolos e abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas: SLB, PSP, UNESCO, NATO, H2O.
4. É
opcional o uso de maiúsculas ou minúsculas, em início de palavra, nos seguintes
casos:
a) Nomes de vias públicas ou lugares
públicos (templos e edifícios), excetuando os nomes próprios neles
incluídos: Igreja da Lapa ou igreja da Lapa, Largo de Camões ou largo de
Camões, Igreja do Bonfim ou igreja do Bonfim, Palácio da Cultura ou palácio
da Cultura).
b) Nomes de cursos e disciplinas
escolares ou domínios do saber: Português
ou português, Medicina ou medicina.
c) Títulos
de livros ou obras equiparadas (o primeiro elemento deve ser sempre escrito com
maiúscula inicial, bem como os nomes próprios que neles ocorram): A Ilustre Casa de Ramires ou A ilustre casa de Ramires.
d) Formas de tratamento: Exmo. Sr. ou exmo. sr., Vossa Santidade
ou vossa santidade, Senhor Professor ou senhor professor.
e) Palavras
usadas referencialmente, aulicamente
ou hierarquicamente: Presidente Marcelo ou presidente Marcelo.
f) Nomes de santos (hagiónimos): Santa
Maria Adelaide ou santa Maria
Adelaide.
5. Com o
Acordo Ortográfico, passaram a escrever-se com letra minúscula:
a) os nomes dos meses do ano: janeiro, setembro, maio;
b) as estações do ano: primavera, verão, outono, inverno;
c) os pontos cardeais e colaterais: norte, sul, este, oeste, noroeste…
sábado, 29 de dezembro de 2018
Regras da ACENTUAÇÃO
1. Palavras esdrúxulas / proparoxítonas
Todas as palavras esdrúxulas são
acentuadas:
1. Com acento agudo, quando as vogais
da sílaba tónica são as vogais fechadas a,
e ou o, as vogais altas i ou u ou ditongo oral começado por vogal baixa:
. fábrica
. arquipélago
. autódromo
. líquido
. último
. hidráulico
2. Com acento circunflexo, se a vogal
da sílaba tónica [a, e, o]
for média, isto é, pronunciada com a língua em posição neutra:
. câmara
. farmacêutico
. recôndito
3. NOTA: Consideram-se
esdrúxulas as palavras terminadas em ditongo crescente:
. área
. amêndoa
. argênteo
. côdea
. espécie
. glória
. Islândia
. légua
. língua
. mágoa
. náusea
. nódoa
. serôdio
. vácuo
2. Palavras graves / paroxítonas
As palavras graves não são, regra geral,
acentuadas graficamente:
. calado
. tratado
. floresta
. americano
. tradicionalmente
Acentuam-se,
porém:
1. Com acento agudo:
a) as palavras terminadas em l, m,
n, r, x e ps cujas vogais tónicas são orais:
. saudável
. álbum
. abdómen
. caráter
. córtex
. bíceps
. fórceps
b) as palavras terminadas em i ou u, seguidos ou não de s:
. lápis
. b´
. bónus
. vírus
. púbis
c) as palavras cujas vogais tónicas i ou u não formam ditongo com a vogam que as precede (hiato) (1),
exceto quando são seguidas de nh (2), de m, n
ou r que não iniciam sílaba (3):
(1) baía, saía, atraíram, miúdo, ruído, saúde
(2) grainha, moinho,
ventoinha
(3) Coimbra, ainda
d) as palavras terminadas em ditongo oral, seguido ou não de s:
. amáveis
. túneis
. fósseis
. pónei
e) as palavras terminadas em vogal nasal ou ditongo nasal, seguidos ou não de s:
. órfã
. órgão
. acórdão
2. Com acento circunflexo:
a) as palavras terminadas em l, n,
r ou x e em que na sílaba tónica ocorre uma vogal oral média ou nasal:
. cônsul
. cânon
. âmbar
. bômbix
b) as palavras terminadas em –ão(s), –ei(s), –i(s) ou –us:
. bênção
. fôsseis (do verbo “ir”)
. ânus
NOTA: Algumas destas palavras, graves
no singular, tornam-se esdrúxulas no plural: cânones, cônsules.
c) as palavras constituídas por formas
verbais que podem confundir-se com outras:
. amámos
(pretérito perfeito do indicativo) / amamos
(presente do indicativo)
. pôde
(pretérito perfeito do indicativo) / pode
(presente do indicativo)
. dêmos
(presente do conjuntivo) / demos
(pretérito perfeito do indicativo)
Acordo Ortográfico
Com a
entrada em vigor do Acordo Ortográfico promulgado em 2009, deixaram de se
acentuar as palavras graves nos casos seguintes:
1. na terceira pessoa do plural do
presente do indicativo ou do conjuntivo de formas verbais em que ocorre um e tónico médio seguido da terminação –em (verbos “crer”, “dar”, “ler”, “ver”,
etc.):
. creem
. deem
. leem
. veem
2. na flexão do presente do
indicativo dos verbos arguir e redarguir:
. arguis, argui, arguem
. redarguis, redargui,
redarguem
3. nas homógrafas de palavras com
vogal tónica aberta ou fechada, sendo apenas o contexto em que ocorrem a
distingui-las:
. para
(forma do verbo “parar”) / para
(preposição)
. pelo
(forma do verbo “pelar”) / pelo
(nome) / pelo (contração da
preposição “por” com o determinante artigo definido “o”)
. polo
/ polo
4. nas palavras em que ocorre o
ditongo tónico oi:
. asteroide
. boia
. estoico
. espermatozoide
. heroico
. jiboia
. joia
. paleozoico
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1. É obrigatória a acentuação gráfica
da forma verbal pôde (3.ª pessoa do singular do pretérito perfeito do
indicativo) para a distinguir da forma pode (3.ª pessoa do singular do
presente do indicativo).
2. É facultativa a acentuação gráfica
das formas do tipo amámos, louvámos, para as
distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo: amamos.
Louvamos.
|
3. Palavras agudas / oxítonas
Acentuam-se
graficamente:
1. Com acento agudo:
a) as palavras terminadas nas vogais
baixas a, e ou o, seguidas ou não
de s:
. pá(s)
. café(s)
. avó(s)
. amá-lo
b) palavras terminadas em i ou u, seguidos ou não de s,
precedidos de outra vogal com a qual não formam ditongo:
. aí
. país
. baú(s)
. Luís
c) palavras constituídas por duas ou
mais sílabas (dissílabos, trissílabos e polissílabos), terminadas em –em ou –ens:
. ninguém
. armazéns
. porém
. Santarém
d) palavras terminadas em ditongos orais abertos éi, éu, ói, seguidos ou não de s
(para os distinguir dos contextos em que estes ditongos ocorrem fechados):
. anéis
. painéis
. chapéu
. caracóis
. lençóis
2. Com acento circunflexo:
a) palavras terminadas em e
ou o médios, seguidos ou não de s:
. vê(s)
. avô(s)
. pôr
A
forma verbal pôr acentua-se para
não se confundir com a preposição por,
porém o mesmo não sucede com os verbos derivados: dispor, compor, antepor, supor, etc.
|
b) as formas dos verbos ter e vir e seus derivados, na
3.ª pessoa do plural do presente do indicativo:
. têm, retêm
. vêm, provêm
4. A acentuação e o hífen
Nos
casos em que ocorre hífen, nomeadamente em palavras formadas por composição e
nas formas verbais com pronome pessoal átono, enclítico ou mesoclítico, as
regras da acentuação aplicam-se a cada um dos elementos, como se se tratasse de
palavras autónomas:
. água-de-colónia
. Trás-os-Montes
. fá-lo
. fá-lo-á
. distribuí-lo
5. Uso do acento grave
O
acento grava usa-se nos seguintes casos:
a) para assinalar a contração da preposição a com as formas femininas do artigo ou
do pronome demonstrativo a:
. a + a > à
b) para assinalar a contração da
preposição a com os demonstrativos aquele(a), aqueles(as), aquilo:
. àquele(s)
. àquela(s)
. àquilo
Bibliografia:
. Gramática
do Português, Maria Regina Rocha;
. Domínios,
Zacarias Nascimento e Maria Vieira Lopes;
. Da Comunicação à Expressão, M. Carmo Lopes et ali
Costa e Nogueira, a brincadeira de crianças
(c) Henricartoon |
quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
"Mandato" ou "mandado": a confusão continua
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
A prenda de Natal de Marcelo Rebelo de Sousa: um orçamento fraudulento
"O Orçamento de Estado 2019 foi promulgado pelo Presidente. Um OE que prevê 1700 milhões de euros para "tapar buracos" na Banca (corrupção). A estes somam-se 1500 milhões para as ruinosas parcerias público-privadas rodoviárias (que deveriam ser apenas 340!, mais corrupção). Ainda quatro mil milhões para participações em empresas (?!) não explicados (corrupção?). E mais 1200 milhões para a Parpública (mais participações). Só em despesas extraordinárias desbarata-se mais de 10% do Orçamento de Estado.
Nos últimos anos, o Orçamento transformou-se no principal instrumento de corrupção de Estado. Marcelo deveria ter vetado o documento. Mas preferiu continuar com a tradição e pactuar com um (mais um!) Orçamento opaco, obscuro, fraudulento.
Porque ninguém fala disto, partilhem por favor, a bem da verdade!"
O post original pode ser encontrado no Portugal Glorioso [aqui].
domingo, 23 de dezembro de 2018
Género da palavra "hambúrguer"
De acordo com Sandra Duarte Tavares (500 erros mais comuns da língua portuguesa, pp. 29 e 30, 2.ª ed.), "A palavra hambúrguer provém do inglês hamburger e corresponde à abreviatura da expressão hamburger steak, que designa um bife à moda de Hamburgo [cidade alemã].".
Foram os imigrantes alemães de Hamburgo que a introduziram nos Estados Unidos, de onde se espalhou para o mundo.
Foram os imigrantes alemães de Hamburgo que a introduziram nos Estados Unidos, de onde se espalhou para o mundo.
Na adaptação deste estrangeirismo ao português, ocorreu a alteração gráfica de - ger para - guer e o seu género manteve-se no masculino.
Exemplo: Pedi um hambúrguer com queijo e cebola."
Tanta coisa a vir-se!
Os jornalistas da nossa praça estão sempre a inovar, seja no campo da sexualidade (partes do corpo humano, além das «tradicionais», proporcionam orgasmos - caras, ombros, olhos enraivecidos), seja no da língua (confundindo a terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo «ver» com a mesma do verbo «vir[-se]»).
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