Henricartoon |
Nascido a 25 de Janeiro de 1942 na então Lourenço Marques,
hoje Maputo, Eusébio tornou-se o maior símbolo do futebol português. Vindo de
Moçambique, depois de ter jogado no Sporting de Lourenço Marques, chegou ao
clube de Lisboa no Inverno de 1960. Foi nessa década que o “Pantera Negra” mais
brilhou nos relvados, no Benfica e ao serviço da selecção de Portugal, no
Mundial de 1966, onde foi o melhor marcador.
Sete vezes melhor goleador do campeonato português (1963/64,
64/65, 65/66, 66/67, 67/68, 69/70 e 72/73), duas vezes melhor marcador europeu
(1967/68 e 72/73), Eusébio foi uma vez eleito melhor futebolista europeu mas é
considerado um dos maiores futebolistas mundiais de todos dos tempos.
Foi 11 vezes campeão nacional pelo Benfica - alinhando em
294 jogos, nos quais marcou 316 golos -, ganhou cinco Taças de Portugal, foi
campeão europeu em 1961/62 e finalista da Taça dos Campeões em 1962/63 e 67/68.
No total, foram 546 os golos que marcou pela selecção
portuguesa e ao serviço dos clubes por que passou. Pelo Benfica, foram 473, em
440 jogos oficiais. Cometeu a proeza de marcar 32 golos em 17 jogos
consecutivos, tendo ainda conseguido marcar seis golos no mesmo jogo em três
ocasiões. O guarda-redes que mais golos seus sofreu foi Américo, do FC Porto
(17).
Jogou no Benfica até 1975, tendo depois actuado ainda em
clubes da América do Norte, no Beira Mar e no União de Tomar – esta última uma
breve experiência que durou até Março de 1978, após o que regressou aos EUA
para tentar uma efémera experiência no futebol indoor.
Participou em 64 jogos da selecção de Portugal, pela qual se
estreou em 8 de Outubro de 1961.
No Mundial de 1966, em Inglaterra, em que Portugal foi o
terceiro classificado, venceu o troféu destinado ao melhor marcador da prova,
com nove golos, e foi considerado o melhor jogador da competição.
Ficou célebre a sua actuação no jogo com a Coreia do Norte,
dos quartos-de-final desse mundial, em que marcou quatro golos, contribuindo
decisivamente para a vitória de Portugal a por 5-3, depois ter estado a perder
por 0-3. "Foi o meu dia", recordou mais tarde,quando, no Mundial de
2010, na África do Sul, a equipa portuguesa voltou a defrontar a asiática.
(c) Público