terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Título
· Título inicial: Portugal
» alterado, a conselho do seu amigo Cunha Dias;
» razão: o nome da pátria estava muito associado a textos publicitários, que promoviam,
por exemplo, marcas de sapatos e nomes de hotéis;
» exemplo de slogan da época: "Portugalize os seus pés".
· Mensagem:
» o título é constituído por 8 letras:
. 8 é o número do equilíbrio cósmico que simboliza a palavra criadora;
. 8 é o símbolo da ressurreição, da mudança e do anúncio de um novo tempo.
· Mensagem:
» mensagem = comunicação, missiva;
» o vocábulo pressupõe a existência de um emissor e de um receptor, desde logo
sugeridos na epígrafe da obra - "Benedictus Dominus Deus Noster qui dedit nobis
Signum" ("Bendito Deus Nosso Senhor que nos deu o Sinal");
» emissor da mensagem: Deus;
» receptor: o Poeta, que, pelo seu génio, foi eleito por Deus, para dar conhecimento da
mensagem à tribo de que será guia e profeta, transformando-se também em emissor.
· Mensagem:
» afirmação de Anquises, personagem da Eneida, quando explica a Eneias, descido aos
Infernos, o sistema do Universo – Mens agitat molem = a mente move a matéria;
» Mensagem será, assim, um anagrama da afirmação: mens + ag(itat mol) + em;
» o objectivo da obra seria mover as «moles» (a matéria) humanas através da poesia;
» simbologia da descida aos Infernos:
. poder associado às ideias de decadência e subsequente renascimento, sendo
esse o processo cíclico apontado como condição necessária ao ressurgimento
da pátria num estado ideal;
. aceitando a morte do passado, o poder fecundador do mito trará um futuro
perfeito.
· Mensagem:
» poderá ainda estar ligado à expressão «ens gemma», isto é, ente em gema, ovo;
» tal significaria Portugal em essência, em gema;
» associação do título à ideia de encantamento, de magia: para os alquimistas, o ovo
filosófico é o embrião da vida espiritual, do qual eclodirá a sabedoria;
» no ovo, concentram-se todas as possibilidades de criar, recriar, renovar e ressurgir.
Ele é a prova e o receptáculo de todas as transmutações e metamorfoses.
· Mensagem:
» a palavra mensagem pode ser «recortada», permitindo construir as expressões mea
gens ou gens mea, isto é, «minha gente» ou «gente minha», remetendo para a raça de
heróis nomeados ao longo da obra;
» outra hipótese remete para mensa gemmarum, isto é, o altar ou mesa onde repousam
as gemas portuguesas – Portugal é onde se procede ao sacrifício necessário à realização
do sagrado;
» Portugal seria, assim, o altar onde os sacrifícios em nome do divino foram realizados.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Plano (Álvaro de Campos e Pablo Picasso)
Título: A construção da arte pela destruição da estética
Introdução:
- Enquadramento de Pablo Picasso (quem foi);
- Enquadramento de Álvaro de Campos.
Desenvolvimento:
- Conceito clássico de arte;
- Conceito de obra artística para Pablo Picasso com base na imagem;
- Conceito de obra artística de Álvaro de Campos de acordo com as suas palavras;
- Definição de arte no modernismo, com base nos exemplos propostos.
Conclusão:
- Principais ideias veiculadas: será a arte definitiva ou definidora?;
- Pontos de aproximação e/ou rotura entre as duas obras e entre os conceitos pré-aceites pela sociedade.
Introdução:
- Enquadramento de Pablo Picasso (quem foi);
- Enquadramento de Álvaro de Campos.
Desenvolvimento:
- Conceito clássico de arte;
- Conceito de obra artística para Pablo Picasso com base na imagem;
- Conceito de obra artística de Álvaro de Campos de acordo com as suas palavras;
- Definição de arte no modernismo, com base nos exemplos propostos.
Conclusão:
- Principais ideias veiculadas: será a arte definitiva ou definidora?;
- Pontos de aproximação e/ou rotura entre as duas obras e entre os conceitos pré-aceites pela sociedade.
C. M.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Texto expositivo-argumentativo (I) - Plano do PC
• Alberto Caeiro, “ O Mestre”, assume-se como o poeta das sensações.
• Ele próprio diz “Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...”
• No seu poema “Guardador de Rebanhos”, Alberto Caeiro apresenta-se como um simples “pastor dos seus pensamentos que são todos sensações”.
• Para Caeiro, “pensar” é estar doente dos olhos.
• Ver é conhecer e compreender o mundo, por isso, pensa vendo e ouvindo.
• É um sensacionista a quem só interessa o que capta pelas sensações.
• Os seus poemas são pois, por isso, a descrição da realidade tal como a entende através dos sentidos, em especial a visão e a audição.
• Para Caeiro o que importa é ver de forma objectiva e natural a realidade, com a qual contacta a todo o momento. “Para além da realidade imediata não há nada”
• As sensações são pois o suporte desta poesia livre, inovadora, próxima da prosa e do falar quotidiano e fazem de Caeiro um verdadeiro “Mestre” e o “Poeta da Natureza”.
• Ele próprio diz “Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...”
• No seu poema “Guardador de Rebanhos”, Alberto Caeiro apresenta-se como um simples “pastor dos seus pensamentos que são todos sensações”.
• Para Caeiro, “pensar” é estar doente dos olhos.
• Ver é conhecer e compreender o mundo, por isso, pensa vendo e ouvindo.
• É um sensacionista a quem só interessa o que capta pelas sensações.
• Os seus poemas são pois, por isso, a descrição da realidade tal como a entende através dos sentidos, em especial a visão e a audição.
• Para Caeiro o que importa é ver de forma objectiva e natural a realidade, com a qual contacta a todo o momento. “Para além da realidade imediata não há nada”
• As sensações são pois o suporte desta poesia livre, inovadora, próxima da prosa e do falar quotidiano e fazem de Caeiro um verdadeiro “Mestre” e o “Poeta da Natureza”.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
05/02/1969: "We have all the time in the world"
Louis Armstrong, «We have all the time in the world»
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Epigramas de Marcial
Caríssimos alunos, depois de iniciar a correcção dos vossos testes, fui obrigado a arejar. Recuperei, então, leituras de faculdade e decidi Marcial consultar para o cérebro, contundido, aliviar:
Homem belo e de valor
Queres, Cota, parecer.
Mas um homem, sendo belo,
De valor não pode ser.
***
Se bem me lembro, Élia, tu tinhas quatro dentes;
Uma tosse cuspiu dois e outra tosse, mais dois.
Já tu podes sem susto os dias inteiros tossir,
Que uma terceira tosse o que tirar mais não tem...
Segura, noites e dias,
Podes tossir a fartar;
Podes, que tosse terceira
Já não tem que te levar.
Segura, noites e dias,
Podes tossir a fartar;
Podes, que tosse terceira
Já não tem que te levar.
Correcção do teste (3.º)
GRUPO I
TEXTO A
1. Na primeira estrofe, surge o conselho dado a um «Tu» de seguir o seu destino e de se preocupar com o momento presente e com aquilo que lhe diz directamente respeito ("as tuas plantas", "as tuas rosas"), pondo de parte o que lhe é alheio.
2. A realidade nem sempre corresponde àquilo que desejamos: é sempre mais ou menos do que aquilo que queríamos alcançar, visto que ela está dependendente dos ditames do destino ("A realidade / Sempre é mais ou menos / Do que nós queremos" - vv. 6 a 8). Os seres humanos, iguais a si próprios, serão sempre aquilo que querem ser, se souberem alcançar apenas o que lhes foi predestinado ("Só nós somos sempre / Iguais a nós-próprios." - vv. 9-10; quarta estrofe).
3. Todo o poema exprime uma atitude de apatia como ideal ético, mas os versos "Vê de longe a vida / Nunca a interrogues." ou "Grande e nobre é sempre / Viver simplesmente." demonstram a aceitação calma de tudo o que o destino nos reserva, sem questionar e sem nos apegarmos à vida.
4. A ataraxia é necessária para vivermos com satisfação, porque a calma, a tranquilidade e a felicidade são essenciais para a nossa vida. No entanto, são também inatingíveis, porque a realidade "´Sempre é mais ou menos / Do que nós queremos" (vv. 7-8), dado que a concretização nem sempre corresponde às intenções ou às expectativas. O destino, de facto, comanda a vida e as explicações para os acontecimentos estão mesmo "para além dos deuses" (v. 20).
TEXTO B
1. C
2. B
3. B
4. B
GRUPO II
1. Complemento directo
2.
a) Oração subordinada adjectiva relativa (com antecedente) restritiva.
b) Oração subordinada adverbial temporal.
3.
V
F
V
V
V
V
4.1. Ordem correcta: d - a - b - c
4.2. b
4.3. d
b) Oração subordinada adverbial temporal.
3.
V
F
V
V
V
V
4.1. Ordem correcta: d - a - b - c
4.2. b
4.3. d
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Acordo Ortográfico IV - Sequências consonânticas
4. Sequências consonânticas
4.1. Consoantes mudas
4.1. Consoantes mudas
As consoantes mudas (isto é, que não se pronunciam, não se articulam) são suprimidas em determinadas sequências consonânticas. Mantêm-se, porém, as consoantes que se pronunciam, ou seja, as que se pronunciam, que se articulam.
Farol
É sempre agradável estar no topo da lista de um qualquer estudo, mas este em concreto deixa também um amargo de boca: estamos todos desconfiados de todos e com razão.
Por outro lado, sabendo como o sector da Educação está em Portugal, é caso para dizer que, se é aquele em quem mais os «tugas» confiam, estamos mesmo à beira do fim. As restantes áreas devem estar no fundo do precipício...
PS - Amanhã, há teste.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
A frase complexa: Coordenação e subordinação
Texto expositivo-argumentativo (I) - Plano da VD
. Título: "Sentir como Caeiro sentia."
. Introdução:
. Desenvolvimento:
. Conclusão:
. Introdução:
- Alberto Caeiro é considerado o poeta das sensações;
- Conhecido pelos seus poemas de vocabulário pouco refinado, simples e por versos livres.
. Desenvolvimento:
- Heterónimo de Pessoa, o qual o apelida por "O Mestre";
- Para Caeiro as coisas são como são e é adepto do mundo-real sensível;
- Reflecte nos seus poemas o seu estilo de vida e amor pelas sensações.
. Conclusão:
- Caeiro como adepto da natureza e dos sentidos segue-os como a uma religião, ou seja, para ele estes elementos são fundamentais para uma vida de bem estar e bem vivida.
Texto expositivo-argumentativo (I) - Plano da SP
. Título: O Mestre Guardador de Rebanhos.
. Introdução:
. Desenvolvimento:
. Conclusão:
. Introdução:
- Alberto Caeiro: um dos heterónimos de Pessoa;
- Considerado como o «mestre» pela sua forma de ver e sentir o mundo.
. Desenvolvimento:
- É considerado o «mestre» por ser feliz;
- Para ele a realidade com que contacta e as sensações são primordiais;
- É o poeta da N atureza e é a ela que descreve nos seus poemas.
. Conclusão:
- Descreve a Natureza através das sensações (especialmente a visão) e por isso os seus poemas são tão belos;
- Por tanto usar as sensações e descrevê-las em todos os seus poemas é considerado, justamente, o «mestre» (elimina a dor de pensar).
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