Português

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Correção do exame nacional de Português - 12.º ano - 2017 - 1.ª fase

I

A


1. Dois conceitos de criação artística:
          1.º) ato de criação artificial, mecânico, um trabalho árduo de intelectualização;
          2.º) ato de criação entendido como algo de espontâneo, simples, natural,resultante da comunhão com a natureza; é o ato de captar a natureza através dos sentidos.

2. Alberto Caeiro procura evitar o pensamento e a abstração, buscando a objetividade e o sentir, fruindo a natureza através dos seus sentidos. Em suma, o verso nega o pensamento / exprime a recusa do pensamento e a procura do sensacionismo.

3. Traços:
     - a "verdade" reside na natureza e na comunhão do sujeito poético com ela;
     - ele procura viver de acordo com a "Terra" e de forma espontânea ("De nos deixarmos ir");
     - comunhão plena com a natureza ("E levar ao colo pelas Estações contentes");
     - predomínio das sensações, privilegiando o olhar ("E olho para as flores e sorrio");
     - a natureza transmite-lhe sensações de paz, tranquilidade, contentamento (vv. 10, 15);
     - ausência / recusa do pensamento (vv. 11-12).

Ler a análise do poema aqui.



B

4. Dois episódios marcantes da infância:
     i) a partida do pai do narrador;
     ii) a partida da mãe e da irmã mais velha.

     . Aspetos que os distinguem:
          - aquando da partida do pai, apenas o narrador assiste; no momento da partida das suas mulheres, há "um mar de cabeças agitadas e aos gritos";
          - o pai não se volta nem despede no momento da partida; a mãe diz-lhe adeus à medida que se afasta;
          - o narrador chora na noite seguinte à partida da mãe e da irmã, ao contrário do que sucede com a partida do pai ("Dessa vez houve choro pela noite adiante").

     . Aspeto que os aproxima: a solidão do narrador.

5. O ambiente descrito apresenta os seguintes traços:
          - chuvas e vento => soturnidade;
          - neves da montanha => frio;
          - luz da candeia e negrume da cozinha => soturnidade, melancolia;
          - histórias de terror: o medo, o desamparo;
          - tempestade: o tumulto interior.
     O narrador encara a sua infância, marcada pela partida e ausência dos pais e da irmã, como um longo inverno, uma época caracterizada pelo frio e tristeza da ausência do calor, do carinho, do amor dos pais. Tudo lhe parece triste, vazio, soturno; até as histórias contadas ao serão são de teor negativo, pois que de terror.



II


          Versão A          Versão B


1.             C                       B
2.             D                       C
3.             A                       B
4.             D                       A
5.             A                       D
6.             B                       A
7.             A                       D
8. Deixis pessoal
9. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
10. Antecedente: "ensinar ciência"



III

- Argumento 1:
  • A memória perceciona a infância, condicionada pelo presente.
  • Exemplo 1: se  o presente é negativo, a infância é percecionada saudosa e positivamente como um tempo de felicidade e alegria.
- Argumento 2:
  • A memória 'guarda' momentos significativos / marcantes da nossa infância.
  • Exemplo 2: um momento de grande felicidade ou tristeza; um gesto que alguém nos dedicou e marcou.
- Conclusão:
  • A memória não guarda tudo o que nos aconteceu, seleciona apenas alguns acontecimentos.
  • A perceção que temos do passado / da infância é sempre condicionada pelo tempo - pela sua passagem e pelas marcas que deixa em nós.


Jornalismo de merda!

Fonte: portugalglorioso

segunda-feira, 12 de junho de 2017

terça-feira, 6 de junho de 2017

A gente vê-se por aí


António Bernardino, "Cantiga para os que partem"

     Mais um ciclo se completa. Os que partem deixam sempre saudades, sobretudo após um longo percurso de 6 anos. Outros chegarão e um dia partirão também.

domingo, 4 de junho de 2017

"Shadows", Chromatics



     Cena final do segundo episódio da terceira temporada de "Twin Peaks".

     James is still cool.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Na aula (XXVIII): a escuridão da ignorância

     Contexto: entrega do teste de avaliação.

     Professor: Tens aqui uma bela obra. Podes emoldurá-la e pendurá-la no quarto.

     Gonçalo Gomes (a conversa não era com este): Mas num quarto escuro.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Na aula (XXVII): da burrice superlativa

     O stor chega aqui para dar aulas e fica sem ideias, porque nós somos tão burros, tão burros, tão burros...

Andreia Bastião

quinta-feira, 25 de maio de 2017

O dia em que um James Bond e o Santo partiram

Roger Moore (1927 - 2017)

     Faleceu na terça-feira, 23 de maio, o ator Roger Moore, célebre por ter encarnado, entre outras, as figuras do Santo (na TV) e James Bond (no cinema).

     Moore trouxe à personagem do espião mais célebre do mundo uma feição aristocrática, sucedendo a Sean Connery como o famoso 007, tendo protagonizado sete filmes da série.

     Nos últimos anos, tinha-se dedicado essencialmente a causas humanitárias enquanto embaixador do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

'Caixa até Almeida'

      “Que a Caixa Geral de Depósitos tem de reduzir custos de funcionamento para estancar a corrente de prejuízos que vem acumulando desde há alguns anos, ninguém deverá ter dúvidas.
      Que o encerramento de algumas agências tem de inscrever-se no programa do imprescindível corte de despesas, parece evidente.
      Mas espanta que, agora que a Caixa tem na presidência um gestor reconhecidamente hábil, o encerramento da agência em Almeida tenha sido tratado de forma tão tosca que o tenha tornado em caso de amplitude nacional.

      A acumulação de perdas astronómicas da Caixa, que os contribuintes são obrigados a pagar, decorreram, e não sei se não continuam ainda a decorrer, de operações de crédito concedidas, malevolamente, a figurões, alguns publicamente conhecidos, outros incompreensivelmente mantidos no anonimato, que, por várias vias, estoiraram os créditos e ferraram os calotes.

      O que se passa neste campo pantanoso?
      Quanto valem esses calotes, incobrados, hoje mais ambiguamente designados por imparidades?
      Quem deve e não paga aquilo a que todos os contribuintes são convocado a pagar?
      Que foi feito das fortunas que eles construíram e desviaram para parte incerta?
      Que programa, que plano, que estratégia, tem o sr. Paulo Macedo e a sua equipa para fazer pagar a estes fulanos aquilo que devem? Todo o país tem direito a uma informação bastante, a decisões que garantam que a justiça neste processo não obrigue, também Almeida, a pagar os calotes de gente que continua a pavonear-se por esse mundo fora.

      Encerrar a Caixa em Almeida é uma decisão risível perante a enormidade das perdas resultantes das moscambilhas cometidas por anteriores administrações da Caixa.

     Se a agência da Caixa em Almeida tem de ser encerrada, trate prioritariamente a atual administração de recuperar aquilo que fundamentalmente conta no desequilíbrio da Caixa.”



     Um post tão certeiro quanto óbvio.

     Retirado daqui: aliastu.
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