Português

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Regência do verbo "discordar"

     Peça do jornal "Público" de 22/06/2017, assinada pelas jornalistas Clara Viana e Andreia Sanches:

     «"... tudo irá ser esclarecido" e que não será preciso anular a prova com a qual aliás discorda...»

     Ou a gramática da língua portuguesa mudou de ontem para hoje, ou o verbo discordar rege a preposição de: discordar de alguém ou de alguma coisa

     Quem rege a preposição com é o verbo concordar: concordar com alguém ou algo.

     Mais um serviço inestimável prestado pelo jornalismo à língua portuguesa.

Correção do exame nacional de Português - 9.º ano - 2017 - 1.ª fase

I

1. A
2. C
3. B
4. C


II

1. A
2. C
3. C
4. B



III

A


1. No palácio, vive-se um ambiente de grande medo, fragilidade e insegurança perante o iminente ataque do tio bastardo (daí o reforço da segurança da cidade, nomeadamente das portas e dos lumes), ambiente esse que contrasta com a atitude da ama, evidenciada pela comparação entre os seus braços (a forma segura como estreita o príncipe) e as muralhas de uma cidadela. Nota ainda para a presença do advérbio de exclusão "Só", que enfatiza o facto de apenas a ama se mostrar segura no universo do palácio.

2. Na iminência do ataque do tio bastardo e vendo o perigo que o príncipe correria nessa circunstância, a ama trocou as duas crianças de berço, tendo consciência de que, ao fazê-lo, estaria a condenar o seu filho a uma morte praticamente certa. Daí os "beijos desesperados", revelando, em suma, o adjetivo a urgência de fazer a troca, bem como todo o amor e carinho que dedicava ao seu filho e a dor e o desespero resultantes da consciência de que o estava a entregar à morte.

3. A comparação transmite, por um lado, a violência e a agressividade do ato, patentes na expressividade e repetição da forma verbal "arrancou", e, por outro, o valor / a preciosidade da criança, cujo valor enquanto herdeiro do trono o tornava valioso como o ouro.



B


4. Momento(s):
          - Consílio dos Deuses;
          - Tempestade;
          - Ilha dos Amores.
    Modo como Vénus contribui para a valorização do esforço dos portugueses:
          - Consílio dos Deuses: Vénus contraria a argumentação de Baco (opositor à
             empresa dos portugueses) e elogia os seus feitos.
          - Tempestade: Vénus convoca as ninfas para acalmarem os ventos, permitindo,
             com o amainar da tempestade, que a viagem prossiga.
          - Ilha dos Amores: Vénus conduz os portugueses a uma ilha, onde as ninfas os
             esperam, para os recompensar pelos seus esforços e feito.




IV

1.
     (a) - 2
     (b) - 1
     (c) - 4

2.1. C
´
2.2. B

2.3. A

3. B, D

4. O artista tê-los-á imaginado quando os leu.



V

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Correção do exame nacional de Português - 12.º ano - 2017 - 1.ª fase - IAVE

Exame Nacional de Português - 12.º ano - 1.ª fase - 2017 - Enunciado

Correção do exame nacional de Português - 12.º ano - 2017 - 1.ª fase

I

A


1. Dois conceitos de criação artística:
          1.º) ato de criação artificial, mecânico, um trabalho árduo de intelectualização;
          2.º) ato de criação entendido como algo de espontâneo, simples, natural,resultante da comunhão com a natureza; é o ato de captar a natureza através dos sentidos.

2. Alberto Caeiro procura evitar o pensamento e a abstração, buscando a objetividade e o sentir, fruindo a natureza através dos seus sentidos. Em suma, o verso nega o pensamento / exprime a recusa do pensamento e a procura do sensacionismo.

3. Traços:
     - a "verdade" reside na natureza e na comunhão do sujeito poético com ela;
     - ele procura viver de acordo com a "Terra" e de forma espontânea ("De nos deixarmos ir");
     - comunhão plena com a natureza ("E levar ao colo pelas Estações contentes");
     - predomínio das sensações, privilegiando o olhar ("E olho para as flores e sorrio");
     - a natureza transmite-lhe sensações de paz, tranquilidade, contentamento (vv. 10, 15);
     - ausência / recusa do pensamento (vv. 11-12).

Ler a análise do poema aqui.



B

4. Dois episódios marcantes da infância:
     i) a partida do pai do narrador;
     ii) a partida da mãe e da irmã mais velha.

     . Aspetos que os distinguem:
          - aquando da partida do pai, apenas o narrador assiste; no momento da partida das suas mulheres, há "um mar de cabeças agitadas e aos gritos";
          - o pai não se volta nem despede no momento da partida; a mãe diz-lhe adeus à medida que se afasta;
          - o narrador chora na noite seguinte à partida da mãe e da irmã, ao contrário do que sucede com a partida do pai ("Dessa vez houve choro pela noite adiante").

     . Aspeto que os aproxima: a solidão do narrador.

5. O ambiente descrito apresenta os seguintes traços:
          - chuvas e vento => soturnidade;
          - neves da montanha => frio;
          - luz da candeia e negrume da cozinha => soturnidade, melancolia;
          - histórias de terror: o medo, o desamparo;
          - tempestade: o tumulto interior.
     O narrador encara a sua infância, marcada pela partida e ausência dos pais e da irmã, como um longo inverno, uma época caracterizada pelo frio e tristeza da ausência do calor, do carinho, do amor dos pais. Tudo lhe parece triste, vazio, soturno; até as histórias contadas ao serão são de teor negativo, pois que de terror.



II


          Versão A          Versão B


1.             C                       B
2.             D                       C
3.             A                       B
4.             D                       A
5.             A                       D
6.             B                       A
7.             A                       D
8. Deixis pessoal
9. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
10. Antecedente: "ensinar ciência"



III

- Argumento 1:
  • A memória perceciona a infância, condicionada pelo presente.
  • Exemplo 1: se  o presente é negativo, a infância é percecionada saudosa e positivamente como um tempo de felicidade e alegria.
- Argumento 2:
  • A memória 'guarda' momentos significativos / marcantes da nossa infância.
  • Exemplo 2: um momento de grande felicidade ou tristeza; um gesto que alguém nos dedicou e marcou.
- Conclusão:
  • A memória não guarda tudo o que nos aconteceu, seleciona apenas alguns acontecimentos.
  • A perceção que temos do passado / da infância é sempre condicionada pelo tempo - pela sua passagem e pelas marcas que deixa em nós.


Jornalismo de merda!

Fonte: portugalglorioso

segunda-feira, 12 de junho de 2017

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