A ação da peça Frei Luís de Sousa (quer os acontecimentos representados, quer os seus antecedentes) situa-se no final do século XVI, princípio do século XVII, como é possível verificar pela didascália inicial do ato I: "Câmera antiga, ornada com todo o luxo e elegância portuguesa dos princípios do século dezassete." Ao longo do texto, outras referências temporais situam-na no ano de 1599 (ver demais «posts» relativos à categoria Tempo), havendo alusões a outras datas.
Em síntese, os dados mais relevantes relacionados com o tempo histórico são os seguintes:
Em síntese, os dados mais relevantes relacionados com o tempo histórico são os seguintes:
- a referência à Reforma Protestante, de meados do século XVI: "... o homem é herege, desta seita nova d'Alemanha ou d'Inglaterra" (I, 2);
- a referência à batalha de Alcácer Quibir (4 de agosto de 1578);
- a alusão a Filipe II de Espanha, I de Portugal, aclamado rei em 1580: "... os senhores governadores de Portugal por D. Filipe de Castela, que Deus guarde..." (I, 5);
- as desavenças entre portugueses e castelhanos e o domínio filipino, após a perda da independência nacional, resultado da derrota de Alcácer e da morte de D. Sebastião;
- o sebastianismo, representado por Telmo Pais e D. Maria;
- as alusões de Telmo a Camões e de Maria (no início do ato II, cita a frase que abre a novela Menina e Moça) a Bernardim Ribeiro;
- a existência de peste em Lisboa.
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