A cada dia que passa, a comunicação socia, os media, assassinam alegremente a língua portuguesa. A ignorância e a desfaçatez são tantas que até relincham.
Repare-se no conteúdo da notícia deste diário desportivo: o Sporting chegou à vantagem de dois golos marcados na segunda parte, isto é, esteve a vencer por dois a zero.
Porém, na frase imediata, o jornaleiro afirma que a equipa espanhola reduziu para dois a um ainda na primeira parte, quando, de acordo com o afirmado anteriormente, o resultado se cifrava num empate a zero.
O que se passa nas redações? Erros ortográficos, sintáticos, de construção oracional, etc., são aos pontapés. Neste caso, estamos perante uma desatenção, bem como a ausência de verificação do que se escreve. Quem escreveu o texto não teve a preocupação de reler o que redigiu antes de o publicar. Saiu como saiu. Desleixo, incúria, incompetência.
Os jornais vivem tempos de grandes dificuldades económicas e financeiras. As razões para tal suceder são várias, sendo uma delas a falta de insenção e independência, a que acresce a busca fácil do clique, bem como a falta de qualidade da escrita, dos textos.
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