Albert Anker, Exame escolar (1862) |
Revisitando Albert Anker, deparamo-nos com o testemunho de uma realidade praticamente extinta na escola atual: o tradicional exame da 4.ª classe. Perante um punhado de examinadores – professores, inspetores, diretores escolares – os petizes de ambos os sexos devem demonstrar a sua aptidão académica.
Numa escola suíça, vemos a tradicional sala com carteiras de bancos corridos, onde os alunos se acotovelam, à excepção do que está a ser examinado e do pequeno grupo dos que aguardam a sua vez – estes ficam de pé, à frente dos restantes, face ao examinador.
Entre nós, o “exame da 4.ª classe” manteve-se até 1974, tendo sido abolido após a Revolução de Abril, tendo sido brevemente ressuscitado durante o ministério de Nuno Crato, embora em moldes diferentes, tanto do modelo do Estado Novo, como daquele que vemos nesta imagem. A verdade é que os tempos mudam, e tanto os objetivos e finalidades do ensino básico como a evolução das teorias e práticas pedagógicas acabaram por desaconselhar este tipo de avaliações formais, banidas na generalidade dos países.
Fonte: escolapt
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