terça-feira, 28 de maio de 2013
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Pastores de Nuvens
Esta imagem que apresenta ser um cartoon, foi desenhada por Biratan Porto. Este é um “cartoonista” brasileiro que intitulou a
figura com o nome de “Pastores de Nuvens”. Esta imagem foi exposta em “Água com
Humor, V Porto Cartoon World Festival, no
museu Nacional da Imprensa/ASA” em 2003.
Alguns dos elementos que constituem
esta imagem são por exemplo as nuvens que têm uma cor escura e estão divididas
em grupos, estas parecem estar a ser guardadas, cada grupo por um único homem.
Estes homens estão pobremente vestidos, um com calças rasgadas e descalço,
outro por uma túnica e sandálias, ambos possuindo a barba por cortar. Outros
dos elementos da figura são as bengalas que esses homens seguram, estas são tão
compridas que chegam às nuvens. Outras unidades representadas na figura são as
gotas de água que surgem das nuvens, as gotículas são escassas contudo cada uma
delas tem uma espécie de bidão onde se vão depositar. Uma outra particularidade
da figura é o seu terreno, esse é apenas constituído por areia e pedras.
A intensão do cartoonista é alertar para a falta de água e para o desperdício
desta que leva à desertificação de zonas que outrora foram ricas e férteis. Ao
pôr os bidões por baixo de cada gota para as recolher ao caírem das nuvens, o
pintor, está a tentar sensibilizar as pessoas que utilizam a água para os seus
próprios fins a não continuarem com essa conduta. Podemos suportar essa ideia
devido aos “pastores”, estes não permitem que a chuva acabe com a
desertificação existente no solo, pois não a deixam cair no terreno.
No poema de Alberto Caeiro, o autor
admite que ele próprio é um pastor e que os seus pensamentos, que são
provenientes dos seus sentidos, são o seu rebanho e quando escreveu o verso
“Sei a verdade e sou feliz”, penso que ele queria transmitir aos leitores que a
realidade nem sempre é tão boa como parece, estando assim relacionado com o cartoon, este último passa para o
espectador uma realidade não tão boa do mundo.
Na minha opinião acho que o
“cartoonista” possuí uma perspetiva realista, pois está de acordo com o que
acontece hoje em dia pois nós, a humanidade, alterámos e continuamos a alterar
o ambiente explorando-o ao máximo mudando-o assim para pior, pois ao
utilizarmos os seus recursos naturais sem os repor modificamo-lo, neste caso em
a falta de água dá lugar a zonas desérticas.
Daniela E
Persistência da memória
Salvador
Domingo Felipe Jacinto Dali i Doménech, 1º Marques de Dali de Púbo, foi um
importante pintor catalão surrealista cujo trabalho mais conhecido foi “A
persistência da memória”.
Neste
quadro, observamos em primeiro plano, uma espécie de ave no chão, uma oliveira
seca, sem folhas e três relógios derretidos a marcar horas diferentes, enquanto
que um quarto relógio permanece fechado e sólido, porém a ser devorado por
pequenos insetos. Este é caracterizado pela sua cor vermelha, enquanto que os
outros três apresentam cores douradas e prateadas. Este plano encontra-se á
sombra e os relógios desvanecem-se numa ligeira escuridão. A luz solar está
projetada no segundo plano, onde observamos os rochedos mais iluminados, onde
predominam os tons amarelos, castanhos e azuis claros.
As
imagens flácidas dos relógios que se dobram mostram a abcessão humana com a
passagem do tempo e com a memória, na medida em que, esta não é permanente e
apenas é constituída por algumas partes
e representações. Os relógios a dilatarem-se e a ave que está no chão também a
dissolver-se, o quarto relógio a ser devorado e a oliveira seca e sem folhas
são premonições de morte que podem revelar o inconsciente do pintor, concluindo
eventualmente que este tem medo da morte.
Assim,
através da linguagem imaginaria da memória e dos sonhos, Dali distorce a
realidade, retira os objetos do seu contexto real tentando libertar-se da
racionalidade e ultrapassar os limites da matéria em busca do abstrato e do
insólito, tal como, o espaço e o tempo que se deformam e desvanecem, á medida
que a mancha escura vai tomando conta do quadro.
A irónica entrevista
Herman José, humorista da RTP, num dos
seus programas representou juntamente com o ator Victor de Sousa, uma entrevista
a el-Rei D.JoãoV. Nesta conversa entre o entrevistador (Victor de Sousa) e o
Rei (Herman José), estão presentes várias
características de D.JoãoV defendidas por José Saramago no “Memorial do convento”.
Logo
na entrada do absolutista estão presentes as seguintes características, a
irresponsabilidade e a inconsciência, consequências da pouca idade deste
senhor. Sendo estas visíveis no descer das escadas, de uma forma descomposta e
desordeira e, quando chega ao pé do apresentador e pede comida, agindo como que
se não estivesse sendo entrevistado.
Ao
longo da conversa vão surgindo outras características, tais como, a sua
infidelidade e a vida dissoluta que levava. O facto de el-Rei ao observar a
rapariga que lhe vai levar o pedaço de bolo, ele toma-lhe a mão e pede-lhe que
se sente no seu colo, sendo este uma prova da sua libertinagem.
Quase
no fim da conversa, o apresentador chama à atenção do rei para o facto de este
ter gasto, de uma forma desmedida, todo o ouro vindo do Brasil. Salientando
assim, o seu gigantismo, o seu lado menos empreendedor e o seu luxo.
Concluindo,
nesta representação caracterizadora do rei, semelhante à forma como José
Saramago caracterizou o absolutista no seu romance, de uma forma irónica e de modo a ridiculariza-lo, querendo com
isto criticar o rei. Provavelmente o humorista queria relembrar José Saramago,
tal e qual como um humorista faz, fazendo rir os espectadores, utilizando a
descrição do jovem e irresponsável rei absolutista.
Inês A.
domingo, 26 de maio de 2013
Jorge Jesus... Benfica... e melões
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Arquétipo da época
D.
João V (1689-1750), filho de D. Pedro II e D. Maria Sofia, governou Portugal de
1707 a 1750. Casou com D. Maria Ana Josefa da Áustria com quem teve 6 filhos
legítimos. A época do seu reinado é marcada por um grande desenvolvimento
económico (ouro e pedra preciosas do Brasil) e pela megalomania do próprio rei
que se nota na promessa de construção de um convento mais grandioso que o
Escorial de Madrid ou o Palácio de Versalhes se a sua esposa lhe desse um
herdeiro.
Com
a visualização do vídeo, deparamo-nos com algumas características do rei D.
João V, também enunciadas por José Saramago na obra Memorial do Convento. Dentro dessas características destacam-se: os
prazeres da carne, a sua doença (flatulência), a megalomania, a vaidade, o
egocentrismo e o devoto fanático.
D.
João V, apesar de casado, não esconde o seu gosto por mulheres, ao ponto de ter
varias relações extraconjugais, destacando-se a relação com a Madre Pauda do
Convento de Odivelas. Destas relações resultaram inúmeros filhos bastardos.
Este traço é evidenciado na entrevista, quando o rei pega no braço da assistente
e a senta no seu próprio colo, acariciando-a, e dando-lhe um cartão para um
possível futuro encontro. Este era um rei que se dedicava pouco ao reino, pois
o seu maior interesse estava centrado nas mulheres.
O
monarca é ridicularizado tanto no vídeo como na obra, devido à doença de que
sofria, a flatulência. Esta doença admitida por ele mesmo na entrevista deve-se
ao seu gosto excessivo por comida, revelado logo no início do vídeo, quando o
rei pergunta, antes de mais nada, por comida. Ao longo da conversa o soberano
irá sofrer as consequências deste primeiro ato, ao ponto de ficar com o seu
aparelho digestivo alterado, sendo isto evidente nos inúmeros flatos ao longo
do tempo.
No
vídeo é notório o gosto do rei pelo luxo e ostentação, sendo isto visível no
seu próprio vestuário (peruca, vestimenta bem trabalhada…), e a na construção
de um grandioso, exuberante e luxuosos convento. O propósito desta construção
terá sido o cumprimento de uma promessa pessoal, sendo esta a edificação de um
convento, se Deus lhe desse um herdeiro, garantindo assim a sucessão do trono. Para
esta mesma construção, o rei sacrificou todo um povo por uma questão meramente
pessoal, sendo destacado nesta atitude o seu egocentrismo, a sua vaidade e
megalomania. O monarca é egocêntrico, até ao ponto de decidir que a sagração do
edifício se realizasse na data do seu aniversário, 22 de outubro.
Em
conclusão, depreende-se facilmente que o verdadeiro herói da construção do
convento e da obra estudada é o povo, um povo miserável, sofrido, sem horizontes
nem sonhos, vergado ao destino e a vontade omnipotente do rei. Um rei cujo
único objetivo é assumir um papel gerativo de um filho e de um convento. O
monarca é ridicularizado por Herman José e Saramago por protagonizar cerimónia
de solenidade e por situações que revelam as suas fragilidades que descascaram
facetas pouco dignificantes.
M.Y.
Pastores de Nuvens
“Pastores de nuvens” é o título do cartoon criado por Biratan Porto e pulicado in Água com humor. O título é escolhido é
este, porque podemos ver vários índivíduos expectantes e com cajados a guardar
as nuvens e a agrupá-las, tal como se faz com os animais, daí ser esse título.
Assim que observamos
o cartoon, salta-nos logo á vista os
índivíduos que são representados com um aspeto de idosos, uns mais que outros,
e as roupas que têm vestidas estão muito velhas e rasgadas. O índivíduo que se
encontra em primeiro plano está a olhar para as nuvens de uma forma expectante.
Todos os índivíduos têm cajados na mão para direcionar as nuvens, para que a
água da chuva caia dentro dos bidons de que cada um dispõe.
O autor representou o
chão com aspeto de um deserto, tudo muito seco e com algumas pedras espalhadas.
As nuvens têm um tom
de cinzento muito carregado, que dá a ideia de que está um tempo mau e muito
provavelmente vai chover.
A intencionalidade
crítica do cartoon é a harmonia entre
os homens, uma vez que eles se encontram todos distantes e sem contacto; a falta
de água, porque os homens estão a tentar guardar a água das nuvens em bidons e
a desertificação, porque o chão não tem nada, só areia e há poucas pessoas.
Assim, o cartoon pode relacionar-se com o poema
intitulado “IX” de Alberto Caeiro, porque ambos falam de ser pastores, ou seja,
alguém que guarda algo.
Em síntese, o autor
crítica o facto de as pessoas não estarem em harmonia umas com as outras e a
falta de água, e isso junto causar desertificação, tanto a nível populacional
como a nível de plantas e animais.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
"Pastores de nuvens"
A imagem é denominada de
"Pastores de Nuvens", é da autoria de Biratan Porto e está incluída
na obra "Água com humor". A ilustração mostra alguns indivíduos,
aparentemente pastores, com compridos cajados, a juntarem nuvens em "rebanhos",
com cada pastor a guardar o seu próprio rebanho; destas nuvens pingam gotas de
águas para barris metálicos, pertencentes aos pastores, tendo cada o seu. O
chão e o céu são incolores e o chão é liso e sem vegetação.
Esta obra é uma crítica à
sociedade contemporânea em vários aspetos, como a ganância das pessoas e os
problemas ambientais. No entanto, o alvo principal da crítica são os problemas
relacionados com a Natureza, como a escassez de água, o trabalho duro pastores
no cuido dos seus rebanhos e etc. A ausência de cores no céu e no solo
transmite-nos uma sensação de melancolia, de uma espécie de vazio. Esta imagem
contrasta com a personalidade e com a maneira de pensar de Alberto Caeiro. Este
é visto como um naturalista ingénuo: ele não se preocupa em pensar muito,
escolhendo a simplicidade e rejeitando a complexidade e prefere
"pensar" com os sentidos, desfrutar da Natureza e da simples beleza
natural das coisas. Ele é como um pastor (daí a correlação com esta imagem).
Porém, a personalidade de Caeiro é contrária à sensação transmitida por esta
imagem: um é feliz, simples, sensacionista, relaxado, e outro apenas transmite tristeza e tédio,
fazendo-nos todos pensar, algo que Caeiro não consegue evitar e que o deixa um
pouco triste.
Em suma, há muitos aspetos
que se podem apontar como comuns ou de contraste entre os pensamentos do
heterónimo de Fernando Pessoa e a ideia que a imagem apresenta. Caeiro gosta de
usufruir da Natureza e a ilustração mostra esta mesma como morta, gasta e
tediosa. Tal como os pastores guardam as suas nuvens, Caeiro é pastor dos seus
pensamentos, sendo estes baseados nos sentidos e na simplicidade do que nos
rodeia a todos. São pontos de vista diferentes aos quais, no fim, nos podemos
relacionar todos.
P.M.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
«Angel in the snow», A-ha
Tradução:
Anjo, anjo ou algo assim
Onde quer que tu vás
Eu seguir-te-ei
Onde quer que tu vás.
E estarei sempre lá / aí
Afastando as inquietações da tua cabeça
Estarei lá / aí
Sempre.
Anjo, anjo ou algo assinm
Onde quer que tu vás
Eu seguir-te-ei
Onde quer que tu vás.
Tu és o meu anjo na neve
Tu és o meu anjo na neve.
sábado, 11 de maio de 2013
sexta-feira, 10 de maio de 2013
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Aspeto verbal - exercícios
1. Considere as frases
apresentadas.
a)
O Benfica deixou de jogar bem à segunda-feira.
b)
A Terra gira em torno do Sol.
c)
A Terra gira às vezes em torno do Sol.
d)
O Natalino adormeceu durante três horas.
e)
Quando liguei a TV, os A-há estavam a
cantar o tema “Take on me”.
f)
Quando a Patrícia entrou na sala, a Maria escreveu uma carta à mãe.
g)
A Lúcia tem estado a aprender a cozinhar ontem.
1.1.
Assinale as frases mal formadas.
1.2.
Indique o motivo que está na origem da sua agramaticalidade.
2. Faça a correspondência
adequada entre os elementos da coluna A e os da coluna B.
Coluna A
1. Quando cheguei, os alunos
estavam a brincar.
2. O avião aterrou em
segurança.
3. Eles já se casaram.
4. Normalmente, esta turma
trabalha bastante.
5.
O Rafa e a sua Érica namoram todos os dias pelo skype.
|
Coluna B
a)
valor perfetivo
b)
valor imperfetivo
c)
valor habitual
|
3. Identifique o valor aspetual
das frases seguintes.
a) O Hugo
já come a sopa.
b) Comecei
agora a elaborar esta ficha.
c)
Deito-me sempre tarde.
d) Acabei
de rever o concerto final dos A-há.
e) A
nossa espanhola tem andado muito sorridente nos últimos tempos.
f) Quem
cala consente.
g) A Inês
estava a fazer um bolo quando o marido regressou a casa.
h) O
sobrinho da Joana nasceu anteontem.
i)
Antigamente, lia mais do que atualmente.
j) A
Solange continua elegante.
k) O
Valente partiu as baquetas a matar pulgas.
l) A Lili
anda a ler o Memorial.
m) A
Sofia visita o bairro social aos sábados e domingos.
n) Penso,
logo existo.
o) O
Zeca, no verão, vai à missa todas as semanas.
4. Associe os elementos da coluna
A aos da coluna B.
Coluna A
1. O Silva gosta de cavalos.
2. A Filia leu o Memorial nos intervalos do namoro.
3. O nosso planeta está doente.
4.
A Julie espirrou por causa do perfume agressivo da colega.
5.
O Pedro escreveu uma bela letra para o novo álbum dos Click.
6.
A Cátia adora um certo professor!!!
7.
O meu avô ganhou a lotaria.
8.
A Daniela nasceu à meia-noite.
9.
O André escreveu um poema à sua amada.
10.
A diretora de turma é uma boa amiga.
|
Coluna B
a) estado / situação estativa
b) evento não durativo
c) evento durativo
|
5. Identifique as frases que
traduzem as situações descritas na coluna A.
Coluna A
1. Situação habitual
2. Fase inicial da situação
3. Valor resultativo
4. Fase cessativa
5. Valor progressivo da
situação
6. Valor iterativo do evento
|
Coluna B
a) Os alunos saltitaram de pergunta em pergunta
no exame.
b) O Luís acabou de sovar a tartaruga de
Beresford.
c) O Zeca conduziu tanto que esgotou o depósito
do camião.
d) A Sónia compõe a vestimenta sempre que entra
e sai da sala.
e) O Marco começou a olhar para o novo penteado
da Catarina na aula de Português, o malandro…
f) Apesar de a Ana não o ter destravado, o automóvel
foi andando.
|
* - * - * - * - * - * - * - *
Correção
1.1.
As frases mal formadas são as das alíneas c,
d, f e g.
1.2.
. Frase
c): A afirmação «A Terra gira à volta do Sol.» constitui uma «verdade» aceite
por todos. A introdução da expressão «às vezes» aponta para um acontecimento
ocasional.
. Frase
d): A forma verbal «adormeceu» apresenta um valor pontual; a expressão «durante
três horas», valor durativo.
. Frase
f): «Entrou» tem valor pontual, «escreveu» e um processo durativo.
. Frase g)
«Tem estado a aprender» tem valor durativo, «ontem», pontual.
2.
1 – B
2 – C
3 – A
4 – C
5 – A
3.
a) Aspeto
perfetivo.
b) Aspeto
incoativo.
c) Aspeto
habitual.
d) Aspeto
conclusivo.
e) Aspeto
iterativo.
f) Aspeto
genérico.
g) Aspeto
imperfetivo.
h) Valor
aspetual perfetivo.
i) Valor
habitual.
j) Valor
durativo.
k) Aspeto
pontual.
l) Aspeto
imperfetivo.
m) Aspeto
habitual.
n) Aspeto
genérico.
o) Aspeto
iterativo.
4.
1 – A
2 – C
3 – A
4 – B
5 – C
6 – A
7 – B
8 – B
9 – C
10 – A
5.
1 – D
2 – E
3 – C
4 – B
5 – F
6 – A
quarta-feira, 8 de maio de 2013
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