segunda-feira, 10 de julho de 2023
Análise do poema "O Portugal Futuro", de Ruy Belo
domingo, 9 de julho de 2023
Resumo do capítulo II de Memórias de um Sargento de Milícias
Neste capítulo, temos uma narração rápida dos factos: a descrição do “menino”; a traição de Maria e o desfecho da situação. A infância da criança caracteriza-se por aspetos que já o marcavam ao nascer: é traquina, guloso e colérico. Após a fuga da mãe, o “menino” fica a cargo do padrinho.
A
narrativa dá um salto no tempo e vamos encontrar a criança já com sete anos,
não sem que o narrador apresente alguns traços seus: o choro enquanto bebé; a
traquinice; o gosto de comer; a teimosia. A mãe castiga-o batendo-lhe, o que
lhe deixa marcas no corpo.
Enquanto
isso, a relação dos pais vive momentos conturbados: o pai suspeita que a
companheira o trai, visto que já vira várias vezes um sargento a esgueirar-se e
a olhar pela janela da sua casa. Além disso, desconfia de um colega que o
procura constantemente, bem como de um capitão de um navio de Lisboa, que já
encontrara diversas vezes junto da sua residência e, um dia, surpreende, ao
entrar em casa, a fugir por uma janela.
Confirmadas
as suas suspeitas, Leonardo Pataca agride a mulher, numa cena que é observada
pelo filho de ambos, que, com o maior sangue frio, enquanto rasga os autos que o
pai havia deixado cair quando entrara em casa, assiste à sova que a mãe sofre.
No momento em que Pataca começa a acalmar-se, repara que o filho lhe tinha
rasgado a documentação, por isso enfurece-se de novo: levanta-o pelas orelhas,
fazendo-o dar meia volta; em seguida, dá-lhe um pontapé, dizendo que a criança é
filha de uma pisadela e de um beliscão, atirando-a a quatro braços de
distância. O menino foge para a loja do padrinho, que já tinha conhecimento da
verdade, dado que, como era comum na sociedade da época, tinha o hábito de
espionar a vida alheia, por isso conhecia todas as visitas da comadre.
O
barbeiro desloca-se a casa do compadre Leonardo e questiona-o se tinha perdido
o juízo, ao que o segundo responde que perdera a honra. Maria surge em cena e,
sentindo-se protegida pela presença da comadre, o que desperta novo momento de
fúria de Pataca, que a volta a agredir. De seguida, junta os papéis rasgados, a
bengala e o chapéu e saiu batendo com a porta. É de manhã.
De
tarde, quando regressa a casa, disposto a fazer as pazes com Maria, fica a
saber que ela tinha fugido entretanto com o capitão do navio de Lisboa.
Leonardo sai sem dizer nada e o filho fica entregue ao compadre barbeiro.
Introdução a Memórias de um Sargento de Milícias
Escrita
quando o autor tinha apenas 21 anos, começou por ser publicada em folhetins
anónimos de um suplemento do jornal “Correio Mercantil”, intitulado “A
Pacotilha” (onde trabalhava como revisor e redator), tal como aconteceu com as Viagens
na Minha Terra, de Almeida Garrett. A publicação em folhetins era uma
técnica comum no Romantismo e implicava estratégias diferentes para manter a
atenção do leitor. Mais tarde, foi publicada em dois volumes assinados por “Um
brasileiro”, nos anos de 1854 e 1855, um pseudónimo que servia para manter o
anonimato do autor e tornar claro que o autor do livro não era um estrangeiro.
Neste ponto, convém ter presente que era comum a publicação de traduções em
suplementos literários.
Memórias
é um romance urbano que descreve o ambiente da cidade, os costumes, etc. O
livro centra-se numa camada social relativamente baixa; sobe mais com D. Maria
e desce com os ciganos. Descreve o modo como viviam, como ganhavam dinheiro e
como adquiriram riqueza, tudo isto em tom irónico.
Descreve
uma sociedade mais próxima do seu tempo que Alencar em Iracema. No fundo,
descreve a sociedade em que vivia, o que talvez justifique a sua fraca
aceitação. A intenção de Alencar era a procura de um passado místico, onde
radicasse a origem da nacionalidade do Brasil. Manuel António de Almeida tem
como intenção descrever, de modo crítico e irónico, a sociedade que o rodeia.
A trama
principal do romance gira em torno da vida de um típico malandro do Rio de
Janeiro, mas, na verdade, constitui a versão do autor das lembranças
autobiográficas que lhe contara António César Ramos, um velho companheiro de
redação, ambientadas no período joanino (1808-1822). O protagonista chama-se
Leonardo, um menino endiabrado e jovem malandro amado por uns e odiado por
outros.
Classificação de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
Moral de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
A moral da história poderia resumir-se do seguinte modo: é necessário combater a intolerância e os preconceitos sociais.
Ideologia de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
Representação do discurso em O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
O narrador de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
sábado, 8 de julho de 2023
Espaço psicológico em O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
O espaço psicológico refere-se à memória dos dias felizes vividos pelo Gato e pela Andorinha e dos espaços em que conviveram. De facto, o felino vive uma experiência que abre caminho para a recordação de uma paixão romântica e idealizada, mas também muito sofrida, experiência essa que o muda e faz crescer.
Espaço social em O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
Espaço físico de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
A ação decorre num parque onde os animais vivem e que, com a chegada da primavera, se torna extremamente belo.
Dentro
do parque, o narrador foca a sua atenção noutros microespaços, como, por
exemplo, debaixo das árvores, o local destinado aos bichos que não voam nem
trepam e por onde o gato passeia. Os ramos das árvores são o lugar onde as aves
pisam e fazem os seus ninhos. Além disso, é a partir dos ramos das árvores que
a Andorinha observa o Gato. O esconderijo da Cascavel é um lugar longínquo,
onde vive apenas a Cobra Cascavel, a encruzilhada do fim do mundo, e para onde
ele se dirige no final da história, depois do casamento da Andorinha e do
Rouxinol.
Tempo do discurso em O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
Tempo psicológico de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
. “Curto foi o tempo do
verão para o Gato e a Andorinha.”
Tempo da história em O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
Na
obra, o tempo da história abrange cerca de um ano da vida dos protagonistas e é
narrado de acordo com as estações do ano, que dão título a alguns dos capítulos
da história e que estão em consonância com os sentimentos das personagens
principais.
Na
primavera, o Gato e a Andorinha conhecem-se e, com a continuação da estação,
interessam-se um pelo outro. No final, encontram-se todos os dias. No verão, o
Gato e a Andorinha agem como namorados e o felino sente ciúmes por ela sair com
o Rouxinol. No outono, o Gato parece mais sociável, sofre e escreve poemas
apaixonados e nostálgicos, mas a Andorinha afasta-se e revela que vai casar com
o Rouxinol. No inverno, ressalta a tristeza e a dor resultantes da separação: a
ave casa com o Rouxinol e o Gato compreende que o “sonho de amor” acabou.
Em
síntese:
Primavera
. O Gato Malhado vivia isolado, pois era mau para os outros
animais do parque. . A Andorinha, curiosa e interessada, queria saber mais do
gato, por isso passou a observá-lo. . No primeiro dia da primavera, todos fugiram do Gato menos a
Andorinha. . Apesar da má relação entre gatos e andorinhas, o Gato e a
Andorinha decidiram ser amigos. . O Gato e a Andorinha encontravam-se e passeavam todos os
dias, situação que se prolonga até à primavera findar. |
Verão
. O Gato e a Andorinha passeavam e conversavam. . O Gato tinha ciúmes do Rouxinol e ficava triste quando a
Andorinha saía com ele. . O Gato declarou-se à Andorinha: “Se eu não fosse gato, te
pediria para casares comigo.” |
Outono
. O Gato tinha mudado. . Os animais já não tinham medo dele. . O Gato escreveu um soneto à Andorinha. . Os dois passeavam, mas em silêncio. . No final do dia, o Gato ofereceu o soneto à Andorinha. . No dia seguinte, a Andorinha não apareceu e enviou uma carta
definitiva pelo pombo-correio. . Ambos se sentiam tristes. |
Inverno
. No início do inverno, a Andorinha casa com o Rouxinol. . O Gato perde toda a esperança. . O Gato vai ao encontro da morte, a Andorinha apercebe-se e
chora. |