domingo, 20 de janeiro de 2013
Definição de epopeia
- Definição: do grego epos, palavra que significava canto ou narrativa, o texto épico diz respeito à narração, em verso ou em prosa, em estilo elevado / grandioso, de feitos heróicos passados. Desde a Antiguidade, o texto épico recebe o nome de epopeia quando constitui uma narrativa, em forma de verso, que retrata as façanhas de um povo com interesse nacional e projeção universal.
- Interesse nacional: em Os Lusíadas, encontramos a sublimação dos heróis nacionais que culmina na deificação e imortalização ("Ilha dos Amores"), com o objetivo de incentivar a geração do seu tempo no sentido de restaurar uma velha grandeza decadente. Ao longo da obra, perpassam as características da alma nacional: a fidelidade (em Egas Moniz),o heroísmo guerreiro (em Nuno Álvares Pereira), o espírito de aventura (no Magriço), a tenacidade e a persistência (em Vasco da Gama e seus companheiros...).
- Projeção universal: ela encontra-se na revelação ao mundo da grandeza de um povo que "deu novos mundos ao mundo", ao ligar continentes, cristianizar partes do mundo, abrir novas vias comerciais, etc.
sábado, 19 de janeiro de 2013
Classicismo
O
Classicismo é uma estética que
estabelece um rigoroso sistema de regras próprias dos vários géneros
literários: o épico (representado entre nós pel' Os Lusíadas); o lírico (com as suas formas fixas, como o soneto e o
seu verso decassílabo, a canção, a écloga, a elegia, a epístola, o epigrama, a
ode, a sextilha, o epitalâmico e o ditirambo); dramático, representado pela
tragédia e pela comédia.
As
suas principais características são as seguintes:
. Exaltação do Homem
(antropocentrismo), em contraste com o teocentrismo medieval.
. A verdadeira Arte tem por
base a imitação, ou seja, deve haver a imitação da Natureza pela Arte, sendo a
paisagem sempre amena ("locus amoenus"), idealizada, convencional e
artificial, excluindo o insólito ou acidental, a fim de poder refletir o intemporal,
o eterno, o essencial.
. Predomínio da razão sobre
o sentimento, evitando-se os voos da imaginação e os caprichos da fantasia.
. Imitação dos autores gregos
e latinos, adotando temas, usando a mitologia, criando formas poéticas e
introduzindo géneros literários.
. Valorização da Arte como
expressão de cultura, estudo e bom gosto.
. Sujeição a regras rígidas
de conteúdo e forma.
. Justa proporção, equilíbrio
e comedimento, de tal forma que as personagens se comportassem de harmonia com
a sua condição social, se omitissem expressões e vocábulos grosseiros, não se
tratassem assuntos escabrosos, se proscrevessem cenas violentas e cruéis.
Humanismo
O
Humanismo parte do estudo da cultura
antiga e, com base nela, valoriza tudo o que é humano e exalta os valores do
Homem como centro do Universo (antropocentrismo). O Homem é a "medida de
todas as coisas", ou seja, passa a ser encarado como o pólo central, o
valor máximo. O Renascimento representou uma viragem decisiva em relação às
conceções medievais, que podemos sintetizar opondo a conceção antropocêntrica
(o Homem no centro das preocupações) à conceção teocêntrica da Idade Média (Deus
é o centro de universo).
Reagindo
ao período da Idade Média, os humanistas voltam-se para a Antiguidade clássica
greco-latina, centrando a sua atenção no Homem (antropocentrismo), em
substituição do teocentrismo tradicional.
De
facto, a ação dos humanistas, nome que designa os intelectuais deste período,
correspondeu a um desejo de abandono dos padrões medievais e à instauração de
uma mundividência nova.
O
homem medieval tinha uma visão pessimista da existência, encarando-a como uma
penosa passagem que encarava o encontro com Deus após a morte como a realização
única. Já o homem renascentista acredita em si mesmo e na sua realização
terrena, dado que se realiza na sua obra. Seguindo a máxima de Protágoras, os
humanistas defendiam que “o Homem é a medida de todas as coisa”.
Deste
modo, as qualidades mais valorizadas no ser humano deixam de ser apenas a
religiosidade, o heroísmo e a honra cavaleiresca, para passarem a ser a inteligência,
o saber e o mérito, veículos para a realização de obras para a posteridade.
Através delas, o artista liberta-se da “lei da morte”, tornando-se imortal. Em
simultâneo, imortaliza os seus mecenas, ou os heróis e os seus feitos da sua
pátria.
A
confiança nas capacidades humanas e a busca do saber e da cultura implicavam a
valorização da razão e da experiência. Ao espiritualismo medieval, o homem
renascentista prefere o racionalismo, à crença em verdades impostas, prefere a
certificação da verdade através da experimentação. Assim sendo, o saber resulta
do estudo conjugado com a experiência, configurando este dado as bases do
conhecimento científico.
Neste
contexto, os Descobrimentos portugueses desempenham um papel central no
Renascimento por causa de:
. descoberta de novas terras e povos
desconhecidos;
. descoberta de nova fauna e flora;
. inovações tecnológicas
exigidas pelas viagens marítimas (ex.: o astrolábio);
. conhecimento dos ventos
e das correntes marítimas;
. surgimento e adaptação
de embarcações;
. desenvolvimento da
cartografia;
. etc.
Fontes:
. Manual Plural 12;
. A. J. Saraiva, Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa
Renascimento
O
Renascimento pode definir-se como a "adoção das formas artísticas
greco-latinas e a assimilação do espírito que as anima". O
Renascimento é, portanto, uma aceitação e não uma ressurreição das formas
greco-latinas, pois a ressurreição supõe a morte e as formas greco-latinas nunca
morreram.
Nos
finais do século XV e princípios do século XVI, a literatura portuguesa começou
a registar algumas ténues influências da literatura italiana, nomeadamente ao
nível da poesia produzida em contexto palaciano, nas cortes de D. João II e
depois, mais acentuadamente, de D. Manuel. Esses poemas, da autoria de muitos
nobres para quem a arte de versejar era um atributo muito importante, eram
portadores, com assinalável frequência, de uma atitude amorosa e poética que
revelava a influência do poeta italiano Petrarca, o precursor do Renascimento.
Em
1516, Garcia de Resende publicou a compilação desses poemas palacianos numa
obra intitulada Cancioneiro Geral,
dedicada ao príncipe e futuro rei de Portugal D. João III, afirmando no Prólogo
que o objetivo do seu trabalho era contrariar a natural tendência de os
portugueses não registarem, para o futuro, as suas obras. Publicado no ano de
inauguração do Mosteiro dos Jerónimos e no período de florescimento do teatro
de Gil Vicente, o Cancioneiro revela
a valorização já renascentista que a cultura começara a merecer.
Em
1521, Sá de Miranda, um dos poetas presentes no Cancioneiro de Resende, empreende uma demorada viagem a Itália,
durante a qual contactou com a cultura e a arte da Renascença. Cinco anos mais
tarde, de regresso a Portugal, trouxe consigo o gosto pelo novo estilo – o dolce
stil nuovo – e introduziu na nossa literatura, entre outras composições
poéticas, o soneto, com os seus versos decassilábicos.
Por
outro lado, a literatura renascentista redescobrira os clássicos e a Poética de Aristóteles, uma obra que
regulamenta e hierarquiza os géneros literários, considerando a epopeia e a
tragédia os géneros mais nobres. Não é, pois, de estranhar que a o desejo de
elaboração de uma epopeia se tenha disseminado, vindo a ser concretizado por
Luís de Camões, e António Ferreira tenha escrito a tragédia Castro, inspirada nos amores trágicos de
D. Pedro I e D. Inês de Castro.
Manual Plural 12
A Contra-Reforma e a união com a Espanha
Cerca
de 1550 ocorreram alguns acontecimentos decisivos, que coincidem com a crise
geral então vivida. Em 1547, é definitivamente estabelecida a Inquisição em Portugal,
após esforços que datavam de 1531. Naquele mesmo, ano sai o primeiro rol de
livros proibidos, sucessivamente acrescentado em 1551, 1561, 1564, 1581, 1624.
Em 1550, o grupo de professores trazido a Portugal por André de Gouveia (já
falecido em 1548) é posto à margem após um processo movido por inimigos do Colégio.
Em 1555, o rei entrega este colégio, rebatizado como Colégio das Artes, à Companhia
de Jesus, que domina os Estudos Menores (hoje diríamos secundários) em Lisboa e Évora, e que no mesmo ano funda uma universidade
sua nesta última cidade. A partir de 1557, ano da morte de D. João III, a
principal personagem do reino é o cardeal-infante D. Henrique,
inquisidor-geral, que alterna a regência com a rainha-viúva. Em 1564, as
decisões do Concílio de Trento são promulgadas em Portugal sem restrições, caso
único entre os reinos da Europa Ocidental. Desde cerca de 1550, foram silenciados
mesmo os mais estrénuos erasmistas, como André de Resende, Damião de Góis e
Diogo de Teive, e por 1580 está extinta a geração dos letrados e gramáticos antiescolásticos que tinham
campeado por altura das grandes reformas escolares do início do reinado de D.
João III.
Entre
os autores proibidos ou amputados pela Censura contam-se Gil Vicente, Bernardim
Ribeiro, Sá de Miranda, João de Barros, Jorge Ferreira de Vasconcelos, Jorge de
Montemor, António Ferreira. Nenhum livro podia sair, na segunda metade do
século XVI, sem três licenças: a do Santo Ofício, a do Ordinário eclesiástico
na diocese respetiva e a do Paço. O relator do Santo Ofício examinava o livro
em manuscrito e obrigava o autor a alterá-lo, amputá-lo ou acrescentá-lo, antes
de lhe conceder a fórmula «nada contém contra a nossa Santa Fé e bons
costumes». E, assim, desde a segunda metade do século XVI até à reforma
pombalina da censura, não podemos afirmar que conhecemos o texto original de
uma obra impressa, mas somente um texto ao qual os censores anuíram. A
impressão, a venda, a herança e a entrada de livros vindos do estrangeiro
estavam sujeitas a apertada vigilância, incluindo inspeções domiciliárias,
declarações periódicas obrigatórias e as mais graves penalidades, com
recompensa de denúncias secretas à custa dos bens confiscados.
Aos
efeitos da Contra-Reforma vieram juntar-se, a partir de 1581, os da união com
Espanha. Do primeiro resultou murcharem as promessas do Humanismo. O segundo
teve como consequência o desaparecimento da corte de Lisboa, o foco literário
mais estimulante do País. Os homens de letras e artistas, que até então viviam
sobretudo da munificência régia, procuraram a proteção da corte de Madrid, ou
acolheram-se ao mecenato das maiores casas senhoriais, como as dos condes de
Vila Real e dos duques de Bragança. Outros viveram à sombra das ordens
religiosas a que pertenciam, tratando uma temática predominantemente devota. O
teatro, o grande género das cortes monárquicas do século XVII, decaiu após as
criações de Gil Vicente e António Ferreira. Na lírica e na épica, os padrões
renascentistas mal se renovaram. Na prosa, o primeiro plano da cena é ocupado
pelos cronistas das diversas ordens religiosas, quer se ocupem da história do
Reino, quer da dos conventos e santos respetivos. Tirante os discípulos dos
quinhentistas refugiados em várias «cortes na aldeia», o clero reforça a
posição predominante na produção literária.
A
Universidade de Coimbra é dominada pelos Jesuítas, embora as outras principais
ordens religiosas tenham acesso às suas cátedras. Durante o século XVII atinge
o seu apogeu a «escola conimbricense», que é uma tentativa para adaptar a
Escolástica e o Aristóteles dos Escolásticos à problemática mais recente. A
universidade jesuíta de Évora é outro foco importante de Teologia escolástica.
O
ensino universitário jesuíta, de início razoavelmente actualizado e eficiente,
decai à medida que se aproxima e avança o século XVII, convertendo-se os
tratados universitários em manuais, e estes em postilas sem autoria responsável, equivalente às sebentas no nosso tempo.
Além
do ensino universitário, os Jesuítas dominam, em geral, com os seus colégios de
Artes, os Estudos Menores, ou preparatórios, em toda a extensão do império da
Casa da Áustria, através de numerosas escolas onde se educam tanto a aristocracia
de sangue como a burguesia. Nesses colégios, entre os quais se destacam o
Colégio das Artes de Coimbra e o de Santo Antão de Lisboa, além de noções de Matemáticas
e Geometria necessárias à construção ou manobra naval, à vida militar, etc.,
ministra-se principalmente uma cultura geral que, embora adoptando as formas da
erudição humanística, era escolástica na sua inspiração mais profunda. A Ratio Studiorum, regulamento pedagógico
de todas as escolas jesuítas (1599), tem em vista desenvolver a expressão oral
e escrita em latim, a capacidade de disputa e de exibição literária em público,
através de sabatinas, concursos de emulação escolar, récitas, representações
teatrais, proscrevendo expressamente todo o magistério ou prática escolar que
favoreça a curiosidade intelectual, o gosto da novidade, o espírito crítico.
Aristóteles, base de todo o ensino, deve ser interpretado segundo os
comentadores consagrados, especialmente S. Tomás.
Diferentemente
do que sucede em Espanha, o papel cultural das outras ordens religiosas é em
Portugal, nesta época, modesto em comparação com o dos Jesuítas. Devem-se no
entanto aos Cistercienses de Alcobaça, aos Dominicanos, aos Franciscanos e a
outros, numerosas hagiografias, histórias monásticas, histórias nacionais, que
constituem o grosso da produção impressa em língua portuguesa no século XVI.
Convém
ter bem presente que sob o governo dos Filipes são, mais do que nunca,
bilingues não só os autores como o público português. Significativo é que o Quijote de Cervantes tenha duas edições
em Lisboa no próprio ano da sua primeira edição; e que a primeira edição do Guzmán de Alfarache, 2.ª parte, de Mateo
Alemán, seja igualmente lisboeta. Esboça-se desta forma uma tendência a dar ao
castelhano, língua geral da Península, preponderância no teatro e nos géneros
de grande circulação, como o romance, ficando o português reduzido à condição
de língua regional. Tendência passageira, resultante da ausência de uma corte
régia em Lisboa, e que pode ter contribuído para a decadência ou falta de
continuidade do romance e do teatro em língua portuguesa.
A. J. Saraiva, Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa (adaptado)
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
O Renascimento em Portugal - Generalidades
Apesar
da dinâmica que se fez sentir na sociedade portuguesa a partir do século XV, do
impacto dos Descobrimentos na mudança das mentalidades e da contratação de
humanistas estrangeiros por parte de monarcas portugueses a partir do reinado
de D. Afonso V, o Renascimento chegou tardiamente ao nosso país. Observe-se,
por exemplo, como a arquitetura nunca se chegou a impor verdadeiramente, em
razão da influência do estilo gótico, que se prolongou até ao reinado de D.
Manuel e esteve na origem do estilo manuelino, uma espécie de modernização
renascentista do gótico. Somente no reinado de D. João III (1521 – 1557) se
constituíram edifícios marcadamente renascentistas, como a Igreja de Nossa
Senhora da Graça em Évora, a Misericórdia de Beja, as sés de Miranda do Douro,
Leiria e Portalegre e um dos claustros do Convento de Cristo em Tomar.
Politicamente,
durante o período de vida de Camões (1524 ? ‑ 1580), reinaram em Portugal D. João
III, D. Sebastião e D. Henrique. Camões assistiu ao fim do ciclo dos
Descobrimentos, que foram anteriormente, simultaneamente, uma das causas e
consequências do espírito renascentista. Contribuindo para a abertura de novos
horizontes ao homem europeu, os Descobrimentos determinaram um conjunto de transformações:
Aproximadamente
doze anos após o nascimento de Camões, surge em Portugal o Tribunal da
Inquisição. Em 1531, regista-se um grande terramoto no reino, ficando
destruídas povoações inteiras. A desproporção entre a escassez de recursos
humanos e a vastidão geográfica das terras descobertas, a sucessão de
naufrágios (o de Sepúlveda foi em 1522), a derrota em Alcácer Quibir em 4
de agosto de 1578 contribuíram fortemente para a queda do nosso império. Em
suma, é lícito concluir que o tempo biográfico de Camões corresponde à trajetória
política portuguesa, que culmina com a perda da independência em 1580.
Renascimento - Contexto português
Acentua-se,
após a descoberta do caminho marítimo para a Índia, o processo de concentração
do poder político e económico sob a chefia do rei, iniciado com as campanhas do
Norte de África e a exploração do ouro da Mina. A exploração económica do
ultramar faz-se grandemente em regime de monopólio da Coroa. Apesar dos progressos
da burguesia rural e comercial desde o século XIV, ela não conseguiu evitar que
as novas expansões económicas fossem na maior parte absorvidas como renda
feudal, sob formas variadas (rendas da colonização insular e brasileira, monopólios
dos "resgates" e "tratos" ultramarinos, monopólios de
produção interna sujeita a direitos "banais", e, finalmente,
administração da Coroa a favor duma oligarquia), o que dificultou a acumulação
do capital propriamente dito e seu posterior investimento na agricultura e, em
geral, na produção interna.
Fonte: História da Literatura Portuguesa, A. J. Saraiva e O. Lopes
Esta
espécie de monopólio comercial ultramarino a favor da nobreza palaciana
encontra dificuldades: vícios internos do seu funcionamento, ataques vindos de
Holandeses, Franceses, Ingleses, aliados por vezes no Oriente a populações
locais, que dificultam cada vez mais o domínio militar das estradas e feitorias.
O sistema entra em crise por meados do século XVI. D. João III é obrigado a
evacuar algumas praças marroquinas. Realizam-se tentativas para descobrir novas
minas de ouro ou prata na América e na África, mas volta-se depois ao projecto
da guerra africana, tendo em mira a ocupação do reino de Fez. O desastre de
Alcácer Quibir vem agravar a bancarrota económica com o colapso militar e
político. A união com Castela apareceu finalmente à maior parte da camada
dirigente como uma saída. E, assim, a Coroa portuguesa integra-se, desde 1580,
no sistema de hegemonia espanhola, que se mantém até finais da Guerra dos
Trinta Anos, cerca de meados do século XVII, como uma extensa coligação de
coroas, distintas mas acumuladas sobre a mesma cabeça imperial ou ligadas entre
si pela consanguinidade dos monarcas Habsburgos.
No
entanto, mesmo dentro de Portugal e Espanha, a burguesia mercantil não deixava
de progredir, desafiando o monopólio do Estado e o poder da nobreza. Pouco a
pouco domina a praça de Lisboa e o comércio entre o ultramar e a Europa. Grande
parte destes homens de negócios descende dos judeus convertidos à força em 1496
e efetivamente assimilados. Daqui tiram pretexto os círculos dirigentes para
instituir a Inquisição (1536), em teoria dirigida sobretudo contra a prática
clandestina do judaísmo. Graças ao Santo Ofício, estabeleceu-se a discriminação
contra os «Cristãos-Novos», verdadeiros ou supostos descendentes dos Judeus,
que eram grande parte dos "homens de negócios", e tentou-se impedir o
acesso deles a postos de direção no Estado, na Igreja e até na Universidade; ao
mesmo tempo que, através do fisco inquisitorial, se expropriava uma parte dos
seus bens. Esta perseguição foi contraproducente, pois teve, entre outros
resultados, o de que muitos cristãos-novos emigraram e constituíram uma rede
internacional com núcleos na Holanda, na França, na Inglaterra, no Brasil, no
Peru, na África e na Índia, pelas malhas da qual passava uma grande parte do
comércio mundial. Através destas relações, a burguesia mercantil portuguesa
tende a ganhar um carácter cosmopolita.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Renascimento - Origem
·
O Renascimento é «um movimento cultural que,
articulado com fatores sociais, económicos, políticos e religiosos, criou uma
profunda de dinâmica de mudança na Europa dos séculos XV e XVI». É um movimento
de recuperação da cultura greco-latina, cuja designação se ficou a dever a uma
certa oposição à Idade Média, considerada, erradamente em parte, como uma
«época de trevas» pelos homens do Renascimento. Nas palavras de António José
Saraiva e Óscar Lopes, o Renascimento é o período que caracterizado pela
«adoção das formas artísticas greco-latinas e a assimilação do espírito que as
anima», o que sugere que estamos perante uma aceitação e não uma ressurreição
das formas clássicas, visto que a ressurreição supõe a morte e as formas greco-latinas
nunca morreram. Com efeito, durante a Idade Média leram-se Homero e Virgílio,
comentaram-se as obras de Aristóteles e Platão, estudaram-se as línguas grega e
latina.
·
O berço do Renascimento foi a Itália do século
XV, nomeadamente cidades como Florença, Génova e Veneza, não obstante alguns
sinais de mudança se terem começado a sentir no final da Idade Média, em
determinados centros intelectuais europeus.
·
Esta origem explica-se pelo facto de, sobretudo
em Florença, se ter formado uma elite de políticos e intelectuais que,
enriquecida pelo comércio, esteve na génese de um movimento profundo de
renovação cultural.
·
Ainda em Florença, é de destacar o papel da
família Médicis ao longo do século XV, família essa que governou a cidade e se
constituiu como mecenas de inúmeros artistas, o que fomentou o desenvolvimento
das letras e das artes. Durante o século XVI, membros dessa família dominaram o
papado, o que fez com que Roma se tornasse o novo centro de irradiação do
Renascimento.
·
O movimento renascentista acabou por e expandir
por toda a Europa – tendo como base a Itália e a Flandres, outro centro de
comércio e desenvolvimento artísticos ‑, tendo atingido o auge nas primeiras
décadas do século XVI.
·
Por outro lado, durante o período do
Renascimento, a Europa assistiu ao surgimento de cortes luxuosas, de estados
poderosos e de forte centralização do poder. Reis e papas interessaram-se pela
cultura, pelo que se rodearam de artistas, edificaram palácios e igrejas que
ornamentaram com pinturas e esculturas, muitas vezes contendo o retrato do
patrono e / ou de familiares seus.
·
A riqueza, aliada ao desejo de promoção e
notoriedade, possibilitou o investimento na arte por parte de ricos
comerciantes e de altos dignitários da Igreja. Em simultâneo, o mecenato
alastrou a diversas cortes europeias.
·
A difusão do Renascimento pela Europa ficou a
dever-se, em larga medida, às viagens e à troca de correspondência encetadas
pelos artistas e intelectuais da época, favorecendo assim a difusão de ideias.
·
Esse grupo de letrados desenvolveu uma intensa
atividade intelectual distribuída por diferentes áreas:
·
Pedagogia ‑ propunham:
·
a leitura e o comentário dos textos de autores
clássicos para apreensão do seu significado preciso;
·
a introdução de matérias novas, como a História,
no conjunto das disciplinas existentes;
·
a introdução, nos estudos, das obras de autores
científicos da Antiguidade.
·
Sociedade ‑ defendiam:
·
a escolha dos dirigentes segundo o saber e a
capacidade;
·
a condenação da guerra;
·
Literatura:
·
adotaram como modelos os géneros literários, as
formas poéticas, os recursos estilísticos cultivados pelos antigos autores
gregos e romanos;
·
adaptaram as línguas modernas ao estilo antigo.
·
Por outro lado, foram vários os fatores que
contribuíram para a difusão deste novo espírito:
·
O desenvolvimento do comércio, das atividades
industriais e das cidades e, portanto, de uma sociedade mercantil;
·
A descoberta da tipografia, graças a Gutenberg,
que se constituiu como um meio prodigioso para a difusão das ideias e da
informação, associada ao crescimento de um público a quem já não satisfazia a
reprodução manuscrita do livro, com todos os constrangimentos que acarretava;
·
A descoberta do caminho marítimo para a Índia e
para a América;
·
O encontro de civilizações desconhecidas, como a
chinesa, facto que levou à modificação das conceções acerca do planeta, dos
costumes e das crenças;
·
As invenções e aperfeiçoamentos técnicos, como a
artilharia ou os novos processos de navegação ou de exploração das minas.
·
Verifica-se, por isso,
·
o alargamento da curiosidade a vários aspetos do
património cultural antigo (o saber prático ou especulativo, o lucro e a
operosidade mercantil, a inteligência e o corpo humano, a vida terrena);
·
a difusão da cultura clássica pelas novas técnicas
de produção do livro, por meio da edição dos clássicos greco-latinos e das
obras de análise e interpretação dos humanistas.
Bibliografia:
» Manual Plural 12,
» Manual Português +, Areal Editores
» História da Literatura Portuguesa, de António José Saraiva e Óscar
Lopes;
» História da Literatura
Aspetos culturais: Renascimento, Humanismo e Classicismo
O
desenvolvimento do comércio, das atividades industriais e das cidades relaciona-se
com o grande movimento que se designa pela palavra Renascimento
em sentido lato. A velha cultura clerical não consegue satisfazer as novas
necessidades e aspirações culturais. E alguns grandes acontecimentos,
aparentemente súbitos, mas na realidade preparados por um longo processo,
transformam rapidamente o horizonte mental dos grupos sociais mais dinâmicos.
A
descoberta da tipografia e a invenção da imprensa em meados do século XV,
atribuída a Gutenberg, é estimulada pela existência de um público em
crescimento, para o qual já não bastava a reprodução manuscrita do livro. Essa
invenção acelerou prodigiosamente a difusão dos livros, das ideias e das
notícias, e constituiu-se em poderoso fator de transformação ideológica.
O
descobrimento do caminho marítimo para a Índia e o da América ‑ ambos rapidamente
divulgados pela imprensa ‑, assim como o encontro de civilizações desconhecidas,
como a chinesa, modificam as concepções multisseculares do europeu acerca do
planeta, dos costumes e das crenças.
Outras
invenções e aperfeiçoamentos técnicos, como a artilharia, os novos processos de
exploração de minas, etc., mostram as possibilidades de domínio da natureza,
abrindo caminhos para a ciência conexamente matemática e experimental, que será
um facto no final do século XVI com os trabalhos de Galileu.
Não
surpreende por isso que, sobretudo antes de começarem e depois de terminarem as
lutas religiosas que ensanguentaram os meados do século XVI, principie a
esboçar-se um moderno ideal de sociedade, sob a alegoria, por exemplo, de uma
distante cidade quimérica e racionalizada, sem tribunais nem violência ‑ a Utopia de Tomás Morus (a que se
seguiram, mais tarde, a Cidade do Sol,
escrita em 1602 na prisão por Campanella, e a Nova Atlântida, 1627, de Francisco Bacon).
É
neste contexto que se torna possível uma assimilação mais ampla da cultura
greco-latina. Embora alguns autores latinos não fossem ignorados antes do
século XV (especialmente Séneca, Cícero e Ovídio) e muitos lugares-comuns
literários da Antiguidade tivessem feito caminho até à literatura cortês
através das obras do clero medieval, certas facetas da cultura clássica eram
inassimiláveis pelo mundo feudal e agrário. O desenvolvimento da sociedade
mercantil e de toda uma cultura ligada à sua experiência põe em causa a síntese
doutrinária lentamente elaborada pelo clero das universidades nos séculos
imediatamente anteriores, e um dos efeitos desta situação é o alargamento da
curiosidade a outros aspetos do património cultural antigo em que, contrariamente
à Escolástica, se dignificassem as atividades civis, o saber prático ou
especulativo em diretrizes teológicas, o lucro e a operosidade mercantil, a inteligência
e até o corpo humano, a vida terrena. Pouco a pouco, o esquema teológico da
Criação, Queda e Redenção serve de modelo a este outro: Luzes greco-romanas,
Trevas "góticas" e monaicas. Daqui a designação de Renascimento, que só mais tarde se
começou a usar explicitamente em relação ao Quattrocento
(século XV italiano) e a uma parte do século XVI europeu de demarcação
problemática.
Os
promotores deste movimento são os Humanistas, letrados cuja actividade se
exerce geralmente fora da hierarquia clerical, e que constituem um grupo cada
vez mais numeroso. A palavra humanismo
com que se designou este movimento, inspirada pelo conceito de humanitas (o da humanidade, ou qualidade
humana, como cultura e estrutura moral) de Cícero, exprime a crença num
conjunto de valores morais e estéticos universalmente humanos, os quais se
achariam definidos tanto nas Escrituras e na Patrística como na cultura profana
da Antiguidade.
Já
Petrarca, herdeiro da poesia provençal, viaja incansavelmente em busca de
códices latinos. Boccaccio (1313-1375), Poggio (1380-1459), Alberti (1404-1472)
e outros letrados italianos descobrem e dão a conhecer textos ignorados de
Tácito, Cícero, Quintiliano, Tito Lívio. Prelados bizantinos fixados em Itália
por ocasião dos concílios quatrocentistas, outros intelectuais de Bizâncio,
posteriormente fugidos aos Turcos, e eruditos italianos, como Filelfo, e
Lorenzo Valla (1405-1457), criador da filosofia clássica ‑ , contribuem para a
revelação da língua e da literatura helénicas, quase completamente ignoradas no
Ocidente medieval.
Renascimento - A Europa - Aspetos sociais
Do
final do século XV a meados do século XVI, a indústria desenvolve-se para além
dos quadros corporativos das cidades e há um surto de invenções e melhoramentos
técnicos, favorecidos pela procura crescente de mercadorias. Os senhores
feudais apropriam-se tanto quanto podem de terras comunais, reduzindo muitos servos
ou colonos a assalariados e produzindo para o mercado. O aumento do volume de
trocas, implicando o da circulação monetária, traz como resultado a procura de
ouro, prata e outras mercadorias preciosas. Intensifica-se o trabalho mineiro e
buscam-se minas, quer dentro quer fora da Europa. O descobrimento da prata na
América e do caminho marítimo para a Índia vêm ao encontro desta necessidade de
acréscimo dos meios de troca, e provocam uma alta de preços, ruinosa para os
que apenas vivem de foros e serviços feudais.
Tornam-se
possíveis grandes acumulações de capital e operações bancárias à escala de toda
a Europa e respetivos interesses ultramarinos. Formam-se grandes casas
financeiras, como os Fugger e os Welser. Descobrem-se meios de drenagem de
capitais, como o empréstimo público.
Estas
formas de concentração e mobilização dos meios monetários servem de base aos
grandes estados nacionais e até supranacionais, como o reino de França, o
império de Carlos V (dependente da casa Fugger e das minas de prata) e o
império português (dependente do ouro da Mina e da pimenta). Os monarcas,
recorrendo largamente ao empréstimo, consumindo em massa material de guerra,
onde já figurava a artilharia, oferecendo garantias de diversa ordem, estimulam
fortemente o crescimento do capitalismo mercantil. Por vezes a realeza favorece
a burguesia mercante; outras vezes, ajudada pela concentração do poder
económico e político, atua como vértice de uma aristocracia militar e
administrativa, na sua maior parte oriunda da aristocracia agrária.
Os
bens feudais da Igreja dão origem a constantes conflitos entre a Igreja e os
príncipes, que tendem a chamar a si, no todo ou em parte, o poder religioso e
os bens eclesiásticos, quer separando-se de Roma, como Henrique VIII de
Inglaterra, quer arrancando-lhe, como o rei de França, concessões importantes.
Com
o incremento do volume da produção, sob o estímulo do comércio europeu e
intercontinental, acelera-se o ritmo de desenvolvimento de algumas cidades,
especialmente no Reno, no Báltico e na Flandres. A burguesia industrial e
comercial destas cidades resiste às tentativas de dominação empreendidas por
Carlos V e por outros príncipes. Ao mesmo tempo, o aumento da exploração
agrícola, em que se lançam alguns senhores feudais, agrava a situação dos
camponeses e provoca insurreições como a de 1525 na Alemanha.
Estas
circunstâncias facilitaram a propagação da heresia religiosa desencadeada pelo
protesto de Lutero contra a venda de indulgências, em 1517, que inicia o
movimento de contestação da Igreja de Roma que ficaria conhecido por Reforma e
que acabaria por dividir os países europeus em católicos e protestantes. Os escritos
de Lutero e outros protestantes tornaram-se rapidamente conhecidos, graças à
recente invenção da imprensa. Relembremos que uma das suas ideias mais polémicas
foi a preconização da livre interpretação dos textos bíblicos (é sob a sua direção
que sai a primeira tradução da Bíblia em alemão). A burguesia das cidades,
desejosa de se libertar da tutela eclesiástica, apoiou, em grande parte, o movimento.
O mesmo fizeram os príncipes alemães, que cobiçavam os bens feudais da Igreja.
Massas de camponeses, artesãos e assalariados das cidades insurrecionavam-se em
nome do Evangelho contra a complexa formação social ‑ senhoria e mercantil ‑
que os oprimia. Mas Lutero condenou os levantamentos populares.
A
Igreja atravessa então um momento difícil. O rei de Inglaterra separa-se do
Papa; o de França toma uma atitude ambígua; e mesmo os príncipes favoráveis ao
Papa desacatam a Santa Sé, como Carlos V, cujo exército em 1527 saqueia Roma, saque
que revelou até que ponto a religião se sujeitara a interesses dinásticas e, em
geral, políticos e sociais.
A
necessidade duma reforma é geralmente admitida, até por alguns cardeais. Existe
uma grande corrente que, sem pôr em discussão a autoridade do Papa, preconiza a
emenda dos abusos e a interiorização do sentimento religioso. Essa corrente,
que tem o seu intérprete máximo em Erasmo de Roterdão, chegou a aparecer como
um compromisso possível entre Luteranos e «Papistas».
Entretanto,
a cultura e o saber científico desenvolvem-se. Exemplo desse desenvolvimento é
a defesa, em 1543, na Polónia, pelo astrónomo Copérnico, da teoria do
heliocentrismo, ignorada, porém, durante 72 anos, até Galileo a confirmar.
Após
uma época de anarquia e de indecisão, define-se a nova fisionomia política e
religiosa da Europa. No concílio de Trento (1545-63), cortam-se as pontes entre
os dois fragmentos da antiga cristandade: a Península Ibérica torna-se o mais
forte baluarte do mundo católico; as cidades do Reno, do Báltico e do mar do
Norte, o eixo do mundo protestante. A França está dividida entre um e outro. No
fragmento católico desenvolve-se uma reacção conhecida pelo nome de «Contra-Reforma», que consiste, sob seu aspecto
negativo, numa repressão por meios coativos de todas as manifestações culturais
suspeitas de heterodoxia, incluindo manifestações toleradas durante épocas
anteriores; e sob o aspecto positivo, numa tentativa de recuperação da Escolástica
e no desenvolvimento de formas exteriores de devoção. A Inquisição (romana,
espanhola e portuguesa) torna-se o principal instrumento de representação
ideológica. À Companhia de Jesus cabe o papel principal na difusão do novo
catolicismo "tridentino". No mundo protestante, as condições foram,
em geral, mais favoráveis à expansão da ciência, assim como à difusão de uma
cultura laica.
As
duas mentalidades afrontar-se-ão nas guerras com que Filipe II tenta submeter a
Inglaterra e as cidades da Flandres e Países Baixos. O império espanhol, abrangendo,
além da Espanha, Portugal, domínios nas Índias Ocidentais, o Brasil, grande
parte da Itália, etc., funcionará em benefício de uma aristocracia de sangue,
servida por uma poderosa organização militar e que possui, além da maior parte
da terra em Espanha, postos dominantes no comércio transoceânico e os saques e
tributos de guerra ou domínio. A defesa da fé católica é o motivo mais
frequentemente invocado por esta aristocracia feudal para as guerras no
exterior e as confiscações ou perseguições no interior. Em contraste, os Países
Baixos aparecem como uma federação de cidades burguesas invocando princípios
que mais tarde se diriam democráticos, como o direito ao autogoverno e à
liberdade de crença.
A. J. Saraiva, Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa
(Texto adaptado)
(Texto adaptado)
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Motoristas ganham mais do que professores
Ministro Motoristas de Crato ganham mais que professores
O ministério liderado por Nuno Crato tem ao seu serviço um total de 13 motoristas, 12 deles com um salário-base mensal de 1.850 euros, noticia esta segunda-feira o Diário de Notícias.
DR
ECONOMIA
07:33 - 14 de Janeiro de 2013 | Por Notícias Ao Minuto
O Ministério da Educação e Ciência tem um total de 13 motoristas, entre o gabinete do ministro Nuno Crato e três secretarias de Estado, escreve hoje o Diário de Notícias (DN), que acrescenta que todos os motoristas com excepção de um têm um vencimento-base mensal de 1.848,53 euros.
De acordo com o jornal, também sete secretárias pessoais têm salários-base acima dos 1.800 euros, e outros dez funcionários de apoio técnico administrativo ganham mais de 1.500 euros brutos, de acordo com os valores que constam das listas de nomeações publicadas no Portal do Governo.
O Ministério da Educação assegura, contudo, que desde que Nuno Crato assumiu funções já cortou as despesas de funcionamento do seu ministério para menos de um terço dos valores registados nos anteriores ministérios da Educação e da Ciência e do Ensino Superior que foram, entretanto, unificados na mesma pasta.
O DN alerta ainda que a maioria dos motoristas e secretárias pessoais dos gabinetes do ministério ganham melhor que todos os 15 a 20 mil professores contratados a termo, que auferem um salário de 1.373,13 euros brutos, e também mais que os professores do quadro até ao terceiro escalão.
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De acordo com o jornal, também sete secretárias pessoais têm salários-base acima dos 1.800 euros, e outros dez funcionários de apoio técnico administrativo ganham mais de 1.500 euros brutos, de acordo com os valores que constam das listas de nomeações publicadas no Portal do Governo.
O Ministério da Educação assegura, contudo, que desde que Nuno Crato assumiu funções já cortou as despesas de funcionamento do seu ministério para menos de um terço dos valores registados nos anteriores ministérios da Educação e da Ciência e do Ensino Superior que foram, entretanto, unificados na mesma pasta.
O DN alerta ainda que a maioria dos motoristas e secretárias pessoais dos gabinetes do ministério ganham melhor que todos os 15 a 20 mil professores contratados a termo, que auferem um salário de 1.373,13 euros brutos, e também mais que os professores do quadro até ao terceiro escalão.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
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