White assume, pois, a direção do escritório do Bureau de Oklahoma City em julho de 1925 e começa por analisar todos os ficheiros e arquivos relativos aos assassinatos ocorridos em Osage. O seu choque é enorme quando descobre que os agentes que anteriormente investigaram o caso numa entrevistaram Mollie. Por outro lado, apercebe-se de que os assassínios não seguem um único padrão, o que o leva a pôr a hipótese de o cabecilha ter a trabalhar para si pessoas que executavam os crimes. O seu esforço princial centra-se, antes de mais, em separar os factos da boataria e das suposições. De seguida, organiza a sua equipa de agentes, selecionando, em exclusivo, homens com experiência nas questões do Oeste americano, incluindo um ex-xerife e guarda florestal, um agente secreto, John Burger, Frank Smith e John Wren. Dentre estes, alguns trabalham disfarçados, enquanto outros, como, por exemplo, Burger e Smith, fazem parte da equipa que trabalha diretamente consigo.
domingo, 4 de fevereiro de 2024
Resumo da 8.ª parte - 2.ª crónica: Departamento de virtude fácil
Na época em que os acontecimentos descritos na obra tiveram lugar, a reputação do Bureau estava em cacos face às acusações de clientelismo e corrupção que recaíam sobre ele. O caos tinha-se acentuado após a designação de William Burns, em 1921, para seu diretor, cujas práticas tinham fomentado a corrupção no departamento. Um comité do Congresso norte-americano tinha exposto a podridão reinante no departamento de Justiça a partir de um inquérito ao escândalo conhecido do Teapot Dome. A história conta-se brevemente: no dia 14 de abril de 1922, o Wall Street Journal noticiara um acordo secreto sem precedentes em que o Secretário do Interior tinha arrendado, sem concurso, a reserva naval de petróleo dos EUA no Teapot Dome, no Wyoming, a uma empresa petrolífera privada. No dia seguinte à notícia, o senador democrata do Wyoming, John Kendrick, apresentou uma resolução que deu início a uma investigação do caso. Em simultâneo, o seu congénere republicano Robert La Follette providenciou no sentido de o Comité de Terras Públicas do Senado investigar igualmente o assunto. As suas suspeitas acentuaram-se a partir do momento em que alguém saqueou os seus aposentos privados no edifício do Senado. No final, a investigação revelou que o Secretário do Interior, Albert Fall, tinha enriquecido rapidamente de forma ilícita, graças às negociatas em que se tinha envolvido e que o levaram à prisão. Na sequência do escândalo, no verão de 1924, foi designado um novo Procurador-Geral, de seu nome Harlan Fiske Stone, que contratou J. Edgar Hoover para diretor interino. Hoover reformou o Bureau e, em dezembro desse mesmo ano, foi promovido a diretor. O seu mandato estender-se-ia por quase cinco décadas.
Anteriormente, Hoover já havia confiado a White uma missão importante, uma missão secreta numa penitenciária federal em Atlanta, pelo que não hesita em o destacar para Osage. Por outro lado, convém ter presente que esta não era a primeira vez que o Bureau estava envolvida nos crimes ocorridos no condado. De facto, em 1923, William Burns tinha enviado agentes para Oklahoma, uma investigação financiada parcialmente por Osage, mas a investigação redundou num rotundo fracasso que implicou inclusive a perda de um informante, Blackie Thompson, que tinha sido libertado da prisão especificamente para os auxiliar. Deste modo, Hoover deixa claro para White que é imperativo que a sua investigação tenha sucesso, caso contrário o departamento ficará definitivamente manchado pelo insucesso das duas passagens por Osage.
Análise das 6.ª e 7.ª partes da crónica 1 de Assassinos da Lua das Flores
Ao socorrer-se da expressão Reinado do Terror para designar o período que é analisado na obra, David Graan baseia-se na Revolução Francesa, nomeadamente no período entre 1793 e 1794, em que mais de dezasseis mil pessoas foram executadas, sem julgamento ou prisão, ocorrendo cerca de duas mil seiscentas e trinta e nove apenas em Paris, embora os investigadores desta época admitam que o número de vítimas terá sido superior. Ora, essa fase ficou exatamente conhecida como Reinado de Terror, uma expressão que pretende traduzir a violência brutal e aparentemente arbitrária a que os Osage foram sujeitos.
Com a morte do seu último irmão na explosão da casa, Mollie vê-se sozinha e, sabendo que também ela é um alvo a abater, questiona-se quanto tempo de vida lhe restará. A única relação de proximidade que lhe resta é a sua família nuclear, Ernest e os seus três filhos. Acossada pelo medo do que lhe possa suceder e aos familiares, envia a filha mais nova, Anna, embora, para a proteger do perigo e da dor que se instalou. Quando era mais nova, foi casada durante um breve período de tempo com Henry Roan e, presentemente, após a morte deste, receia que o atual marido fique a saber desse anterior relacionamento e matrimónio, que sempre escondeu dele. Por outro lado, o assassinato de Roan reveste-se de especial importância por trazer a figura de William Hale para a ribalta: os dois eram tão próximos que este último carrega o caixão daquele durante o funeral. Os crimes podem ocorrer em qualquer lugar e a qualquer momento, contudo os laços que unem os diversos protagonistas constituem uma teia tão intrincada que parece tê-las capturado por completo.
sábado, 3 de fevereiro de 2024
Resumo da 7.ª parte da 1.ª crónica: Esta coisa das trevas
Esta mais recente morte desperta o terror que jazia semiadormecido no seio da comunidade e leva muitos a adotarem novas medidas de segurança para se protegerem da onda de crime, nomeadamente instalando luzes nas suas casas ou comprando um cão de guarda. Por seu turno, a família de Anna continua a procurar o assassino da mulher. William Smith afirma que está a fazer progressos na sua investigação, mas ele e Rita decidem mudar-se para o centro da cidade e comprar um cão, tudo medidas visando a sua segurança. Contudo, no mês seguinte, março, os cães dos vizinhos começam a morrer, suspeitando-se que vítimas de envenenamento. Bill confessa a um amigo que desconfia que será morto em breve e, de facto, na noite de 9 de março, pouco depois de se ter ido deitar, a sua casa é vítima de uma enorme explosão. Rita e Nettie Brookshire, a empregada, são encontradas mortas, ao contrário de Bill, que ainda é encontrado com vida, acabando, no entanto, por falecer passadas duas semanas.
Confrontado com esta nova onda de mortes, o governador do estado de Oklahoma envia Herman Fox Davis, um investigador, para o condado de Osage em abril desse mesmo ano, porém, em junho, declara-se culpado do recebimento de subornos. A onda de corrupção e violência acentua-se quando W. W. Vaughan, um conhecido advogado caucasiano, é morto. De facto, Vaughan estava a auxiliar as investigações dos detetives privados; além disso, tinha sido convocado por um indivíduo moribundo, George Bigheart, ao seu leito de morte, onde compartilhara consigo informações cruciais acerca dos assassinatos. No entanto, antes que o advogasse tivesse tido oportunidade de as divulgar, desaparece e o seu corpo é encontrado pouco depois, porém os papéis que Bigheart lhe fornecera, bem como os fundos que deixara à sua esposa, haviam desaparecido.
Por sua vez, os Osage instam o governo federal a agir de forma a pôr cobro ao Reinado de Terror, que já fizera pelo menos vinte e quatro vítimas entre os nativos. No final deste capítulo, o autor volta a focar a atenção da sua pena em Mollie, imaginando como todas as mortes ocorridas a terão feito sentir. Por outro lado, dá notícia de que a mulher, em 1925, confidenciará a um padre local que crê ter a sua vida em perigo.
Resumo da 6.ª parte da 1.ª crónica: One Million Dollar Elm
Novo recuo no tempo: a partir de 1912, os barões do petróleo reuniram-se no condado de Osage para licitar arrendamentos petrolíferos. Por vezes, juntavam-se ao ar livre, nomeadamente sob os ramos de uma árvore conhecida por Million Dollar Elm em virtude das quantias de dinheiro envolvidas nas negociatas que decorriam nesse espaço. Esta febre foi objeto da cobertura da imprensa da época, que dava conta de todos os desenvolvimentos, expressando também uma crescente preocupação com a crescente riqueza dos indígenas, nomeadamente a partir das referências a gastos excessivos e a desperdícios de diversa ordem.
Embora a questão da tutoria, abordada nos capítulos anteriores, tivesse como justificação oficial a proteção de quem dela necessitava, na realidade a sua base era racial: os mestiços raramente tinham tutores, todavia os nativos americanos sem ancestrais ou cônjuges brancos regra geral possuíam um. Em 1921, o governo alterou novamente os pressupostos dos acordos feitos, insistindo que os membros osage que possuíssem um tutor fossem «restritos», o que, na prática, significava que «só» lhes era permitido gastar alguns milhares de dólares por ano, independentemente da riqueza que possuíssem. Na verdade, o sistema de tutoria caracterizava-se por abusos desenfreados, em paralelo com uma outra série de ataques dirigidos aos indígenas, vítimas de tudo e de todos. Por exemplo, os mercadores brancos inflacionavam constantemente os preços dos produtos que comercializavam, enquanto os caçadores de fortunas, quer do género masculino quer do feminino, procuravam atrair membros da tribo para o casamento.
Análise das 4.ª e 5.ª partes da crónica 1 de Assassinos da Lua das Flores
É neste contexto que indígenas e exploradores começam a construir uma nova relação, caracterizada pelo desejo mútuo de enriquecer, tendo-se espoletado uma situação análoga à que ocorreu com a Corrida do Ouro da Califórnia, que teve início em 24 de janeiro de 1848, quando foi descoberto ouro em Sutter’s Mill, e durou até 1855, levando mais de 300 000 pessoas, oriundas dos Estados Unidos e do exterior, a deslocarem-se para aquele estado. De facto, a descoberta de ouro negro atraiu uma grande variedade de pessoas para a região dos Osage, uma parte delas de má índole. Por seu turno, o governo dos EUA impôs algumas condições à tribo, supostamente destinadas a proteger os seus membros de atos fraudulentos por parte dos exploradores, que passavam por colocar um indivíduo branco a gerir as questões financeiras dos nativos. Como é evidente, este sistema de tutela implicava a existência de um grau elevado de confiança nas pessoas responsáveis pelos trusts, o qual foi claramente negado pelo chamado Reino do Terror, um período de cerca de uma década durante o qual diversos membros osage foram assassinados por indivíduos que ambicionavam o seu dinheiro. Este clima de terror e desconfiança generalizada foi exponenciado pelo facto de também pessoas brancas fazerem parte do rol de vítimas, de que é exemplo o assassinato de Barney McBride, um proeminente empresário branco que estava disposto a defender os nativos em Washington DC. Se um homem branco, poderoso e rico não estava a salvo, muito menos o estariam os indígenas.
Os capítulos IV e V da primeira parte da obra destacam as extremas dificuldades de negociação existentes entre os Osage e o governo norte-americano, marcada por promessas quebradas, assimilação e submissão forçadas, mudanças de cláusulas e princípios contratualizados e pressão constante para proceder à renegociação de acordos que, entretanto, se tornavam menos favoráveis para o Estado. Assim sendo, os nativos viam-se constantemente forçados a acomodar a voracidade e a ambição desmedida dos colonos brancos.
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024
Resumo da 5.ª parte da 1.ª crónica: Os discípulos do Diabo
Finda a analepse operada no capítulo anterior, a narrativa regressa ao presente da ação e ao convívio com a família de Mollie, que oferece uma recompensa em trica de informações que possam ajudar a esclarecer as mortes de Anna e Lizzie. Seguindo o conselho de Hale, os Burkharts contratam um detetive particular chamado Pike, enquanto Mollie e Ernest incentivam os guardiões da propriedade de Anna a procederem de modo semelhante. Convém esclarecer que um dos princípios do acordo estabelecido entre o governo norte-americano e os Osage passava ser atribuído um tutor pelo Office de Assuntos Indígenas a todo aquele que fosse considerado incapaz ou incompetente para administrar os seus negócios. Esses tutores eram, regra geral, homens brancos que tinham o poder de controlar todas as questões relativas a finanças do tutoriado. O tutor de Anna e Lizzie eram um indivíduo chamado Scott Mathis e também este decidiu contratar detetives privados, que investigam os últimos dias de vida de Anna, nomeadamente entrevistando testemunhas e verificando os seus registos telefónicos. Deste modo, conseguem estabelecer que, na noite em que desapareceu, se encontrava em casa às 20 horas e 30 minutos, mas também chegam à conclusão que alguém pagou para o registo de chamadas da mulher ser alterado. No entanto, entre teorias e boatos que correm, os investigadores particulares nada mais descobrem de relevante e, assim, nove meses volvidos sobre os crimes, as investigações estão paradas e tudo aponta para que não sejam desvendados.
Está a situação neste ponto quando chega o mês de fevereiro de 1922, que marca a ocorrência de nova morte, a de William Stepson, envenenado, seguida de duas outras de membros da tribo Osage. Em desespero, esta roga o auxílio de Barney McBride, um negociante de petróleo branco que havia casado com uma mulher Creek. O sujeito desloca-se a Washington DC no sentido de solicitar o auxílio das autoridades federais, porém o contacto com estas acaba por nunca se concretizar, visto que o seu corpo é encontrado em Maryland na manhã subsequente à sua chegada.
Resumo da 4.ª parte da 1.ª crónica: Reserva subterrânea
Este capítulo assenta num recuo no tempo – analepse – para clarificar como os Osage se tornaram uma tribo rica e como vieram a habitar naquela zona do estado do Oklahoma. A narrativa recua até à época que assistiu à chegada dos colonos europeus à América do Norte, quando os Osage ocupavam um território que compreendia a área que se estendia entre o Missouri e o Kansas, incluindo as famosas Montanhas Rochosas. Quando os Estados Unidos adquiriram grande parte desse território aquando da compra do estado do Louisiana (31 de outubro de 1803) à França, os Osage foram forçados a renunciar às suas terras situadas entre os rios Arkansas e Missouri. Deste modo, quando Mollie nasceu, a tribo estava limitada a uma pequena parcela de terra localizada a sudeste do Kansas. Duas vezes por ano, os Osage mudavam de território para caçar búfalos, uma atividade que consideravam sagrada: cada parte do animal era reverenciada e cuidadosamente utilizada. Entretanto, o chamado homem branco norte-americano continuava a conquista do Oeste, invadindo terras de diversas tribos índias, incluindo a dos Osage. Alguns desses homens, mais cruéis e oportunistas, não se limitavam a invadir esses terrenos e a usurpá-los, pois também assassinavam as famílias que neles viviam, mesmo nos casos em que os nativos concordavam com a sua venda.
Os Osage decidiram, então, comprar terras aos Cherokees, concretamente uma área aparentemente imprópria para cultivo, pensado que, assim, demoveriam os colonos brancos de a ambicionarem e ocuparem. Foi nessa área que Lizzie e Ne-kah-e-se-y se estabeleceram em 1974, após se terem casado, juntamente com outros membros da tribo, que assistia a um decréscimo dos seus membros a cada ano que passava. As suas circunstâncias de vida eram cada vez mais precárias, por um lado, porque a população de búfalos eram cada vez menor e, por outro, porque o governo norte-americano lhes pagava em rações, em vez de em espécie, o que levava a que passassem fome e outras privações. Vendo-se cada vez mais em situação insustentável, decidiram enviar uma delegação ao governo, que lhes fez algumas concessões, as quais, porém, não melhorou grandemente o estado de coisas. Nesse tempo, os Osage foram forçados também a enviar os seus filhos para a escola, onde aprenderam a língua e a cultura inglesa e norte-americana. Foi o caso de Mollie. Além disso, a esperança que os Osage depositavam no desinteresse dos brancos por aquele pedaço de terra intratável caiu também. Nada parecia parar os colonos.
E assim chegamos à década de 1890, quando o governo dos EUA pressionou a tribo no sentido de aceitar a divisão das suas terras até então partilhadas em parcelas de propriedade individual, que seriam concedidas a cada membro da tribo. Os Osage não se fizeram rogados e compraram-nas, o que permitiu ao chefe multilingue da tribo, James Bigheart, bem como ao advogado John Palmer, um homem de ascendência simultaneamente Sioux e caucasiana, casado com uma mulher osage, adiar a distribuição e, deste modo, negociar termos mais favoráveis para o seu povo. Com efeito, conseguiram chegar a um acordo que lhes proporcionava direitos duradouros sobre tudo o que existe debaixo da terra, o que constitui um golpe de génio, até porque os negociadores do governo desconheciam que nela tinha sido descoberto petróleo. O referido acordo estipulava, entre outras coisas, que cada membro da tribo teria direitos de cabeça que não poderiam ser vendidos. Os Osage, inteligentemente, passaram a arrendar lotes a uma enchente de exploradores selvagens que se deslocavam para a zona em busca de fortuna rápida e fácil. Alguns deles alcançaram, de facto, a riqueza, mas muitos outros fracassaram. Os únicos que lucraram no seu todo foram os Osage.
Análise da 3.ª parte da crónica 1 de Assassinos da Lua das Flores
Este capítulo da obra centra-se na figura de William Hale, um self-made man que, na prática, governa o condado de Osage. Graças ao casamento de Mollie Burkhart com o seu sobrinho, Ernest, é familiar de Mollie e promete ajudá-la na demanda de justiça para a irmã. No entanto, parece haver algo sinistro ligado à sua pessoa, como o epíteto por que é conhecido entre a população deixa adivinhar. A sua aparência sugere estarmos na presença de um homem benevolente, preocupado e atencioso com a comunidade, como se pode depreender pela pressão que exerce sobre as autoridades locais e, mais tarde, quando contrata detetives privados para investigar os assassinatos ocorridos. A sua determinação e energia demonstradas na busca e obtenção de sucesso, superando dificuldades e obstáculos, granjeiam-lhe respeito de todos, porém o seu trajeto de vida também mostra que se trata de alguém que não observa e respeita limites, como fica bem patente através da referida pressão exercida sobre diversas pessoas. Embora tal suceda por um bom motivo, não deixa de ser uma postura reveladora de prepotência e abuso de poder.
Por outro lado, a figura de Mollie continua a merecer grande centralidade na narrativa. Neste capítulo, o leitor pode observá-la pela primeira vez em discurso direto quando responde no contexto do inquérito sobre a morte de Anna. Grann reproduz as palavras da personagem, constituindo a transcrição do inquérito um documento inestimável, dado que permite que ela fale por si mesma e revele uma mulher determinada, decidida, de personalidade bem vincada, que se expressa num inglês claro, mesmo que não perfeito. De toda a sua intervenção, ressalta o desejo intenso de obter justiça para a irmã.
A Décima Oitava Emenda da Constituição norte-americana estabeleceu a chamada Lei Seca, tendo sido ratificado em 16 de janeiro de 1919 e entrado em vigor um ano depois, até à sua revogação em 1933. Os seus efeitos práticos foram frequentemente contraproducentes, se tivermos em conta os objetivos que presidiram à sua publicação. De facto, os contrabandistas responderam à sua entrada em vigor abrindo lojas e comercializando produtos que continham substâncias altamente venenosas. O comércio ilegal de álcool transformou-se num negócio extremamente lucrativo e perigoso, ou até moral, em simultâneo. Ou seja, se quem esteve por trás da Lei Seca cria que a sua publicação iria reduzir a taxa de criminalidade, na realidade sucedeu o oposto. É neste contexto que as colinas que rodeavam Osage adquirem grande importância, visto que constituíam um esconderijo extraordinário para pessoas em fuga à lei.
quarta-feira, 31 de janeiro de 2024
Resumo da 3.ª parte da 1.ª crónica: Rei das colinas Osage
É aberto um inquérito formal sobre a sua morte, no qual a irmã Mollie testemunha, ansiosa por fornecer qualquer informação que possa contribuir para identificar o assassino da mana. Após a conclusão da inquirição e por ter sido a última pessoa a ver Anna viva, Bryan Burkhart é detido, juntamente com o seu irmão Ernest, todavia ambos são libertados pouco depois por inexistência de provas suficientes do seu envolvimento que permitissem a manutenção da sua detenção. Em Osage, muitos acreditam que os assassinos serão pessoas de fora, visto que a Lei Seca, que fora imposta no início de 1920, tinha criado um ambiente de desrespeito pela lei na região, enquanto outros apontam para o ex-marido de Anna, Oda Brown, que procura, sem sucesso, anular o testamento da defunta por esta não lhe ter deixado nada. Um falsificador do Kansas entra também em cena e entra em contacto com o xerife Freas para lhe comunicar que Brown lhe pagou para assassinar Anna, porém, como, mais uma vez, não existem quaisquer provas da sua narrativa, tanto ele como Brown são postos em liberdade.
Perante este quadro, Hale pressiona as autoridades locais, que decidem desenterrar Anna para procurar e analisar a bala que a matou. Todos estes acontecimentos, nomeadamente toda a gama de sentimentos despertada pela morte da filha, levam à morte de Lizzie uns curtos dois meses após a daquela. Bill Smith desconfia, contudo, considera o passamento de Lizzie suspeito e começa a investigar por sua iniciativa, concluindo que foi envenenada. Perante isto, convence-se de que todas as mortes recentes – concretamente as de Anna, Lizzie e Charles Whitehorn – estão interligadas entre si e relacionadas com as vastas reservas de petróleo que a tribo osage controla.
Resumo da 2.ª parte da 1.ª crónica: Um ato de Deus ou do homem?
Lizzie fica arrasada com a morte de Anna e sua saúde piora enquanto ela se pergunta se Wah'Kon-Tah (a força vital que cerca tudo e todos no sistema de crenças Osage) não tem mais o apoio da sua família. Mollie planeia o funeral da irmã, que combina tradições osage e católicas. As exéquias têm um preço exorbitante e claramente inflacionado, nomeadamente o caixão, o embalsamento e as flores. No momento do sepultamento, são entoados hinos e cânticos Osage, embora o estado do corpo de Anna não permita que que alguns rituais Osage possam ser realizados.
terça-feira, 30 de janeiro de 2024
Provas De Aferição (2017-2023) – H.G.P. - 5.º Ano
No domínio "A Península Ibérica"; localização e quadro natural", os alunos que Conseguiram ou Conseguiram, mas, os resultados decresceram de 54, 4% para 5, 7% (ou seja, menos 48, 7 pontos) entre 2017 em 2023; no "Dos primeiros povos à formação de Portugal", de 48, 6% para 13, 7% (menos 34 pontos); no de "Portugal no século XIII ao século XVII", de 20, 7% para 7, 4%) (menos 13, 3 pontos).
Em suma, o estado da aprendizagem à disciplina tem evoluído fantasticamente. João Costa e sua troupe devem prosseguir o caminho a que deram início (ou talvez seja melhor dizer continuidade), porque a «coisa» está de estalo.
. Resultados de 2017:
Provas De Aferição (2018-2023) – Português, 5.º Ano
Entre 2018 e 2023, a queda nos resultados é inequívoca: na Oralidade, entre o Conseguiu e o Conseguiu mas (que terminologia fantástica!), aqueles desceram de 52,6% para 43,6% (isto é, menos 9 pontos); na Leitura e Educação Literária, passou-se de 32,4 % para 24,9% (menos 7, 5 pontos); na Gramática, de 38% para 26,5 % (menos 11, 5 pontos) e, na Escrita, de 67, 4% para 56, 8% (menos 10, 6 pontos).
. Resultados de 2018:
. Resultados de 2023:
FONTE: O Meu Quintal, blogue da autoria de Paulo Guinote
segunda-feira, 29 de janeiro de 2024
sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
Na aula (LI): onde se fala de Bragança e Bruxelas
Contexto: chega-se ao fim de Os Maias; Carlos da Maia e a sua pandilha vão jantar a um hotel lisboeta que já apareceu antes noutras páginas do romance.
Começa a falar-se no jantar e pergunta-se pelo nome do hotel, fornecendo-se pistas para a sua identificação. A carroça não anda para trás nem para a frente, pelo que se fornece novo «indício»: o nome do hotel é o nome de uma capital de distrito portuguesa.
Ato contínuo, o Edu. solta um sonoro «Bruxelas!»
Vida que segue.