quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Um fenómeno do Entroncamento
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Como me curei de uma deficiência
«Entre nós, os Jogos Paralímpicos de Londres acontecem sob o mando do pudor, até poucas fotografias se veem. Ora, se um recorde desportivo é sempre admirável, que imagem mais forte pode haver que esse conseguimento alcançado por alguém que tem tudo para não conseguir?
Em 2004, nos JO de Atenas, durante uma corrida de apresentação de paralímpicos, um atleta virou a sua cadeira de rodas em frente da bancada de jornalistas. A cadeira por terra e as pernas deficientes viradas ao céu pareceram-nos demasiado patéticas, desviámos o olhar e nem coragem tivemos de nos encarar uns aos outros. Mas alguém endireitou a cadeira e o atleta continuou a corrida com naturalidade.
Agora, a cobertura entusiástica dos bons jornais ingleses nos Jogos Paralímpicos de Londres tem-me curado da piedade despropositada. Também Oscar Pistorius, o sul-africano das pernas em lâmina, me ajudou. Há um mês, ele foi o primeiro atleta deficiente a correr nuns Jogos Olímpicos e até chegou às finais de 4x400m. No domingo, nos Jogos Paralímpicos, ele foi vencido nos 200m classe T44 (amputados das pernas, com próteses) pelo brasileiro Alan Fonteles. Só a derrota de Pistorius é uma lição de normalidade: aquele que é uma vedeta entre olímpicos, perde com paralímpico... Depois, houve a reação do sul-africano: acusou, sem razão, o brasileiro de ter corrido com próteses ilegais...
Pronto, é oficial: os deficientes são normais. Até têm o mau perder dos outros.»
Pronto, é oficial: os deficientes são normais. Até têm o mau perder dos outros.»
Ferreira Fernandes, in DN (04/09/2012)
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
sábado, 25 de agosto de 2012
Morreu Neil Armstrong
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
"De mais" ou "demais"?
1. Usa-se "de mais" quando se trata:
a) da preposição «de» seguida do advérbio «mais», funcionando este
autonomamente, e exprime a noção de quantidade:
autonomamente, e exprime a noção de quantidade:
. Antes de a aula terminar, o professor falou ainda de mais dois temas.
. Nenhuma vida é de mais.
. Nenhuma vida é de mais.
b) de uma locução adverbial que significa muitíssimo, excessivamente,
demasiado, em demasia, a mais (é o oposto de de menos):
. A Bar Rafaeli é linda de mais.
. Hoje esteve calor de mais para o meu gosto.
. A minha afilhada Eduarda come de mais, por isso está uma bola.
2. Escreve-se "demais" quando significa:
a) os restantes, os outros (determinante ou pronome demonstrativo):
. Só o Pereira enjoou; os demais passageiros não tiveram problemas.
b) ainda por cima, além disso, de resto, ademais:
. O vestido era feito. Demais a mais, custava os olhos da cara.
. A docência é uma profissão difícil; demais, é mal remunerada.
Esta não é, porém, uma posição consensual. Atente-se no que escreve a professora Regina Rocha, no Ciberdúvidas:
«Demais ou de mais? é uma das dúvidas – e confusões – mais frequentes no português corrente, razão, de resto, de permanentes perguntas de quem consulta o Ciberdúvidas. Vejamos esta dúvida de um leitor do jornal 24 Horas1: «Nenhuma vida é demais» ou «Nenhuma vida é de mais»?
demasiado, em demasia, a mais (é o oposto de de menos):
. A Bar Rafaeli é linda de mais.
. Hoje esteve calor de mais para o meu gosto.
. A minha afilhada Eduarda come de mais, por isso está uma bola.
2. Escreve-se "demais" quando significa:
a) os restantes, os outros (determinante ou pronome demonstrativo):
. Só o Pereira enjoou; os demais passageiros não tiveram problemas.
b) ainda por cima, além disso, de resto, ademais:
. O vestido era feito. Demais a mais, custava os olhos da cara.
. A docência é uma profissão difícil; demais, é mal remunerada.
Esta não é, porém, uma posição consensual. Atente-se no que escreve a professora Regina Rocha, no Ciberdúvidas:
«Demais ou de mais? é uma das dúvidas – e confusões – mais frequentes no português corrente, razão, de resto, de permanentes perguntas de quem consulta o Ciberdúvidas. Vejamos esta dúvida de um leitor do jornal 24 Horas1: «Nenhuma vida é demais» ou «Nenhuma vida é de mais»?
Defendo que deverá escrever-se «Nenhuma vida é de mais». Quando se pretende exprimir a noção de quantidade, deve utilizar-se a locução adverbial de mais. No caso, pretende dizer-se que «não existe nenhuma vida a mais» («de sobra», «além do devido ou necessário»).
Demais, uma só palavra, pode ser um pronome ou um determinante demonstrativo, equivalente a «outros», «outras», «restantes». Exemplos: «Foram visitar a igreja só três excursionistas; os demais ficaram a apanhar sol no jardim.» «Toda a gente já ouviu falar de Miguel Torga, de Fernando Pessoa, de Luís de Camões e dos demais escritores referidos naquele programa de televisão.»
Demais (ou ademais), uma só palavra, também pode ser um advérbio que significa «além disso», «de resto». Exemplos: «O trabalho é muito difícil; demais, é mal pago.» «Não lhe obedeças; demais, essa determinação não está no regulamento.»
Demais, uma só palavra, pode ainda ser um advérbio de modo, que exprime a intensidade e significa «muitíssimo», «excessivamente», «em demasia», «demasiadamente». Emprega-se intensificando formas verbais, advérbios ou adjectivos. Exemplos: «Aquele rapaz dorme demais.» «A jarra é frágil demais; vai partir-se.» «Para aquele pasquim, ele escreve bem demais.»
De mais, duas palavras, é uma locução adverbial (formada pela preposição de e pelo advérbio mais) que exprime a ideia de quantidade. Tem um significado equivalente a «a mais» e aparece ligada a substantivos. É de quantidade que se trata, e não de intensidade. Exemplos: «Comprei discos de mais» (comprei mais discos do que devia); «São de mais os livros que tenho para ler» (são mais livros do que aqueles que tenho tempo ou disposição para ler; são livros a mais); «O chá tem açúcar de mais» (tem mais açúcar do que devia).
Na frase em causa, estamos perante um substantivo (vida), pelo que parece ser a quantidade que está em causa, e não a intensidade.»
1 edição de 15 de Fevereiro de 2007
Outras posições:
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Scott McKenzie: «San Francisco»
(1968)
Scott McKenzie - 10/01/1939 - 18/08/2012
sábado, 18 de agosto de 2012
Os verdadeiros números do desemprego
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Momentos de glória olímpica (IV)
Meia-final do torneio olímpico de basquetebol masculino. A Argentina elimina a seleção dos Estados Unidos, constituída por jogadores da NBA (LeBron James estava lá), para, na final, se sagrar campeã olímpica.
domingo, 12 de agosto de 2012
Momentos de glória olímpica (III)
A 12 de agosto de 1984, em Los Angeles, Carlos Lopes sagra-se campeão olímpico da maratona, obtendo a primeira medalha de ouro para Portugal numas Olimpíadas.
sábado, 11 de agosto de 2012
Organização dos cursos científico-humanísticos
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
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