Eis mais uma (excelente) explicação sobre como distinguir os diferentes tipos de modificador, da autoria da professora Brígida Trindade, que pode ser encontrada aqui (Ciberdúvidas).
O modificador é uma função
sintática que não é selecionada pelo verbo, nem pelo nome, podendo, por isso,
ser eliminado sem comprometer a gramaticalidade da frase. Vejamos:
«A Ana vai a Lisboa (amanhã).»
O modificador aceita o teste da mobilidade:
a) «Amanhã, vou a Lisboa.»
b) «Vou, amanhã, a Lisboa.»
c) «Vou a Lisboa amanhã.»
No teste da pergunta/resposta, verificamos que o
modificador está na pergunta e não é necessário na resposta:
a) «O que é que faço
amanhã?»
R: «Vou a Lisboa.»
Obs. – O mesmo não poderemos fazer com o constituinte a
Lisboa:
a) «*O que é que faço a Lisboa?»
R: «*Vou amanhã.»
Da aplicação deste teste, conclui-se
que o constituinte que está na pergunta (amanhã) é opcional, logo é o
modificador e o constituinte que está na resposta (a Lisboa) é obrigatório,
logo é complemento, neste caso oblíquo.
Existem dois tipos de
modificadores: o modificador do grupo verbal, que faz parte do predicado, e o modificador da
frase. Para distinguir o modificador do grupo verbal do modificador
de frase podemos aplicar dois testes sintáticos: o teste da negação e/ou o teste
da interrogação:
O modificador do grupo verbal pode
ser negado e interrogado:
a) «É amanhã que a Ana vai a
Lisboa?»
b) «A Ana vai a Lisboa não
amanhã, mas na sexta-feira.»
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