De seguida, o narrador comove-se com o sofrimento do condenado, jovem de apenas 18 anos, e com o motivo que o levou ao cárcere: o amor puro, inocente e jovem, que o levou à perdição. De facto, Simão é o protagonista de uma história de amor, que o narrador resume na seguinte frase: «Amou, perdeu-se e morreu amando». Em tom coloquial, dirige-se especialmente às leitoras [o narratário]. Porquê a elas? Porque, enquanto pertencentes ao género feminino, se comoverão, certamente, com a história do jovem e sentirão compaixão pelo seu caso, que, na sua visão, será injusto. Nesta sequência, dá a conhecer ao leitor o ódio e a indignação que sentiu quando tomou conhecimento da história de Simão, vítima da injustiça, dos ódios pessoais e da insensibilidade dos homens.
quinta-feira, 12 de maio de 2022
Resumo da Introdução de Amor de Perdição
O narrador, na Introdução, num
primeiro momento, apresenta os motivos que o levaram a escrever Amor de
Perdição. Assim, refere que encontrou na Cadeia da Relação do Porto antigos
registos de entrada dos prisioneiros, num dos quais havia uma nota sobre a
prisão de Simão Botelho onde é possível encontrar algumas informações sobre
esse prisioneiro, nomeadamente a filiação e a fisionomia. Atesta-se nesse
documento que Simão Botelho partiu para o degredo na Índia em 17 de março de
1807.
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