Um texto argumentativo é aquele que visa convencer, persuadir ou influenciar o «outro» do nosso ponto de vista, cuja veracidade se demonstra e prova. Como?
Argumentar significa defender
uma ideia ou uma opinião, alegando um conjunto de razões que justifiquem o
nosso posicionamento. A argumentação é o desenvolvimento de um raciocínio com o
fim de defender ou repudiar uma tese ou um ponto de vista, para convencer um
oponente, um interlocutor circunstancial ou a nós próprios. A argumentação desenvolve-se
em função de um destinatário, perante o qual argumentamos para o persuadir,
dado não partilhar os mesmos pontos de vista ou as mesmas convicções que nós
possuímos.
Começamos por apresentar o nosso
ponto de vista – a tese –, a partir da qual desenvolveremos o nosso
raciocínio, a argumentação, constituída por um conjunto de argumentos
logicamente encadeados, sustentados em provas e ilustrados e
credibilizados a partir de exemplos.
O texto argumentativo é tão antigo
como o próprio Homem, uma vez que argumentar, ou seja, construir um texto (oral
ou escrito) com base em argumentos logicamente encadeados está
indissociavelmente ligado à actividade humana. Argumentar, persuadir, convencer
empregando o rigor e a objectividade sempre fizeram parte do discurso humano,
desde que o Homem começou a conviver, usou a palavra como meio de dar a
conhecer aos outros as suas mundividências e como forma de convencer o(s)
outro(s). A argumentação assume uma importância vital na vida do homem, que faz
uso dela para justificar pensamentos, comportamentos, para persuadir os outros
do seu ponto de vista, para influenciar o comportamento dos outros, como base
para a tomada de decisões.
Sócrates, filósofo grego (470-400
a.C.), Aristóteles, filósofo grego (384-322 a.C.), Cícero, o mais eloquente dos
oradores romanos (106-43 a.C.), constituem talvez os “argumentadores” mais
famosos da História da Humanidade. Os dois primeiros criaram mesmo escolas de
argumentação. Aristóteles definiu a argumentação como a «arte de falar de modo
a convencer».
Toda a arte tem as suas normas e a
argumentação não foge à regra. As suas etapas são:
. encontrar o problema;
. procurar os argumentos e os
contra-argumentos;
. dispô-los adequadamente;
. usar as figuras de estilo que mais agradam;
. formular juízos de valor;
. etc.
As qualidades principais do discurso
argumentativo são o rigor, a clareza, a objetividade, a coerência, a sequencialização
e a riqueza lexical.
Para que a argumentação seja
correcta, os raciocínios devem estar sujeitos às leis da lógica; daí que a
argumentação do padre Vieira se baseie por sistema na Sagrada Escritura.
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