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terça-feira, 18 de julho de 2023

Resumo do capítulo XXI da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias


    Um amigo que estava na festa congratula Leonardo na presença de Vidigal pela tramoia que engendrara e que permitira a Teotónio escapar. O Major compreende, de imediato, que foi ludibriado, por isso prende Leonardo mais uma vez.
    Neste ponto, o narrador volta-se novamente para D. Maria, Luisinha e José Manuel, para dar conta da reconciliação da comadre com D. Maria, já que aquele se revelara um mau marido. De facto, a velha senhora apercebe-se de que se tinha enganado relativamente às qualidades do escolhido e move um processo judicial contra ele, para defender o património da sobrinha.
    As duas mulheres cruzam-se durante uma missa e compartilham as desventuras de Leonardo e Luisinha. Perante os novos factos, D. Maria começa a acreditar no envolvimento de José Manuel no caso do Oratório da Pedra. A amizade entre ambas é retomada, formam um pacto, segundo o qual se unirão no apoio a Leonardo e Luisinha.

Resumo do capítulo XX da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias


    Embora a vida boémia que Leonardo levara antes o ajudasse na sua nova profissão, ele faz perder muito tempo a Vidigal, pois tem de o vigiar constantemente.

    O episódio descrito anteriormente faz com que Leonardo seja alvo de brincadeiras frequentes dos demais granadeiros, o que o deixa envergonhado. Entretanto, o seu pai organiza uma festa para comemorar o batizado da sua filha e convida Teotónio, um jogador, cantor e tocador, que havia despertado a ira do Major Vidigal por lhe imitar os trejeitos publicamente. Ora, este vê nesta presença do animador na festa uma oportunidade para o prender. Assim, pede a Leonardo que se desloque a casa do pai, participe na festa e o avise quando Teotónio se for embora. No entanto, este recebe-o bem e aquele revela-lhe os planos de Vidigal. Teotónio disfarça-se de corcunda aleijado e escapa, assim, à armadilha.

    Este romance tem já muito de Realismo, pois é objetivo na descrição das personagens e dos costumes, ou seja, na apresentação de factos e costumes e na não idealização das personagens. Leonardo não é um herói romântico, pois este busca sempre a perfeição e o infinito. Ele tem características do herói romântico na inconstância amorosa, mas noutros aspetos não tem nada de romântico.

Resumo do capítulo XIX da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias

    Toma-largura está bêbedo e cai na calçada, porém o facto de estar ligado à casa real faz com que os granadeiros não o prendam, antes o deixam ali.

    De seguida, o narrador, por meio de uma analepse, elucida-nos sobre como Leonardo se tornou granadeiro. Na noite em que foi preso, como o seu regimento necessitava de soldados, o Vidigal considera que Leonardo lhe poderá ser muito útil, pois conhecia todos os cantos do Rio de Janeiro. Só há um problema. Leonardo alia-se frequentemente ao povo e revolta-se contra o Major.

Resumo do capítulo XVIII da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias


    O desaparecimento de Leonardo começa a inquietar todos os que o rodeiam. Vidinha pensa que ele terá desaparecido de propósito e, então, começa a receber e aceitar as atenções do toma-largura. Este começa a frequentar a sua casa e inclusivamente uma tia diz-lhe que seria um bom substituto de Leonardo.
    Tomás desloca-se à casa da guarda, mas não encontra o amigo, por isso procura-o noutros locais, mas sem resultados também. O mesmo sucede com as tentativas semelhantes feitas pela comadre. Deste modo, como Leonardo não dá notícias, pensam que talvez esteja escondido, pelo que começam a odiá-lo.
    O desaparecimento de Leonardo, aliado à visita de Vidinha à ucharia, contribuem para que ela passe a ver o toma-largura duas vezes por dia, por isso não é surpreendente que passe a frequentar a casa.
    Certo dia, dão uma festa, onde ocorre um evento extraordinário e inesperado: Leonardo aparece como granadeiro. Durante esse evento, o toma-largura bebe demais e gera-se a confusão, o que motiva o aparecimento de Vidigal e dos granadeiros. Quando um deles avança para prender o toma-largura, gera-se a estupefação geral: é Leonardo, que se tornara um dos granadeiros do Major.

Resumo do capítulo XVII da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias

    Este capítulo narra tudo o que se passa na ucharia, quando Vidinha aí chega, movida pelo ciúme, para tirar satisfações da companheira do toma-largura. Este acaba por ficar impressionado com Vidinha.

Resumo do capítulo XVI da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias

    Este capítulo descreve os vários tipos de ciúme e aponta aquele em que se insere o de Vidinha, que, enfurecida por esse sentimento, pede a mantilha à mãe para ir à ucharia falar com o toma-largura. No caminho, Leonardo, que a acompanha, é intercetado pelo major, que o obriga a acompanhá-lo.

Resumo do capítulo XV da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias


    Quando a comadre chega a casa de Vidigal, todos se riem do sucedido, porém, a seguir, dá um sermão a Leonardo e diz-lhe que tem de arranjar alguma ocupação, caso contrário será preso pelo Vidigal por vadiagem.

    Poucos dias depois, a comadre arranja-lhe emprego na ucharia real, deixando assim a vida de vadio. Quem também beneficia com este emprego é a despensa de Vidinha, que passa a estar sempre cheia com o que ele traz da ucharia. Porém, mais uma vez, arranja sarilhos e perde o emprego, o que constitui outra herança do pai. No pátio da ucharia, morava um toma-largura (um criado do paço real) com uma jovem bonita. Sucede que o homem era muito violento e Leonardo, generosamente, leva à rapariga uma tigela de caldo. Subitamente, a porta da casa abre-se e o toma-largura entra e começa a perseguir Leonardo, que é despedido no dia seguinte.

Resumo do capítulo XIV da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias

    Este é um capítulo de pausa, pois a história pouco avança. Todos riem quando o Major Vidigal, após vasculhar uma casa, sai de mãos vazias. Quando ele se prepara para entrar na casa da guarda, aparece a comadre, que, sabendo da prisão de Leonardo, vai implorar a Vidigal que o solte, o que só contribui para aumentar a sua humilhação por o ter deixado fugir.

Resumo do capítulo XIII da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias

    Enquanto o recém-casal goza a sua lua de mel, Leonardo, a caminho da cadeia, dá um encontrão no granadeiro e foge, o que vem abalar o prestígio de Vidigal, que jura vingança.

    Leonardo volta para casa de Vidinha e descobre-se a tramoia dos dois primos. A fuga faz de Vidigal o inimigo inconciliável de Leonardo.

Resumo do capítulo XII da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias

    Com o desaparecimento de Leonardo da casa de D. Maria, José Manuel tem espaço para agir à vontade e acabou por a ajudar numa demanda a propósito do testamento de Luisinha. Adquirida a confiança da velha senhora, aproveita o momento e pede a jovem em casamento, que, como não via Leonardo há algum tempo, aceita o pedido com indiferença. Assim, num sábado à tarde, Luisinha e José Manuel casam-se. A descrição do vestuário e da carruagem denota uma nobreza decadente.

Resumo do capítulo XI da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias

    A comadre e as tias de Vidinha ficam amigas e os laços entre esta e Leonardo estreitam-se, o que causa o ciúme dos primos interessados nela. A comadre visita regularmente Leonardo e as duas novas amigas; tudo corre às mil maravilhas, no entanto os dois primos, despeitados, vão armar uma cilada a Leonardo e este é preso por Vidigal, sob a acusação de vadiagem. De acordo com Vidinha, tudo não passa de uma malsinação.

Resumo do capítulo X da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias


    Volta-se ao novo meio de Leonardo. Descreve-se Vidinha como namoradeira, daí a oposição dos dois primos pretendentes. De facto, algumas semanas depois, Leonardo já é agregado na casa de Tomás da Sé, mas certo dia é surpreendido abraçado com Vidinha e envolve-se com um dos pretendentes da jovem. Aparece a comadre.

    Neste capítulo, temos uma crítica literária feita aos ultrarromânticos. Manuel António de Almeida constata que o amor de Leonardo por Luisinha passara, quando este conhece Vidinha. Ao contrário dos ultrarromânticos, ele não defende a fidelidade ao primeiro amor. O narrador é um modelador de perspetivas e não um mero observador. Na verdade, faz um grande condicionamento na forma como lemos a obra. Ele escolhe um ponto de vista para apresentar os factos e condiciona o leitor.

Resumo do capítulo IX da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias

    Enquanto a comadre procura Leonardo por toda a parte, a jovem ouvia modinhas. Cansada, a mulher desloca-se a casa de D. Maria, onde procura defender o afilhado, contudo a velha senhora acusa-o. O que significa esta mudança de atitude? A contra-intriga armada pelo mestre-de-reza começa a dar resultado e D. Maria passa a ter em conta o interesse manifestado por José Manuel em relação a Luisinha. Assim, o velho consegue inocentar este último, que ganha a aprovação de D. Maria para ser pretendente de Luisinha.

 

Resumo do capítulo VIII da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias

    O narrador descreve o ambiente de família em que Leonardo passa a viver. Ele reconhece que se tinha inclinado durante um momento, mas que está apaixonado por Vidinha. No entanto, essa sua paixão pela jovem vai encontrar adversários. Para além de herdar do pai a mania de se apaixonar, também herda o facto de encontrar sempre problemas e adversários no amor. Sem ter para onde ir, passa a noite ali.

Resumo do capítulo VII da 2.ª parte de Memórias de um Sargento de Milícias


    Leonardo sai de casa, vagueia pela cidade até chegar ao Cajueiro, onde encontra um grupo de jovens sentados numa esteira, jogando baralho. Cheio de fome, começa a afastar-se quando um deles o chama: é o seu antigo companheiro sacristão, Tomás, que lhe apresenta Vidinha, sua irmã, uma mulatinha de 18 a 20 anos, de altura normal, ombros largos, peito alteado, cintura fina e pés pequeninos, por quem logo se entusiasma, o que mostra que saíra ao pai. Dona de uns olhos muito pretos e vivos, de uns dentes muito brancos e de uns lábios grossos e húmidos, por ser cantora de modinhas, numa voz doce e afinada, entoa uma cantiga que deixa Leonardo boquiaberto.

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