Alencar, o grande amigo de Pedro da Maia (fora o primeiro que vira Carlos depois deste nascer), é o representante do Ultrarromantismo.
O retrato físico que dele é feito é tipicamente romântico:
. alto;
. magro;
. face escaveirada;
. olhos encovados;
. nariz aquilino;
. calvo na frente;
. «testa lívida»;
. calvo na frente;
. «testa lívida»;
. «longos, espessos, românticos bigodes»;
. dentes estragados;
. vestido de negro.
Psicologicamente, Alencar
O episódio do Jantar do Hotel Central revela-nos o defensor do Ultrarromantismo em todo o seu esplendor:
Psicologicamente, Alencar
- aparentava um ar antiquado, artificial e lúgubre (pág. 159);
- adota poses solenes, pomposas, arrebatas e retrógradas;
- é considerado um gentleman (pág. 176), generoso (175) e um «patriota à antiga» (167).
Quanto à sua linguagem, é formal («Vossa Excelência» e a voz «arrastada, cavernosa, ateatrada».
O episódio do Jantar do Hotel Central revela-nos o defensor do Ultrarromantismo em todo o seu esplendor:
- opõe-se ao Realismo e ao Naturalismo, que qualifica como «pústula», «pus», «literatura latrinária», «excremento»;
- incoerente, condena no presente o que cantara no passado: o estudo dos vícios da sociedade;
- falso moralista, refugia-se na moral por não ter outra arma de defesa e considera o Realismo imoral, ele que tivera um passado em nada exemplar;
- mostra-se desfasado do seu tempo, numa espécie de fuga ao real: «... escreveu dois folhetins cruéis; ninguém os leu...»;
- critica o poeta Craveiro (Antero de Quental?), o «paladino do Realismo» e da «Ideia Nova»;
- defende a crítica literária de natureza académica:
- feita de ataques pessoais e de calúnias;
- preocupada com aspetos formais em detrimento dos aspetos temáticos («... dois erros de gramática, um verso errado...»);
- obcecada com o plágio («... uma imagem roubada a Baudelaire...»).
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