Nelson Mandela - 18/07/1918
segunda-feira, 18 de julho de 2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Critérios de classificação
O presente documento é constituído por um conjunto de instruções do GAVE relativo à correcção do exame nacional de Português (código 639). A ele tiveram acesso unicamente os professores correctores / classificadores, que receberam instruções no sentido de o manterem confidencial, algo absolutamente incompreensível, pois todos os alunos sujeitos à prova, seus encarregados de educação e demais professores da disciplina deveriam dele ter conhecimento.
Entretanto, diversos blogues começaram a publicá-lo...
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Reorganização curricular do ensino básico
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Sofia Faustino recria um poema de Torga
Que desgraça, meu Deus!
Tenho o livro de português aberto à minha frente,
Tenho a memória cheia de poemas,
Tenho as respostas que encontrei
Que todo o santo dia me rasguei
À procura não sei
De que palavra, síntese ou imagem!
Que desespero dentro de mim
Não sei analisar poemas!
E sempre o mesmo trágico desejo
De ver passado o teste de português!
Sempre a mesma vontade de gritar,
Embora de antemão a duvidar
Da exactidão das respostas que guardei!
Tenho o livro de português aberto à minha frente,
Tenho a memória cheia de poemas,
Tenho as respostas que encontrei
Que todo o santo dia me rasguei
À procura não sei
De que palavra, síntese ou imagem!
Que desespero dentro de mim
Não sei analisar poemas!
E sempre o mesmo trágico desejo
De ver passado o teste de português!
Sempre a mesma vontade de gritar,
Embora de antemão a duvidar
Da exactidão das respostas que guardei!
"A Canalha", Jorge de Sena
Como esta gente odeia, como espuma
por entre os dentes podres a sua baba
de tudo sujo nem sequer prazer!
Como se querem reles e mesquinhos,
piolhosos, fétidos e promíscuos
na sarna vergonhosa e pustulenta!
Como se rabialçam de importantes,
fingindo-se de vítimas, vestais,
piedosas prostitutas delicadas!
Como se querem torpes e venais
palhaços pagos da miséria rasca
de seus cafés, popós e brilhantinas!
Há que esmagar a DDT, penicilina
e pau pelos costados tal canalha
de coxos, vesgos, e ladrões e pulhas,
tratá-los como lixo de oito séculos
de um povo que merece melhor gente
para salvá-lo de si mesmo e de outrem.
Jorge de Sena, 07/12/1971
por entre os dentes podres a sua baba
de tudo sujo nem sequer prazer!
Como se querem reles e mesquinhos,
piolhosos, fétidos e promíscuos
na sarna vergonhosa e pustulenta!
Como se rabialçam de importantes,
fingindo-se de vítimas, vestais,
piedosas prostitutas delicadas!
Como se querem torpes e venais
palhaços pagos da miséria rasca
de seus cafés, popós e brilhantinas!
Há que esmagar a DDT, penicilina
e pau pelos costados tal canalha
de coxos, vesgos, e ladrões e pulhas,
tratá-los como lixo de oito séculos
de um povo que merece melhor gente
para salvá-lo de si mesmo e de outrem.
Jorge de Sena, 07/12/1971
domingo, 10 de julho de 2011
Eça, um homem actual
Há 140 anos, isto é, em 1871, Eça de Queirós afirmou o seguinte:
«Estamos perdidos há muito tempo...
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: "o país está perdido!"
Algum opositor do actual governo?... Não!»
«Estamos perdidos há muito tempo...
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: "o país está perdido!"
Algum opositor do actual governo?... Não!»
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Fim das marcas "Blogger" e "Picasa"
A Google vai mudar as marcas de vários dos seus serviços mais populares, como o Blogger e o Picasa, para facilitar a respetiva integração no Google+. O YouTube mantém-se inalterado.
Saber mais >>aqui.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Premonição...
De acordo com professores que corrigiram exames nacionais (quer do 9.º ano quer do ensino secundário), os resultados que vêm a caminho não são nada famosos.
Exemplificativo disso é o facto de haver correctores com 70% de provas com classificação negativa. Quer isto dizer que, por exemplo, em 50 exames, 35 são inferiores a 10 valores (ensino secundário) ou ao nível 3 (9.º ano).
domingo, 3 de julho de 2011
"Sísifo", de Miguel Torga
O ano lectivo terminou há muito, a primeira fase dos exames nacionais também.
Como mensagem para um novo ciclo que se aproxima para milhares de alunos, que já vislumbram a universidade no horizonte, aqui fica o poema "Sísifo", da autoria de Adolfo Correia da Rocha, mais conhecido por Miguel Torga:
Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.Se puderes,
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
Miguel Torga, Diário XIII
quarta-feira, 29 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
quinta-feira, 23 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
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