Português

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Rever nota de exame subiu de 15 para 25 euros

     «Mais dez euros é quanto vai custar aos alunos que realizem exames o pedido de revisão da nota, caso não estejam satisfeitos com a avaliação atribuída.»

domingo, 15 de abril de 2012

"Tira o dedo do nariz"

Por vezes a distração
não permite que repares
no que fazes de errado
se estás em certos lugares.

Anda a mão a passear
sem ouvir o que se diz
e de repente está o dedo
enfiado no nariz.

Esse gesto, além de feio,
nada tem de asseado;
seja qual for o dedo,
é melhor estar sossegado.

O nariz não é abrigo
em que o dedo deva estar
e se fores meu amigo
bem o deves controlar.

E para veres a figura
que às vezes estás a fazer
repara nos condutores
que modos não sabem ter.

Lá estão eles nos sinais
à espera que o verde caia,
à procura de um "presente"
que do seu nariz lhes saia.

                          José Jorge Letria, Porta-te bem!

Aumento da idade de reforma


(c) Henricartoon

sábado, 14 de abril de 2012

Vida e Obra Vieira

Padre António Vieira - sua vida e suas lutas



(c) SCML


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Processos irregulares de formação de palavras

     Além da derivação e da composição, existem outros processos de introduzir palavras numa dada língua.
     Com efeito, as línguas são organismos vivos que permanentemente se enriquecem com a criação de novas palavras ou expressões (neologismos), ao nível da forma e / ou do significado), denotando novas realidades.

1. Sigla: palavra que resulta da redução de um grupo de palavras às suas iniciais, pronunciando-se letra a letra.
          . AVC (Acidente Vascular Cerebral)
          . GNR (Guarda Nacional Republicana)
          . SLB (Sport Lisboa e Benfica)
          . TSF (Telefonia Sem Fios)

2. Acrónimo: palavra que resulta da junção de letras ou sílabas iniciais de um grupo de palavras, sendo pronunciada como uma palavra corrente, ao contrário da sigla, que é soletrada.
          . INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica)
          . IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado)

3. Truncação: criação de uma palavra a partir do apagamento de parte da palavra de que deriva.
          . Otorrino (otorrinolaringologista)
          . Metro (metropolitano)
          . Mini (minissaia)
          . Pneu (pneumático)

4. Amálgama: palavra que resulta da junção de partes de duas ou mais palavras.
          . Portunhol (português + espanhol)

5. Empréstimo: palavra estrangeira adotada por uma língua.
          . Hambúrguer
          . Outdoor
          . Ranking
          . Robô

6. Extensão semântica: uma palavra (já existente) adquire um novo significado.
          . Leitor (informática)

7. Onomatopeia: palavra que imita o som produzido por objetos, animais, fenómenos naturais...
          . Ão-ão (latido de um cão)
          . Bang (tiro)
          . Atchim (espirro)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A revisão do Acordo Ortográfico

     «Com data de 29.3.2012, podemos ler no Blog da Casa Civil do Presidente da República de Angola (http://www.casacivilpr.com/ pt/noticias/2012/03/29/angola-protela-adopcao-do-acordo-ortografico/) que Angola protela a adopção do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, porque pretende estudar e avaliar uma série de aspectos de conteúdo, no sentido de acautelar as implicações no sistema educativo nacional. O AO continua a ser avaliado, para que "no caso de ser ratificado" (note-se bem: no caso de...), "o mesmo não cause dificuldades ao sistema educativo em vigor no país". E aponta-se a falta de preparação dos alunos, professores e as implicações que têm a ver com a produção de materiais didácticos, como alguns factores que condicionam a adesão de Angola ao novo acordo.
     Acresce um ponto verdadeiramente enigmático na declaração final do encontro: o reconhecimento da "necessidade de se estabelecer formas de cooperação entre a Língua Portuguesa e as demais línguas em convívio nos Estados Membros". O que é que isto quer dizer? O que é cooperação entre línguas? Quais são as línguas em questão? O francês na África Ocidental? O inglês na África Austral? As várias línguas nativas a leste e a oeste?
     O significado profundo desta coisa traduz provavelmente a confissão envergonhada, por parte do neocolonialismo luso-brasileiro, de que o AO não dispõe absolutamente nada para a grafia de vocábulos das línguas nativas que tenham sido incorporados no português. Se é este o sentido útil desse ponto, isto significa o reconhecimento, por todos os governos, de que, também por esta razão, o AO não pode ser aplicado enquanto não for alterado!
     Por outro lado, a declaração reconhece a inexistência de vários vocabulários ortográficos nacionais e, ipso facto, a inexistência do vocabulário ortográfico comum da língua portuguesa exigido pelo AO, o qual deveria arrancar daqueles e ser elaborado com a participação de todos os estados membros.
     Fala-se depois na necessidade de desencadear acções que diagnostiquem os tais constrangimentos e estrangulamentos na aplicação do AO (volto a perguntar o que será um estrangulamento na aplicação do dito?) e redundem numa "proposta de ajustamento" do mesmo AO.
     Se se pretende uma proposta de ajustamento, aceita-se o princípio de uma revisão, que terá de ser objecto de tratado internacional e posterior ratificação para ser válida. Ou seja, a declaração final reconhece implicitamente que não tem pés nem cabeça o que se afirma, quanto ao vocabulário ortográfico do ILTEC e quanto ao segundo protocolo modificativo, nas letras gordas da leviana resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011, do Governo Sócrates: nenhum vocabulário ortográfico nacional pode substituir o vocabulário ortográfico comum que o AO exige e o tal protocolo nunca entrou em vigor.
     De resto, o melhor reconhecimento de que essa resolução 8/2011 vale zero vírgula zero, resulta, desde logo, de não haver sombras do AO na ortografia da declaração final. Ninguém, nem mesmo o Governo português, a quis aplicar...
     Tudo isto significa que Portugal assentou oficialmente na necessidade de revisão do AO. E isso deveria levar à suspensão dele, por não fazer sentido que, enquanto tais acções de revisão e correcção estiverem em curso, se aplique entre nós o que, além de não estar em vigor, ainda não se sabe se vai ser aplicado, nem quando, nem onde, nem em que termos; nem se, afinal, é para todos, ou para ninguém.»
Vasco Graça Moura, Diário de Notícias

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sporting - Benfica on-line

     Aqui »»»

Miguel Araújo: «Os Maridos das Outras»



     «Os Maridos das Outras» (2012) é o single de apresentação do primeiro álbum a solo de Miguel Araújo, mais conhecido por integrar o grupo Os Azeitonas, onde assina sob o nome Miguel AJ, e a dupla Mendes e João Só (é o primeiro).

My name is Weiss, Peter Weiss

     «Quanto ao aumento do desemprego, que atingiu os 15% e superou as previsões da própria “troika”, a explicação [de Peter Weiss, o chefe adjunto da missão da “troika”] é, no mínimo, peculiar: “Pode até acontecer a pedido dos trabalhadores, que é claro que estão interessados em ter uma maior duração do subsídio de desemprego, que pedem ‘em vez de me despedir em Abril, despeça-me em Março’ - pode ser isso. Isto está sempre a acontecer: quando se aumenta os impostos sobre o tabaco, as pessoas começam a comprar cigarros. Isto é um comportamento normal. Não temos quaisquer provas disso, mas avancei isso como uma das razões, porque, como eu disse, nós não entendemos completamente os números”.»

Ler mais AQUI.

domingo, 8 de abril de 2012

"Yes", Tim Moore


     Voz de Tim Moore, que canta «Yes», balada típica dos anos 80 (fez parte do álbum «Flash Forward», de 1985), neste vídeo a ilustrar cenas da telenovela «Selva de Pedra», de 1986.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O suicídio grego


     No passado dia 4, um pensionista de 77 anos suicidou-se a tiro na praça Sintagma, em Atenas, Grécia, o berço da civilização europeia.
     A nota de suicídio que deixou para trás rezava o seguinte e dispensa comentários:
     «O governo de ocupação aniquilou-me literalmente qualquer possibilidade de sobrevivência, dado que o meu rendimento era inteiramente proveniente de uma pensão que eu, sem qualquer suporte de ninguém nem do Estado, financiei durante 35 anos.
     Porque a minha idade me impede de assumir uma ação radical (se não fosse isso, se um cidadão decidisse lutar com uma Kalashnikov, eu seria o primeiro a segui-lo), não me resta nenhuma solução exceto colocar um fim decente à minha vida antes de ser forçado a procurar comida nos caixotes do lixo e de ser um peso para os meus filhos.
     Eu acredito que a juventude sem futuro brevemente empunhará armas e enforcará todos os traidores nacionais de cima abaixo, como os italianos fizeram a Mussolini em 1945.»
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